Acredita-se que este mês é um tributo à deusa da terra e das flores da mitologia romana, a Deusa Maia, principal responsável pelo crescimento de novas plantas que surgem na primavera.
Maio é, por excelência, o mês do coração, e por cá várias foram as iniciativas para promover um estilo de vida saudável, logo, um coração forte. Depois das FMUL Active Breaks, que nos puseram a mexer durante 15 minutos, passando pelo 5º Aniversário do CRECUL, o webinar Doenças Cardiovasculares e COVID-19, o Ciclo de Conversas online e a Cerimónia de Inauguração da Placa de Acreditação e Manual de Apresentação do Centro de RCV do CHULN/FMUL/CRECUL ainda acha que o coração não sente, quando os olhos não veem?
Como já vem sendo habitual, demos destaque aos dias que nos avivam a memória sobre doenças menos conhecidas, outras mais prevalentes, ou ainda pessoas que travam batalhas – doentes e profissionais de Saúde:
Para além de ser conhecido como o Dia do Trabalhador, o 1º de maio é também o Dia Mundial da Espondilite Anquilosante, “Um quadro doloroso de causa inespecífica, conhecida por lombalgia comum”, como nos adiantou o Prof. João Eurico da Fonseca. Seguiu-se o Dia Mundial da Asma, no dia 4 de maio, data assinalada anualmente na 1ª terça-feira de maio, como revela a Pediatra e Prof.ª Teresa Bandeira, que descreve a asma como uma das doenças crónicas mais comum, com grande impacto no consumo de recursos de Saúde, e que apresenta maior prevalência e morbilidade nas crianças e adolescentes.
O Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca não poderia ser esquecido, uma doença que só em Portugal afeta cerca de 400 mil pessoas e com tendência a aumentar.
No dia 8 de maio, Dia Mundial do Cancro do Ovário, fomos brindados com uma reflexão do Prof. Carlos Calhaz Jorge na qual assume a diminuta frequência, porém com uma taxa de mortalidade infelizmente elevada, devido ao diagnóstico tardio por manifesto de sintomatologia inespecífica.
O Lúpus é uma doença com um nome Sui Generis, identificada no século XII, atribuído pelo médico Rogerius, o primeiro a descrever lesões faciais que faziam lembrar a dentada de um lobo. Uma doença distinguida no dia 10 de maio, num artigo contextualizado historicamente pelo Prof. João Eurico da Fonseca.
No dia 12 de maio, saudámos mundialmente todos os enfermeiros, profissionais de saúde que nos últimos tempos combatem na linha da frente uma Pandemia.
Foi também no dia 12, que a fibromialgia ganhou eco, novamente pela mão do Prof. João Eurico da Fonseca, em que o cenário de sofrimento provocado por esta doença é revelado no autoretrato da pintora mexicana, Frida Khalo.
O Dia Mundial da Hipertensão Arterial (17 de maio), foi assinalado pelo Prof. Daniel Caldeira através de um artigo, onde deixou alerta para a necessidade de olharmos futuramente para esta data como o dia de celebração do diagnóstico e controlo da Hipertensão Arterial.
Foi também durante o mês de maio que demos a conhecer a equipa que combate as Doenças Inflamatórias Crónicas Idiopáticas do Intestino, no âmbito do Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (DII), sendo as mais conhecidas a doença de Crohn e a Colite Ulcerosa, ambas sem cura, mas passíveis de controlo. A Esclerose Múltipla esteve também na nossa mira, uma doença inflamatória crónica do Sistema Nervoso Central (SNC), mais comum em jovens adultas.
Assistimos à conquista de resultados inovadores por parte da médica e investigadora Elsa Sousa no que diz respeito à Artrite Psoriática. Os Professores Luís Graça e Miguel Prudêncio responderam à questão: “Serão os infetados os que têm mais resistência a novas variantes de COVID-19?” E já que regressamos ao tema pandemia, o Prof. Válter Fonseca, também Coordenador da Comissão Técnica da DGS faz um balanço positivo do Plano de Vacinação e adianta a possibilidade de eficácia de um esquema misto de vacinas para a COVID-19.
Luís Costa, professor e oncologista deixa alerta sobre o aumento da incidência do número de cancros graves no futuro.
Maio, mês de florescimento, de fim e início de novos ciclos, também ele marcado pelas conquistas dos nossos estudantes. Sinónimo disso mesmo, a cerimónia da Bata Branca – em que os estudantes do 4º ano do MIM dão início à vida clínica, e a Cerimónia de Imposição de Insígnias – que homenageia os finalistas do 6º ano, uma meta que se alcança, delineando novos pontos de partida.
São ainda os estudantes FMUL que estão de parabéns, pois graças ao seu esforço e dedicação conseguiram a proeza de colocar a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa no topo do ranking quanto à média de classificação da PNA.
Dando continuidade ao crescimento académico multidisciplinar, foi também em maio que a nossa escola médica celebrou um protocolo de colaboração com o Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas (ISCSP) com vista à cooperação científica, técnica, pedagógica e cultural.
Aos poucos a vida ganha nuances de alguma normalidade que nos permitem rever e distinguir as nossas pessoas. No Auditório Barahona Fernandes, tivemos a oportunidade de prestar homenagem a um mestre entre mestres, o Professor Jubilado António Barbosa, que uma vez mais nos devolveu inspiração com as suas sábias palavras. A Aula Magna voltou a abrir portas para premiar duas estudantes com o Prémio Ensino Professor Francisco Pulido Valente 2020 e 2021. As nossas mulheres da ciência continuam a dar que falar e a elas lhes agradecemos os seus préstimos e realizações.
Foi de coração cheio que partilhámos a alegria de ver inaugurada a maior UCI do país no Hospital de Santa Maria.