O Laboratório de Estudos de Linguagem da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa é parte integrante do Centro de Estudos Egas Moniz, composto por uma equipa de Neurologistas, Psicólogos e Terapeutas da Fala, estudantes de Mestrado e Doutoramento e estagiários curriculares/profissionais que se dedicam ao ensino, investigação clínica e atividade assistencial na área da Neurologia do Comportamento.
Missão
O Laboratório de Estudos de Linguagem (LEL) tem como Missão o desenvolvimento, promoção e divulgação de ciência nas áreas da Neurologia do Comportamento, Neuropsicologia e da Terapia da Fala, o ensino em Medicina, Neuropsicologia e Terapia da Fala e a prestação de serviços à comunidade, os quais passam pela avaliação e reabilitação de doenças de etiologia neurológica com impacto sobre a cognição, no respeito pela liberdade intelectual e pela ética e sentido de serviço à comunidade.
Visão
É visão do LEL consolidar a sua posição como instituição de referência na investigação, ensino e prática da Neurologia do Comportamento, Neuropsicologia e da Terapia da Fala, em contexto nacional e internacional. Neste sentido, a sua estratégia assenta no desenvolvimento e difusão, ao mais alto nível, de conhecimento científico de excelência e na prática clínica nestas áreas, em estreita relação com a comunidade envolvente, com impacto nos estudantes, profissionais, nas organizações e na sociedade em geral.
Valores
Desenvolver e divulgar investigação científica em Neurologia do Comportamento, Neuropsicologia e Terapia da Fala, tendo em conta os princípios éticos e deontológicos da investigação científica aceites internacionalmente. Participar e garantir uma formação académica de qualidade em ciências biomédicas, orientada para uma perspetiva integradora de conhecimento e para o reconhecimento do mérito.
A ideia da criação de um Laboratório, “(…) vocacionado para conhecer o modo de funcionamento do sistema nervoso no que toca às operações da linguagem e de outras funções simbólicas, bem como no que respeita ao controlo superior da motilidade (…) (p. 31)1, partiu de um jovem interno de Neurologia do Hospital de Santa Maria (HSM), de seu nome António Damásio. Foram dois os momentos que para tal contribuíram: o primeiro, o estágio que realizou em 1967 no Aphasia Research Center, em Boston, nos Estados Unidos da América, e onde aprendeu na semiologia das afasias e das suas perturbações, sob a orientação de Norman Geschwind (Universidade de Harvard), referência incontornável da neurologia do comportamento e dos modelos clássicos da afasia; o segundo, a colaboração, entre 1966 e 1969, com a Clínica Psiquiátrica e de Psicologia Médica da FMUL, em particular, com Barahona Fernandes e Simões da Fonseca, onde se realizaram os primeiros estudos clínicos e laboratoriais de disfunções da linguagem (em doentes vasculares cerebrais e em doentes com síndromes psicóticos) e se começaram a padronizar diversas provas que viriam a ser empregues mais tarde. Uma dessas baterias, o Multilingual Aphasia Examination, foi proposta a Damásio por Arthur L. Benton, Professor de Neurologia da Universidade do Iowa, aquando da estadia de ensino deste último no Serviço de Neurologia do HSM, em 1970. Esse projeto só faria sentido se tivesse continuidade e foi exatamente isso que fez Damásio fundar, com apoio no Centro de Estudos Egas Moniz, oficialmente, o Laboratório de Estudos de Linguagem (LEL), em Janeiro de 1971.
Nos seus primórdios, a equipa do LEL era composta essencialmente por António Damásio e pelo, então aluno de 3º ano da Licenciatura em Medicina, Alexandre Castro Caldas e, mais tarde, Eduardo Calhau, Jorge Teixeira Grosso e José Manuel Ferro, também eles alunos. A primeira reunião internacional no laboratório deu-se em 1972. O Research Group of Aphasia da World Federation of Neurology (do qual faziam parte vários neurologistas de renome tais como De Renzi, Vignolo, Gainotti, Poeck, Hécaen, entre outros) reuniu-se em Lisboa e de passagem pelo Serviço de Neurologia pode testemunhar, em primeira mão, a apresentação e discussão de um caso clínico pelos membros do LEL. O elevado nível de organização desta reunião colocou o laboratório nos olhares do país e no mapa. Também por esta altura, a primeira manifestação pública ocorreu com uma apresentação sobre perturbações adquiridas da leitura (alexias), na Sociedade Portuguesa de Neurologia e Psiquiatria, tendo dado origem ao prémio Sandoz de Neurologia. A partir daí começam-se a publicar vários trabalhos e casos clínicos. A primeira publicação internacional (de um caso clínico de afasia secundária a uma meningite), surge na Neurology 2 a que se sucedem, com regularidade, várias outras publicações científicas. O progressivo conhecimento da atividade científica e clínica deste laboratório foi suficiente para atrair estagiários interessados na aprendizagem da neurologia do comportamento. Entre aqueles que visitaram o LEL entre 1972 e 1973 contam-se António Jacinto Nunes (interno de Psiquiatria do Hospital Miguel Bombarda) e João Guimarães (colaborador de Corino de Andrade no Serviço de Neurologia do Hospital de Santo António do Porto).
No decorrer do processo de padronização e desenvolvimento da Multilingual Aphasia Examination, procede-se à elaboração do primeiro esboço da principal bateria nacional de avaliação da afasia (Bateria de Avaliação da Afasia de Lisboa – BAAL) cuja versão atual teve também contributos de Alexandre Castro Caldas (1979) e José Manuel Ferro (1986) nas suas respetivas teses de doutoramento. Foi exatamente com base no primeiro grupo de doentes estudados que, em 1973, Damásio apresenta a tese de Doutoramento à FMUL com o título “Perturbações Neurológicas da Linguagem e de Outras Funções Simbólicas”. Nessa altura juntam-se à equipa Hanna Damásio e, logo depois, após a saída de Eduardo Calhau, José Maria Bravo Marques, sendo que até 1975 continuam-se a melhorar os métodos de análise dos doentes.
Em 1975 António Damásio resolve aceitar um convite para ir para os EUA, instalando-se na Universidade do Iowa, após uma curta estadia de seis meses em Londres. A direção do LEL, é assim, assumida por Alexandre Castro Caldas. Por esta altura, a equipa passa a contar adicionalmente com Nuno Lobo Antunes, Maria Amália Silveira Botelho e Gabriela Mariano Leal. 1976 vem a ser um ano prolífico em publicações científicas e a partir de 1978 o grupo passa a frequentar, anualmente, as reuniões europeias da International Neuropsychological Society, participando com trabalhos, o que permitiu o reconhecimento internacional do grupo. Em 1979 Alexandre Castro Caldas apresenta a sua tese de doutoramento. Em 1983, cabe ao LEL a organização da reunião europeia do INS desse ano que foi um êxito internacional e estabeleceu em definitivo a projeção que a equipa de investigação já havia granjeado na europa e no mundo.
A década de 80 viu chegar dos EUA Carlos Garcia que é convidado para se juntar à equipa do LEL e aqui iniciar o grupo pioneiro de interesse nas demências, em estreita colaboração com Manuela Guerreiro, psicóloga e que viria a tornar-se uma referência no âmbito da neuropsicologia em Portugal para muitos dos estudantes de Psicologia, estagiários e jovens psicólogos. Os trabalhos de ambos viriam a culminar na construção da primeira bateria portuguesa de avaliação de demência (Bateria de Lisboa para a Avaliação das Demências – BLAD), publicada pela primeira vez na tese de Doutoramento de Carlos Garcia, intitulada “Doença de Alzheimer: Problemas do Diagnóstico Clínico” (1983), e anos mais tarde reformulada e atualizada por Manuela Guerreiro na sua tese “Contributo da Neuropsicologia para o Estudo das Demências” (1997).
Para além da linguagem e da demência, nos anos seguintes, sob a direção de Alexandre Castro Caldas (até 1998) e mais recentemente de Isabel Pavão Martins (de 1998 até à atualidade), os objetivos do LEL foram progressivamente alargados de modo a abarcar o estudo de outras perturbações da cognição, tais como as perturbações neuro-comportamentais do desenvolvimento, a linguagem nas doenças neurodegenerativas, a cognição no envelhecimento saudável e o efeito da literacia sobre o desenvolvimento do sistema nervoso, para além do estudo da eficácia da terapia da fala na recuperação da afasia. Neste último ponto, importa salientar a atribuição recente do primeiro prémio de mérito científico ao LEL pela Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala como forma de reconhecimento da importância deste laboratório para o desenvolvimento da Terapia da Fala em Portugal.
Ao longo dos anos o Laboratório contou com colaboradores de excelência vindos de diversas áreas da Ciência como a Neurologia, a Psicologia e a Terapia da Fala, que aí desenvolveram projetos, observaram doentes e deram formação a alunos e estagiários, sempre num ambiente de grande diversidade e liberdade intelectual. Para além dos fundadores já anteriormente mencionados, não podemos deixar de destacar Luísa Farrajota, Alexandra Reis, Élia Baeta, Filipa Ribeiro, Filomeno Taborda, António Confraria, Clara Loureiro, Marta Gonçalves, Catarina Chester, Sandra Ginó, Sónia Pérola, Tânia Fernandes, Patrícia Poppe, Martin Lauterbach, Luísa Albuquerque, entre outros.
Aquilo que é interessante neste laboratório é a continuidade, extraordinariamente regular em publicações, com passagem de pessoas que estão sempre a mudar, mas que tiveram, em algum momento, impacto na Neurologia, Psicologia e Terapia da Fala portuguesas. Nas suas cinco décadas de história saíram deste Laboratório onze teses de Doutoramento, inúmeras teses de Mestrado, mais de 300 publicações científicas, vários livros e capítulos, desenvolvimento e participação em diversos projetos de investigação nacionais e internacionais. Ali foram recebidos centenas de estagiários, alunos e internos de Neurologia de vários Hospitais do país. Organizaram-se 5 conferências Internacionais e várias nacionais. O laboratório participa ainda na formação de alunos dos programas de Mestrado e Doutoramento da FMUL, nomeadamente de Neurociências, Neurociências integradas e do programa da Voz Linguagem e Comunicação. Nele foram (e continuam a ser) observados milhares de doentes contribuindo para o diagnóstico e reabilitação das disfunções cognitivas, atividades desenvolvidas em estreita colaboração com os serviços de Neurologia e Neurocirurgia do CHLN.
1Damásio AR. Perturbações Neurológicas da Linguagem e de Outras Funções Simbólicas. Dissertação apresentada à Universidade de Lisboa para obtenção do grau de Doutor, 1973.
2Damásio AR, De Carvalho V, Calhau ES, Castro-Caldas A. Transient fluente aphasia after acute meningitis. Neurology 1973: 171.
Pedro Nascimento Alves
Médico especialista em Neurologia, formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e com o internato de formação específica no Serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria, onde é atualmente Assistente Hospitalar. É, ainda, Professor Auxiliar Convidado de Neurologia da FMUL. Tem atividade clínica e de investigação nas áreas da Neurologia do Comportamento e da Neuropsicologia, particularmente em doentes com lesões cerebrais focais. Realizou formação em neuroimagem estrutural e funcional em contexto de investigação no Brain Connectivity and Behaviour Laboratory, Sorbonne University, Paris, laboratório com o qual mantém uma colaboração próxima. É estudante de doutoramento do programa doutoral do Centro Académico de Medicina de Lisboa. Integra várias sociedades científicas nacionais e internacionais, sendo presidente da Seção de Neurologia do Comportamento da Sociedade Portuguesa de Neurologia, Resident and Research Fellow Representative do painel científico de Funções Nervosas Superiores da Academia Europeia de Neurologia, e membro da direção, na função de tesoureiro, da Federação Europeia de Sociedades de Neuropsicologia.
Isabel Pavão Martins
Neurologista, tendo feito a sua formação no Hospital de Santa Maria em Lisboa e também no National Hospital for Nervous Diseases em Londres. É Professora Catedrática de Neurologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) e Consultora de Neurologia responsável pela consulta de Cefaleias no Hospital de Santa Maria, CHULN em Lisboa. É Diretora do Departamento de Educação Médica da FMUL. Foi Presidente da Sociedade Portuguesa de Neurologia (2008-2010) e Presidente do Conselho Pedagógico da Faculdade de Medicina de Lisboa (2015-2017). Os seus interesses principais são as Cefaleias e a Neurologia do Comportamento. Tem cerca de 150 publicações nessas áreas.
Beatriz Stein
Terapeuta da Fala, licenciada pela Escola Superior de Saúde do Alcoitão desde 2017. Desempenha funções no serviço de Neurologia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Hospital de Santa Maria e colabora com o Laboratório de Estudos de Linguagem da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. É membro do departamento de linguagem no adulto da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala (SPTF). Os seus principais interesses de investigação incluem as perturbações adquiridas da comunicação após lesão cerebral e a interferência das emoções no processamento da linguagem.
Carolina Maruta
Psicóloga Clínica, especialista em Neuropsicologia e doutorada em Ciências Biomédicas (ramo de Neurociências) pela FMUL. É, ainda, Professora Auxiliar Convidada de Psicologia na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa e foi professora coordenadora convidada de Neuropsicologia na Escola Superior de Saúde do Alcoitão.
Membro da direção da Secção de Neurologia do Comportamento da Sociedade Portuguesa de Neurologia. Orientadora de estágios curriculares e profissionais de Psicologia (Neuropsicologia) e de estágios em Neurologia do Comportamento no âmbito do internato médico em Neurologia. É autora/coautora de artigos e capítulos de livros em revistas nacionais e internacionais. As suas áreas de interesses centram-se no estudo das consequências cognitivas e comportamentais decorrentes de lesão cerebral/doenças neurológicas, relação entre cognição e envelhecimento normal/patológico, e relação sono-cognição.
Elisabete Mendes Lopes
Secretária administrativa com experiência na gestão de doentes (agendamento e faturação), organização e agendamento de estágios curriculares e profissionais e atividade de apoio administrativo à escrita científica.
Filipa Dourado Sotero
Médica especialista em Neurologia, mestre em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (2009-2014). Realizou internato de formação especifica (2016-2021) no Serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria - CHULN, onde é atualmente assistente hospitalar.
Tem atividade clínica e de investigação em diferentes áreas da Neurologia, sendo as Cefaleias e a Neurologia do Comportamento os seus principais interesses. Destacam-se projetos no estudo das praxias que vem a desenvolver em colaboração com Proaction Lab (Perception and Recognition of Objects and Actions Laboratory). É, ainda, docente na unidade curricular de Neurologia da FMUL.
Integra várias sociedades científicas nacionais e internacionais, sendo membro da Resident and Research Fellow Section da Academia Europeia de Neurologia, e membro do Student Liaison Committee, na função de coordenador de eventos, da Federação Europeia de Sociedades de Neuropsicologia.
Filipa Miranda
Terapeuta da Fala, é licenciada pela Escola Superior de Saúde Egas Moniz, Mestre em Neuropsicologia pelo Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa. Desempenha funções no serviço de Neurologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte, Hospital de Santa Maria e no Laboratório de Estudos de Linguagem da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. É Professora convidada no Mestrado de Neuropsicologia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa. É autora e co-autora de vários trabalhos/artigos científicos relacionados com a Linguagem e Comunicação no adulto.
José Fonseca
Terapeuta da Fala especialista, Doutorado em Ciências Biomédicas (Neurociências), pelo programa doutoral Voz, Linguagem e Comunicação das Faculdades de Medicina e de Letras da Universidade de Lisboa. Vice-Presidente Executivo da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala e Consultor externo da área da Terapia da Fala da A3ES. É, ainda, professor coordenador convidado da Escola Superior de Saúde do Alcoitão e Professor adjunto convidado da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal.
Autor de artigos científicos, livros, capítulos de livros e softwares de reabilitação. Do seu currículo fazem, ainda, parte, sete prémios de atividade científica. Participação em múltiplos projetos de investigação nacionais e internacionais. Revisor e membro do conselho editorial em diversas revistas científicas. As suas áreas de interesse são o processamento da linguagem normal e patológico, adquirido por lesão cerebral no adulto, e a influência da cognição na linguagem.
Lucas Lopes Naumann
Psicólogo Clínico, formado pelas Universidades de Lisboa, de Coimbra e do Minho, no Mestrado Interuniversitário de Neuropsicologia Clínica e Experimental. Tem como principal atividade clínica, a avaliação neuropsicológica de doentes com doenças neurológicas no Laboratório de Estudos de Linguagem da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Os principais interesses de investigação centram-se sobre o perfil cognitivo de doenças neurológicas e o desenvolvimento de instrumentos de avaliação cognitiva.
Marta Granadeiro
Psicóloga Clínica, formada pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, no Mestrado Integrado de Cognição Social Aplicada. A sua tese de Mestrado foi desenvolvida no Voice, Emotion & Speech Neuroscience Lab, da Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa, acerca do efeito da idade na inferência de traços sociais no processamento de voz. Realizou o estágio curricular e o estágio profissional em Neuropsicologia no Laboratório de Estudos de Linguagem, entre 2018 e 2020). É estudante de doutoramento do programa doutoral do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML), com o projeto “The importance of inferences in the changing brain: how social traits and decision-making shape behaviour”, financiado pela FCT. Membro de direção da Secção de Neurologia do Comportamento da Sociedade Portuguesa de Neurologia do Comportamento. Os seus principais interesses de investigação incluem o substrato anatómico e manifestação comportamental da cognição social (perceção da pessoa, inferência de traços sociais) e da tomada de decisão económica (Trust Games e Dictator Game).
Vanda Freiras Castro
Psicóloga Clínica, especialista em Neuropsicologia e mestre em Neurociências pela FMUL. Tem como principal atividade clínica, a avaliação neuropsicológica de doentes com doenças neurológicas, em particular, na área das doenças do movimento, com enfoque em doentes de Parkinson, incluindo candidatos a cirurgia de estimulação cerebral profunda. As suas áreas de interesse centram-se no estudo das alterações cognitivas nas doenças do movimento, Defeito Cognitivo Ligeiro, Demências e Treino Cognitivo. Participa ainda, em ensaios clínicos em doença de Alzheimer. É autora e coautora de publicações científicas em revistas indexadas.
O exame pode ser marcado mediante a apresentação de um termo de responsabilidade, emitido pela instituição de saúde de proveniência, ou a título particular, aplicando-se a seguinte tabela de preços:
Como marcar o exame?
A marcação do exame neuropsicológico/linguagem pode ser feita diretamente com o Laboratório de Estudos de Linguagem, na pessoa da Sr.ª D. Elisabete Mendes Lopes, secretária administrativa do LEL, pelo nº de telefone 217934480 ou pelo email labling@medicina.ulisboa.pt.
O que o doente deve trazer?
No dia do exame, o doente deve comparecer no Laboratório de Estudos de Linguagem à hora marcada e fazer-se acompanhar pelo termo de responsabilidade emitido pela Instituição de Saúde de proveniência com a informação “Avaliação neurocomportamental aprofundada (implica entrevista e aplicação de instrumentos específicos para a avaliação da atenção, da memória, da perceção, da praxis e das funções executivas)” – código: 63801 e/ou “Avaliação de linguagem (implica entrevista e aplicação de instrumentos específicos para a avaliação da linguagem)”. No caso da avaliação ter sido marcada a título particular, deve trazer a prescrição médica onde conste o motivo do pedido de exame.
Deve, ainda, trazer quaisquer outros exames e relatórios médicos, incluindo notas de alta de internamento hospitalar (se aplicável), relatórios de exames neuropsicológicos/linguagem anteriores, TAC e/ou Ressonância Magnética.
Quando é que o relatório ficará disponível?
O relatório fica disponível no prazo máximo de uma semana a contar da data do exame, sendo enviado por email para o próprio doente ou familiar por ele designado, após respetiva autorização escrita.
Em casos excecionais, uma cópia do mesmo poderá ser enviado diretamente para o médico assistente.
O exame neurocomportamental e do estado mental consiste num exame complementar de diagnóstico, solicitado pelo médico assistente para caracterização das alterações cognitivas e comportamentais que podem ocorrer após lesão cerebral. Este exame pode, ainda, ser solicitado em casos de suspeita de deterioração cognitiva progressiva, de etiologia desconhecida.
Envolve a realização de uma entrevista clínica, observação direta, aplicação de testes neuropsicológicos para a avaliação precisa e detalhada das Funções Nervosas Superiores (atenção, memória, funções executivas, praxias, gnosias), escalas e questionários para avaliação da autonomia e funcionalidade, comportamento e outras dimensões neuropsiquiátricas (ex. depressão e ansiedade).
A avaliação da linguagem destina-se a diagnosticar e a caracterizar uma alteração da linguagem secundária a um compromisso neurológico.
Os diagnósticos de perturbação adquirida da linguagem mais comuns são:
Afasia – perturbação adquirida da linguagem, resultante de uma lesão neurológica focal no hemisfério dominante para a linguagem. O conceito de afasia obedece a quatro aspetos: ter causa neurogénica, ser adquirida, envolver perturbações na linguagem e não ter como causa problemas sensoriais ou intelectuais. Caracteriza-se por uma perturbação multimodal na interpretação e formulação de símbolos linguísticos, comprometendo a compreensão e a expressão do material verbal oral e escrito. Estas perturbações têm um impacto negativo substancial na qualidade de vida da pessoa com afasia e nos seus familiares, limitando a sua capacidade de comunicar e de interagir socialmente (SPTF, 2020).
Afasia progressiva primária – síndrome clínica que resulta de uma degenerescência seletiva do hemisfério dominante para a linguagem, nos lobos frontais e temporais caracterizada por compromisso isolado, de início insidioso e de progressão gradual da linguagem (e.g. evocação de palavras, nomeação, sintaxe, compreensão auditiva, leitura, escrita). As atividades da vida diária estão mantidas, exceto as que se relacionam com tarefas de linguagem (e.g. uso do telefone). Posteriormente outras funções cognitivas podem ser afetadas, porém a linguagem continua a ser a área mais perturbada no decurso da doença. A afasia progressiva primária distingue-se em três variantes (agramática/não fluente; semântica e logopénica) (SPTF, 2020).
Alexia – Perturbação adquirida da capacidade para descodificar a linguagem escrita, consequente a uma lesão cerebral (SPTF, 2020).
Agrafia – Perturbação da capacidade de produção de linguagem escrita por lesão neurológica. Pode ser devido a uma perturbação da linguagem (afasia) e perturbação não linguística (motora ou espacial) (SPTF, 2020).
Os tratamentos das alterações adquiridas da linguagem são individualizados, específicos e sistematizados. A sua implementação baseia-se em métodos e técnicas com demonstração científica da sua eficácia.
Pretende-se maximizar as capacidades comunicativas da pessoa com alteração da linguagem, no seu meio socioprofissional, aumentando a sua qualidade de vida.
Aos familiares/cuidadores é feito ensino de estratégias de comunicação de modo a otimizar a relação comunicacional entre os parceiros.
O LEL encontra-se envolvido em diversas atividades de investigação, entre as quais a elaboração e participação em projetos de investigação nacionais e internacionais nas áreas de Neurociências/Neuropsicologia/Terapia da Fala.
Projetos financiados
- 2010/2014 – Mindful aging: Avoiding age-related cognitive decline. BIAL (63/10) e Bolsa Nunes Vicente da Sociedade Portuguesa de Neurologia;
- 2009/2013 – VITHEA - Virtual therapist for aphasia treatment (RIPD/ADA/109646/2009);
- 2007/2011 – Plasticidade cerebral para a linguagem: Evidência da afasia na infância (PTDC/PSI/74294/2006);
- 2002/2006 – Casa Pia Study of the Health Effects of Dental Amalgam in Children (U01DE11894);
- 2005/2009 – Cognição e Envelhecimento: Dados normativos numa amostra populacional portuguesa. Fundação Calouste Gulbenkian (Projeto 0488);
- 1998/2001 – Estudo da relação entre memória de curto prazo e perceção subjetiva de tempo, usando com modelo a doença de Parkinson (PT/FB/BL-1998-059.09);
- 1995/1998 – Reabilitação das afasias, apoiada por computadores (PECS/P/SAV/176/95);
- 1994/1995 – Rééducation de la dénomination des images par ordinateur – Ambassade de France au Portugal e JNICT;
- 1993/1995 – BIOMED 1, subprograma "European standardized computerized assessment procedure for the evaluation and rehabilitation of brain damaged patients (ESCAPE) - Workgroup: Language therapy;
- 1990/1991 – Ação Concertada da Comunidade Europeia – “The evaluation of the efficacy of brain-damaged patients" no subgrupo "Computer assisted aphasia therapy”;
Projetos não financiados
- 2022 – ongoing – Estudo das queixas cognitivas subjetivas e sua relação com o défice cognitivo nos sobreviventes de AVC;
- 2022 – ongoing - Teste de rastreio da afasia em Português (TERAP);
- 2022 – ongoing - Validação e dados normativos da Bateria Visual Object & Space Perception numa amostra populacional portuguesa;
- 2021 – Atualização do Teste de nomeação de Faces Famosas (TFF) para a população portuguesa;
- 2021 – ongoing The cerebelar cognitive affective/Schmahmann syndrome scale;
- 2020 – ongoing - Bateria de avaliação da afasia de Lisboa – Revista;
- 2018 – Nomeação de objetos reais versus fotografias por pessoas com afasia;
- 2018 – Cognição e ciclo de enxaqueca;
- 2018 – Processamento emocional e cognitivo na Enxaqueca;
- 2017 – ongoing - Cognition and brain amyloid deposition in transthyretin-related familial amyloid polyneuropathy;
- 2017 – Neural mchanisms of word learning: Contributions from amnesic patients;
- 2016 – Speech, a potential biomarker for the diagnosis of idiopathic Parkinson’s disease;
- 2016 – Avaliação neurocognitiva de doentes com epilepsia refractária submetidos a cirurgia de estimulação cerebral profunda;
- 2016 – The relation between attention and visual memory in Mild Cognitive Impairment;
- 2015 – Influência da Escolaridade na avaliação neuropsicológica do defeito cognitivo ligeiro;
- 2014 – Assessing cognitive decline in ALS: Portuguese adaptation of the Edinburgh Cognitive and Behavioural ALS Screen (ECAS);
- 2014 – Hemispatial neglect and the Pulvinar nucleus – an alternative pathway for selective attention;
- 2014 – Estudo do perfil neuropsicológico de doentes com polineuropatia amiloide familiar relacionada com transtirretina de longa evolução;
- 2014 – Afasia após trombólise em fase aguda do AVC isquémico;
- 2013 – Análise de leitura com sinais neurofisiológicos;
- 2013 – Feature Sharedness in categorization of semantic memory – a case series of stroke aphasia patients;
- 2010 – 2011 - Lisling 2010: Programa informático de reabilitação da afasia com imagens tridimensionais;
- 2009 – 2012 - Bateria Montreal de Avaliação da Comunicação - MAC;
- 2005 – 2010 - Ensaio clínico multicêntrico, nacional, controlado, aleatorizado e paralelo sobre a eficácia da terapia da fala intensiva em doentes afásicos de causa vascular (SPIRIT);
- 1980 – 1990 - Eficácia da terapia da Fala na afasia: Comparação de 2 abordagens terapêuticas.
Artigos
Livros
- Dicionário Terminológico de Terapia da Fala. (2020). J Fonseca (Ed.). Lisboa: PAPA-LETRAS.
- Teleprática em Terapia da Fala (2020). Linhas orientadoras para Terapeutas da Fala. J Fonseca (Ed.). Lisboa: PAPA-LETRAS.
- Afasia e comunicação após lesão cerebral. Definição, classificação e reabilitação (2018). J Fonseca (Ed.). Lisboa: PAPA-LETRAS.
- Leal G, Fonseca J. (2009). Cadernos de Exercícios de Nomeação. Lisboa: Centro de Estudos Egas Moniz.
- Leal G, Fonseca J. (2009). Caderno de Exercícios de Leitura e Escrita – Nível 1. Lisboa: Centro de Estudos Egas Moniz.
- Leal G, Fonseca J. (2009). Caderno de Exercícios de Leitura e Escrita – Nível 2. Lisboa: Centro de Estudos Egas Moniz.
- Leal G, Fonseca J. (2003). Exercícios de linguagem. Lisboa: Centro de Estudos Egas Moniz.
Capítulos de Livros
- Castro Caldas A. (1991). Crossed aphasia as model atypical specialization. In IP Martins et al (ed). Acquired Aphasia in Children pp 83-93.
- Martins IP, Ferro JM. (1991). Type of aphasia and lesion’s localization. In IP Martins et al (ed). Acquired Aphasia in Children pp 143-159.
- Martins IP, Ferro JM. (1991). Recovery from aphasia and lesion size in the temporal lobe. In IP Martins et al (ed). Acquired Aphasia in Children pp 171-184.
- Martins IP, Ferro JM. (1992). Acquired subcortical lesions in children. In SF Cappa, C-W Wallesch (Eds.), Neuropsychological Disorders associated with subcortical lesions. Oxford University Press pp 381-396.
- Castro Caldas A. (1993). Problems of testing aphasia in illiterate subjects. In Franz J. Stachowiak et al (eds). Developments in the Assessment and Rehabilitation of brain damage. Perspetives from a European Concerted Action pp 205-210.
- Martins IP. (1993). Discussion. In Franz J. Stachowiak et al (eds). Developments in the Assessment and Rehabilitation of brain damage. Perspetives from a European Concerted Action pp 459-462.
- Martins IP, Ferro JM. (1993). Afasia adquirida na criança: Aspetos clínicos e de prognóstico. In L Mansur, N Rodrigues (Eds.), Temas em neurolinguística. Sociedade Brasileira de Neuropsicologia pp 92-102.
- Martins IP. (1993). Acalculia. In FJ. Stachowiak et al (Eds.), Developments in the assessment and rehabilitation of brain-damaged patients. Perspectives from a European concerted action. Narr pp 459-462.
- Castro-Caldas A, Ferro JM, Guerreiro M, Leal G, Farrajota L. (1995). Influence of literacy (vs illiteracy) on the characteristics of acquired aphasia in adults. In CK Leong & RM Joshi (Eds.), Developmental and and Acquired Dyslexia. Kluwer Academic Publishers pp 79- 91.
- Castro Caldas A. (1996). Afasias, apraxias y agnosias. Rehabilitación. In Micheli F.E and Pardal M. (eds.) Neurología en el anciano. Editorial Médica Panamericana pp 73-88.
- Garcia C, Guerreiro M. (1998). Education and Heterogeneity in Alzheimer’s Disease”. In Vellas B, Fitten J, Frisoni G, (eds). Research and Pratice in Alzheimer’s Disease. Springer Co., New York pp 409-417.
- Castro-Caldas A. (1999). A dor de um outro que te habita. In Mário Caeiro (ed). Um cálice de dor. Edição C.M. Lisboa 39-42.
- Pavão Martins I. (2000). Basal ganglia lesions, language and neuropsychological dysfunction. In D. Riva and A. Benton (ed). Localization of Brain Lesion and Developmental Functions. John Libbey & Company Ltd pp 57-65.
- Castro Caldas A, Reis A. (2000). Neuropsicologia do analfabetismo: Considerações a propósito de um projecto em desenvolvimento. In MR Delgado Martins & Armanda Costa (ed). Leitura e Sociedade, Editorial Caminho, pp 155-138.
- Ferro JM, Pavão-Martins I. Memory loss. In J. Bugosslavsky and L. Caplan (ed). Stroke Syndromes. Second Edition, pp 242-253
- Martins IP. (2004). Persistent Acquired Childhood Aphasia. In Fabro F, Medea E. (ed). Neurogenic Language Disorders in Children. Scientific Institute, University of Udine. Elsevier, pp 231-251.
- Guerreiro M. (2005). Avaliação neuropsicológica das doenças degenerativas. In CastroCaldas A, de Mendonça A. (ed). A Doença de Alzheimer e outras Demências em Portugal. Lidel – Edições técnicas, Lisboa, pp 83-109
- Guerreiro M. (2005). Terapêutica não farmacológica na demência. In Castro-Caldas A, de Mendonça A. (ed). A Doença de Alzheimer e outras Demências em Portugal. Lidel – Edições técnicas, Lisboa, pp 121-148.
- Ribeiro F, Guerreiro M, de Mendonça A. (2006). Defeito Cognitivo Ligeiro. In H Firmino, L Cortez Pinto, A Leuschner, J Barreto (Eds.), Psicogeriatria, Editora Psiquiatria Clínica.
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- 2017 - José Fonseca – Avaliação de capacidades cognitivas não verbais na afasia de etiologia vascular
- 2022 – Pedro Nascimento Alves – Delusions of space after stroke: clinical phenomenology and neural basis
Poderá consultar com o Laboratório de Estudos da Linguagem.
O LEL encontra-se envolvido no ensino, nomeadamente, orientação de teses de Mestrado e Doutoramento em e formação pré-graduada e pós-graduada em Neurologia do Comportamento, Neuropsicologia e Terapia da Fala.
Ensino Pré-graduado
Ensino pós-graduado
Cursos realizados
O LEL oferece estágios para Médicos Neurologistas (ou internos), Psicólogos e Terapeutas da Fala. Se gostaria de realizar estágio connosco e pretende obter informações acerca das modalidades, condições de acesso, ou esclarecer dúvidas, contacte-nos para labling@medicina.ulisboa.pt ou 217934480.
“Tive a oportunidade de, enquanto aluno do Mestrado Integrado em Medicina da FMUL, fazer uma tese de mestrado relacionada com o efeito da educação no desempenho cognitivo em doentes com défice cognitivo ligeiro. Pude contar com uma equipa bastante disponível e profissional, que me acompanhou nos vários processos de elaboração da tese, desde a análise de dados à conceção da tese. Considero que este período se revelou bastante frutuoso para a minha carreira médica.”
(F.G., aluno do MIM)
“O LEL é um excelente local de formação que me permitiu a realização de estágio durante o internato de formação específica em Neurologia, onde pude assistir às avaliações dos doentes, bem como participar na realização de um projeto de investigação. A equipa do laboratório é muito profissional e dinâmica”
(J.V., interno de Neurologia)
“O estágio no LEL representa um caminho de crescimento científico, profissional e pessoal. A singular qualidade do corpo científico, o contexto interdisciplinar, a oportunidade de integrar projetos de investigação, como o critério, o rigor e a exigência, constituem todos fatores e qualidade inerentes a este laboratório”
(I.C., estagiário profissional de Psicologia)
“Serviços altamente profissionais onde a simpatia e o acolhimento são fatores a acrescentar e a enaltecer”
(L.J., utente do LEL)
Ensino
Sociedades Científicas
Apoio à Comunidade
Morada:
Laboratório de Estudos de Linguagem, Centro de Estudos Egas Moniz, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa
Departamento de Neurociências e Saúde Mental, Elevador 1, Piso 8
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Autocarros
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