“A solução passa pelo conjunto das vacinas que temos ao nosso dispor”
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homem fala no telejornal

 

O Professor Miguel Prudêncio, docente da FMUL e investigador no iMM, esteve no canal de televisão TVI24, onde falou sobre o processo de vacinação em Portugal.

Segundo o Professor, o atraso na entrega pela AstraZeneca (uma das vacinas que faz parte do plano de vacinação previsto pela União Europeia) não estava previsto e terá um grande impacto, “não temos alternativa se não reajustar”.

Segundo Miguel Prudêncio, este atraso não coloca em causa o plano de vacinação conforme estava estabelecido. Quando questionado sobre as eventuais consequências do seu atraso, refere que quanto mais depressa as pessoas dos grupos de risco forem vacinadas, mais conseguiremos reduzir a exposição dessas pessoas mais vulneráveis ao vírus. Com o atraso, estas pessoas ficarão expostas por mais tempo.

Quanto à possibilidade da nova vacina Johnson & Johnson, de uma única toma, ser a solução, o investigador refere “a solução passa pelo conjunto das vacinas que temos ao nosso dispor e por uma boa gestão dos stocks à medida que eles vão sendo disponibilizados pelas farmacêuticas.” “A solução não passa por uma vacina em especifico”, acrescenta.

Questionado sobre as novas variantes conhecidas, Miguel Prudêncio relembra que estas são mais infecciosas, o que se poderá traduzir num aumento do número de casos. No que se refere à variante do Reino Unido, os ensaios clínicos feitos “mostram que o soro utilizado continua a ser eficaz a neutralizar esta nova variante, não havendo perda de eficácia.” Já a variante da África do Sul, os dados recolhidos não são ainda claros, mas a expectativa é que a resposta do sistema imunitário induzida pela vacina mantenha a sua eficácia também quanto a esta variante.

Mais uma vez, o problema é a fácil transmissibilidade desta variante.

Independentemente da variante, Miguel Prudêncio relembra que a proteção (como já a conhecemos) contra a transmissão do vírus continua a ser a melhor defesa.

Assista à intervenção do Prof. Miguel Prudêncio aqui.