“Shall we begin?” – Uma (falsa) interrogação para um comando imperativo. Na ficção, muito utilizada por líderes. Quem não se recorda da citação proferida por Daenerys Targaryen para Tyrion Lannister, após a chegada a Dragonstone ou, para os mais “novelistas”, na série The Crown, uma ou outra vez, em que a Rainha Elisabeth II inicia, de forma subtil, as reuniões com grandes estadistas, na sua sala pessoal?
À primeira vista, estes exemplos podem parecer infantis ou desadequados, mas a mensagem está cá e é generalizada a todos nós: Docentes, Não Docentes e, especialmente, Estudantes. Todos nós possuímos as rédeas para comandar a nossa vida, ainda que paire alguma hesitação sobre o futuro.
Com o início do novo ano letivo 2020/2021, trazemos-lhe o paralelismo entre o passado e o que perspetivamos para os próximos meses.
Os desafios serão certamente mais do que muitos, por isso mesmo procurámos o Professor Joaquim Ferreira, com o objetivo de compreender melhor como está a ser consolidado o novo modelo de ensino - um balanço de quem interveio, de forma direta, nesta mudança e que conhece de perto as "dores", tanto dos docentes como dos estudantes. No seguimento desta entrevista, não poderíamos deixar escapar a oportunidade de abordar o tema das doenças neurodegenerativas, um tema urgente e que surge reforçado pela comemoração do Mês Mundial da Doença de Alzheimer.
Dentro desta simetria, obtivemos o testemunho sincero de duas estudantes do 6º Ano de Medicina: Joana Bastos que se viu obrigada a trocar o estetoscópio pelos headphones, no semestre passado, e Inês Pinto que se diz entusiasmada com o regresso às enfermarias, citando a própria: “entusiasma-me perceber como é que a roda gira ao invés de me cingir à colheita da história clínica”.
Também o Professor Francisco Antunes, na qualidade de infeciologista com 20 anos de experiência, apresenta as suas considerações sobre a tempestade que se avizinha – quando a COVID-19 coincidir com a época gripal. Não obstante o velho ditado português: “Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe”, o melhor será conhecer os novos responsáveis do projeto Mentoring para este novo ano letivo.
Voltamos aos encontros pessoais e às entrevistas cara a cara. Fomos até à Direção Geral de Saúde e falámos da pandemia, da clínica e da ciência integradas nos dias de hoje. O que faz um professor da nossa Faculdade no Departamento de Qualidade da Saúde?- Válter Fonseca responde.
Por fim e não menos importante, a nossa Lurdes continua a surpreender-nos com a investigação histórica que faz, desta feita, sobre a utilização das máscaras ao longo do tempo. E como qualquer início remete para a necessidade de retrospeção, reveja aqui o melhor de setembro.
Isabel Varela
Equipa Editorial