Rir é o melhor remédio
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rir escrito em inglês

O Dia Internacional do Riso foi celebrado a 18 de janeiro, mas atendendo ao adágio popular de que “rir é o melhor remédio”, vamos falar da temática relembrando as consequências do que este gesto dos lábios provoca no corpo. Quais as emoções que estão associadas a esta curva positiva e que efeitos práticos, positivos, têm no bem-estar?

Um texto publicado no site da SIC fala sobre a importância de rir e quais os efeitos que tem na saúde. Revela dados de estudos e fala com Mário Simões, psiquiatra e professor jubilado da FMUL, que “alerta” para os efeitos desta ferramenta que também é psicológica porque tem a capacidade de “aumentar o sentido de pertença, através da criação de laços com as pessoas ao redor”, afirmou.

foto em que metade é um coração e a outra metade um cérebro

Impacto físico

Por exemplo, nos momentos de boa disposição e de prazer há um aumento da capacidade respiratória, que tem impacto no sistema circulatório, através da melhoria da irrigação sanguínea de todos os vasos do corpo humano. O psiquiatra acrescenta ainda a descontração muscular “que pode durar até cerca de três a cinco minutos”. Existem também alguns estudos que comprovam que o riso é responsável por baixar a tensão arterial, o que em última análise leva a supor que rir faz bem ao coração.

Esta curva positiva é responsável por sensações de boa disposição e de tranquilidade e isso acontece porque durante as gargalhadas são libertados neurotransmissores, como a dopamina e serotonina, que deixam uma sensação de bem-estar e boa disposição. Estas células produzidas pelos neurónios seguem via corrente sanguínea, alastrando-se a todo o corpo.

cérebro com interior iluminado

Quando sentimos sede, medo ou alegria libertamos neurotransmissores e se os há para promover o bem-estar, existem outros que atenuam a dor. São os opioides endógenos, também libertados através dos neurónios e que promovem uma sensação de alívio.

 Rir é -sem dúvida- o melhor remédio!

criança sentada com livro no colo a rir

 “O centro do riso” situa-se no lobo frontal, na terceira circunvolução e é aqui “que se localiza a voz” e não só “também a secção motora associada aos movimentos que fazemos em momentos de riso e gargalhada”, explica.

Segundo o psiquiatra Mário Simões, estudos realizados no Ocidente na última década demonstram que devemos rir três vezes por dia, sendo que cada episódio deve durar cerca de um minuto.

Portanto a expressão popular “muito riso pouco siso” parece estar desatualizada e a prova é a existência da Operação Nariz Vermelho nos hospitais. Trazer alegria e boa disposição é o mote destes palhaços de cara pintada e de sorriso nos lábios cuja principal missão é a promoção da saúde começando num simples gesto: sorrir.

 

Fonte: SIC online