O Dia Mundial do Ambiente é hoje celebrado!
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imagem de duas mãos lado a lado com o mapa do mundo pintado nelas

Desde 1974 que é assinalado este dia, que foi criado com o objetivo de promover boas ações no âmbito climático e ambiental.  Este ano o mote da campanha é “acelerar o restauro da terra, a resiliência à seca e à desertificação,” mas este é um caminho tortuoso e as consequências das alterações climáticas já estão aí.

Ainda ontem foi noticiado a evacuação de uma ilha nas Caraíbas, um território que pertence ao Panamá, e cujo nível das águas não permite mais que ali se viva.

Existem mais ilhas ameaçadas e o alojamento destas pessoas e dos animais, constituiu um desafio para os governos. Mas as alterações não se ficam por aqui. As recentes chuvas no Rio Grande do Sul, Brasil, mostram bem como o planeta está doente. As temperaturas escaldantes de mais de 50 graus, sentidas na índia, já são responsáveis pela morte de mais de 200 pessoas devido a golpe de calor.

A destruição da natureza tem um efeito dominó assustador e as consequências, são também elas assustadoras. Por exemplo, a não preservação das pradarias marinhas, vai permitir que o carbono não seja absorvido e fique na atmosfera. Isto, aumenta o aquecimento global que por sua vez causa o degelo, que leva ao aumento do nível do mar que leva à evacuação de territórios. É um comboio que já iniciou a viagem.

Urge fazer marcha atrás, mas as políticas e a agenda mundial continuam a priorizar a economia à natureza. A agenda 2030 adotada pelos estados membros da ONU é ambiciosa e atua em várias frentes– ambiental, económica e social- mas a há muita dificuldade em cumprir, ou em fazer cumprir, as metas.

A Cimeira do Clima, COP 28, realizada nos Emirados Árabes Unidos, reuniu muitos participantes, mas até a redação do documento final, foi uma tarefa ciclópica.

Desta importante cimeira, saiu a necessidade de acelerar a transição da energia produzida através de combustíveis fósseis para as energias renováveis, como a produzida pelo vento e sol. Aguardamos.

 

terra seca com árvore ao fundo

É preciso travar a fundo 

O aquecimento do mar e a acidez provocada pelo excesso de carbono, - que vem dos tais combustíveis fósseis- reduz o PH, altera a composição química levando à morte dos corais e da vida marinha que se desenvolveu neste ambiente. O CO2 é também responsável pelas alterações dos padrões de precipitação e da seca. O efeito dominó também se aplica aqui e a fatura tem sido apresentada com o aparecimento cada vez mais recorrente de fenómenos extremos. Mas apesar de todas as consequências que se têm vindo a registar, os decisores continuam a marcar passo, chutando para a frente as alterações necessárias e continuando a investir em políticas nocivas ou não aplicando as medidas que fariam a diferença.

A verdade é que a COP 28 realizou-se num país que é um importante produtor de petróleo e falou-se até que o encontro tinha servido para fazer negócio neste campo. Se assim for, resta-nos correr atrás do prejuízo porque de facto “estamos num carro a alta velocidade com o pé no acelerador”, como disse António Guterres e a verdade é que a velocidade não para de aumentar…

 

A FMUL rumo à sustentabilidade

Recentemente a FMUL deu um passo gigante rumo a um futuro mais sustentável, ao candidatar-se ao Fundo Ambiental, através do PRR, que lhe permitiu fazer alterações que vão baixar a fatura paga mensalmente e em simultâneo diminuir a pegada ecológica.

Cabe a cada um de nós pequenos gestos diários que alteram comportamentos e que promovem bons comportamentos. Dê o seu contributo.