É o fígado gordo não alcoólico a mesma doença em doentes com infeção por VIH?
Share

senhora de caracóis a sorrir

Este foi o mote de um estudo proposto por Sara Policarpo, Assistente Convidada em Ciências da Nutrição na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e nutricionista no Hospital de Santa Maria.

O estudo apresentado por Sara Policarpo resultou do trabalho de uma equipa multidisciplinar, com a intervenção preponderante do serviço de Gastrenterologia de Santa Maria, e incidiu na perceção da “percentagem de indivíduos com infeção por VIH que têm fígado gordo, as características da patologia e de que forma respondem a uma intervenção nutricional após diagnóstico (…), comparando com um grupo de doentes seguidos em consulta de Hepatologia com fígado gordo sem infeção por VIH”, explicou Sara Policarpo, primeira autora, revelando que o estudo se encontra ainda em curso e foi impulsionado pela evidência de um aumento significativo de “indivíduos a apresentarem obesidade e alterações metabólicas”.

Dos dados reunidos até ao momento, pode inferir-se que “mesmo na ausência de alterações analíticas substanciais, existe um grau de fibrose que não deve ser descurado nos indivíduos com infeção por VIH que têm fígado gordo e que estes scores não invasivos, nesta população específica com infeção por VIH, acabam por não ser muito indicados e sugerir que estas ferramentas precisam de ser calibradas para esta população”, explicou Sara Policarpo numa apresentação que pode ver aqui.