Sabia que o mês de julho deve o seu nome ao Imperador Romano Júlio César?
Caio Júlio César foi um grande estrategista militar e político romano que fazia questão de documentar pela própria mão a história das suas campanhas militares. Considerado por muitos, até hoje, um verdadeiro académico e líder nato, Júlio César conquistou grande respeito pelos seus pares e mesmo entre os seus inimigos. No ano 49 a.C uma desobediência a Roma e, portanto, ao Império, conduziu-o ao cargo de Imperador Romano.
Por cá, já não vivemos numa era de Imperadores, mas valorizamos sempre todos aqueles que através do seu trabalho conquistam as suas próprias batalhas. Que o diga o Prof. Carlos Calhaz Jorge – um dos especialistas e pioneiros da fertilidade em Portugal, que foi eleito Presidente da Sociedade Europeia de Medicina de Reprodução e Embriologia (ESHRE).
Também, no passado dia 14 de julho, o Prof. de Ginecologia e obstetrícia da FMUL, Diogo Ayres de Campos, passou a representar a maior Sociedade de Obstetras e Neonatalogistas da Europa.
Isabel Pavão Martins merece também a nossa admiração pela sua colaboração num estudo publicado na rúbrica Journal Club da plataforma Stop Enxaqueca, que recaí precisamente sobre a utilização do fármaco fremanezumab em doentes com enxaqueca episódica ou crónica.
Não menos importante, La Caixa e FCT apoiam 12 projetos de investigação de saúde nacionais com 7,9 milhões €, alguns dos quais liderados por elementos do nosso corpo docente: Miguel Castanho e Miguel Prudêncio.
Julho foi também o mês em que os efeitos secundários da comunicação na pandemia foram tema de análise: “Quando a Comunicação combate a desinformação, ou quando é, ela própria, um “efeito secundário” e gera doença”. Um webinar que contou com 8 intervenientes que refletiram a respeito da comunicação feita sobre a pandemia no último ano e meio.
Pedro Gaspar, Marc Veldhoen, Catarina Mota e Miguel Martins foram protagonistas de um estudo, realizado pelo Hospital de Santa Maria e pelo Instituto de Medicina Molecular (iMM), que foi feito a 72 doentes oncológicos internados na enfermaria 2-A, e que permitiu concluir que os doentes com cancro infetados com COVID-19 conseguem produzir anticorpos contra o novo vírus.
Ainda sobre a evolução da COVID-19, o famoso “Freedom Day”, dia da libertação das medidas de mitigação da Covid-19 na Grã-Bretanha, abalou a comunidade médica e científica planetária, que se uniu numa carta enviada para a conceituada Revista Científica The Lancet, sob o propósito de alertar decisores políticos para as consequências da possível “Infeção maciça e que não é opção”. Uma carta assinada pelo nosso Diretor Fausto J. Pinto, que também se manifestou recentemente, numa entrevista à TSF, sobre a importância de vacinar as crianças, à semelhança do que se fez nos Estados Unidos.
E porque a Saúde continua na linha da frente, foi ao longo deste mês que assinalámos o Dia Mundial da Alergia, o Dia do Transplante, o Dia Mundial do Cérebro, um artigo escrito pela Prof.ª Luisa Lopes no qual ressalva os últimos avanços científicos da sua equipa sobre um dos órgãos mais misteriosos do corpo humano, e por fim, e não menos importante, o Dia Mundial de Sjögren, uma síndrome caracterizada por uma perturbação do sistema imunitário que gera uma inflamação crónica, da qual a sua maior representante é a tenista Venus Williams.
Sobre ciência, a Fundação BIAL juntamente com a Ordem dos Médicos decidiram alargar o número de investigadores apoiados e o valor global do Prémio Maria de Sousa, passando a distinguir até 5 vencedores e a ter um valor total de até 125 mil €.
Regressamos em setembro, até lá estamos a preparar a rentrée do ano novo ano letivo.
Desejamos-lhe umas ótimas férias, se for caso disso!
Isabel Varela
Equipa Editorial
