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Juntos preparamos o teu futuro!
Decorreu entre os dias 3-6 de Abril mais uma edição da Futurália, na Fil, em Lisboa.
Em estrita colaboração com a Reitoria da Universidade de Lisboa, a Faculdade de Medicina fez-se representar não só por vários elementos do staff como também pelos nossos estudantes do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) e Licenciatura em Ciências da Nutrição (LCN) com o objetivo de dar a conhecer aos futuros alunos a sua experiência sobre a vida na FMUL.
Como vem sendo habitual nestas iniciativas, muitos são os alunos que, já na reta final do secundário, nos procuram para saber mais informações sobre a nossa Instituição. Desta vez, desafiámos os futuros estudantes de Medicina a colaborar connosco para a News, e convidámo-los a colocar uma questão, que considerassem fundamental, para a sua decisão de ingressar na FMUL.
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O David, aluno da Escola Secundária Romeu Correia no Feijó, pergunta: “A Neurociência é uma especialidade da Medicina ou é uma coisa à parte?”
R: “A Neurociência dedica-se a aprofundar o conhecimento sobre o Sistema Nervoso. Para tal os neurocientistas podem recorrer a várias abordagens, ou seja, analisar moléculas relevantes para o funcionamento do sistema nervoso, perceber o funcionamento de células nervosas e as relações entre elas, analisar redes neuronais e a sua relação com determinados comportamentos ou processos cognitivos, analisar a própria cognição. A Neurociência é pois uma área multidisciplinar, sendo que quando procura resposta para uma questão concreta necessita frequentemente mais de uma abordagem acima referida. A Medicina dá contributos importantes para a Neurociência, tal como dá a Biologia, a Matemática, a Bioquímica, a Física, de entre outras. Há uma área da Medicina, a Neurologia, que estuda as doenças do Sistema Nervoso. Para isso, recorre a conhecimentos de Neurociência e por sua vez, informa também a Neurociência pois ao perceber o que está alterado contribui para um melhor conhecimento de determinadas funções. O mesmo se aplica a outra área da Medicina, como por exemplo, a Psiquiatria.
Resumindo, algumas áreas da Medicina contribuem para a Neurociência, mas a Neurociência é mais abrangente, interrelacionando-se com muitas outras áreas do saber para lá da Medicina. Por esse facto, existem cursos que visam o estudo da Neurociência. A Faculdade de Medicina tem um curso de Mestrado em Neurociência, e dois programas de Doutoramento em Neurociência. Estes cursos estão abertos a alunos oriundos de uma grande diversidade de formações. O ciclo de estudos do Mestrado em Neurociências debruça-se, no 1º ano, sobre uma diversidade de aspetos que vão desde a molécula à cognição, da função à disfunção, com o objetivo de dar ao aluno um conjunto de conhecimentos abrangentes que lhe permitirá no 2º ano do Mestrado focar a sua investigação em questões concretas que queira aprofundar.”
- Prof.ª Ana Sebastião, Professora Catedrática da FMUL em Farmacologia e Neurociências
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O Afonso e a Marta, ambos alunos do Colégio de São Tomás, em Lisboa, querem saber: “Porque é que devemos escolher a FMUL?”
R: A FMUL é uma Faculdade que se distingue pela sua história, qualidade de ensino e corpo docente. Estamos inseridos na maior Universidade de Portugal, a Universidade de Lisboa, e dada a nossa integração no Centro Académico de Medicina de Lisboa, em conjunto com o Hospital Santa Maria e o Instituto de Medicina Molecular, dispomos dos recursos e infraestruturas essenciais para garantir uma oferta formativa de excelência. Desde cedo, estimulamos o interesse dos nossos estudantes pela Investigação, através do Gabinete de Apoio à Investigação Científica, Tecnológica e Inovação (GAPIC) e fomentamos a integração dos nossos estudantes através dos projeto Mentoring, que tem como principal missão a integração dos novos estudantes da FMUL no ambiente académico e social. Os alunos podem ainda ter acesso a um acompanhamento psicopedagógico, promovido pelo Gabinete de Apoio ao Estudante (GAE).
- Dolores Machado, Área Académica
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Q: “O ambiente na FMUL é competitivo?” – Beatriz e Gonçalo, alunos da Escola Secundária de Santo André no Barreiro.
R: “Na minha opinião, não sinto de todo que seja competitivo! Até pelo contrário, sinto que todos estamos no mesmo barco e a remar no mesmo sentido, pelo que as falhas de uns são limadas pelas facilidades de outros e vice-versa. Para além disso, existem vários projetos que a FMUL e a AEFML (Associação de Estudantes) nos oferecem que permitem fomentar as relações entre vários colegas e criar grandes laços com quem passa pelo mesmo que nós. Temos por exemplo, o Projeto Mentoring, no qual os alunos dos primeiros anos são acompanhados por mentores, estudantes de anos mais avançados, que os ajudam em termos de integração, estudo, conhecer a cidade, etc., fomentando desde logo a formação de redes de amigos onde encontram um grande apoio. Mesmo com as adversidades do curso e do que o futuro nos aguarda, continuo a sentir que há um grande espírito de entreajuda e união na nossa Faculdade.”
- João Valente, Coordenador/Bolseiro do Projeto Mentoring
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Q: “Será o curso de Medicina tão exigente como afirmam?” – Henrique, aluno da Escola Secundária de São João do Estoril.
R: “Estaria a mentir se dissesse que não é um curso exigente. Exige, de facto, várias horas de estudo fora dos períodos letivos. Como em todas as áreas, há cadeiras que nos tiram mais tempo do que outras e para as quais temos de trabalhar um pouco mais. No entanto, com esforço e dedicação, aliados ao interesse pelo curso, tudo se torna possível. A chave é mesmo gostarem do que estão a fazer e saberem porque estão aqui. O resto acontece naturalmente!
- João Valente, Coordenador/Bolseiro do Projeto Mentoring
Isabel C. Varela
Equipa Editorial
