Investigação e Formação Avançada
Dopamina e doença de Parkinson: investigadores do IMM e de HMS revelam pistas moleculares
Tiago Fleming Outeiro, lider da Unidade de Neurociência Celular e Molecular do Instituto de Medicina Molecular (IMM) publicou dia 4 de Setembro, na prestigiada revista PloS One, em conjunto com investigadores dos EUA, um estudo que revela novas pistas sobre a acção da dopamina, um estimulante do sistema nervoso central, na doença de Parkinson.
O estudo foi desenvolvido na Harvard Medical School (Estados Unidos) e no IMM e contou com a colaboração de investigadores portugueses, norte-americanos e alemães.
A doença de Parkinson caracteriza-se pela degeneração e morte de neurónios de uma região do cérebro, a substancia nigra.
Apesar de se desconhecerem aspectos importantes dos mecanismos moleculares responsáveis pela doença, sabe-se que na sua base está a formação de agregados de proteínas dentro dos neurónios, nomeadamente de uma pequena proteína chamada alfa-synucleína. Em neurónios de doentes de Parkinson, a alfa-synucleína adopta uma forma alterada, que provoca a sua agregação em aglomerados tóxicos para as células.
O estudo agora publicado vem mostrar que as alterações de forma sofridas pela alfa-sinucleína podem ser induzidas pela dopamina, sugerindo um papel da dopamina na formação dos agregados de proteína característicos da doença de Parkinson. A dopamina é um estimulante do sistema nervoso central, percursor da adrenalina e noradrenalina, envolvido na dependência psicológica a vários vícios e na degeneração dos neurónios na doença de Parkinson. Os resultados hoje publicados fornecem também uma possível explicação para observações anteriores, que revelaram que os neurónios produtores/receptores de dopamina são mais vulneráveis à morte celular característica da doença de Parkinson.
“O nosso trabalho sugere que a vulnerabilidade dos neurónios na doença de Parkinson esteja relacionada com a capacidade da dopamina favorecer formas de alfa-sinucleina que levam ao aparecimento de agregados proteicos.”, esclarece Tiago Fleming Outeiro, primeiro autor do estudo e investigador do IMM. “Neste trabalho identificámos estas formas específicas de alfa-sinucleina, esperamos agora que os nossos resultados permitam compreender melhor o mecanismo molecular que conduz à doença de Parkinson, bem como encontrar novas formas de prevenção ou terapia.”, continua Tiago Fleming Outeiro.
Unidade de Comunicação e Formação
Instituto de Medicina Molecular
ucom@fm.ul.pt
O estudo foi desenvolvido na Harvard Medical School (Estados Unidos) e no IMM e contou com a colaboração de investigadores portugueses, norte-americanos e alemães.
A doença de Parkinson caracteriza-se pela degeneração e morte de neurónios de uma região do cérebro, a substancia nigra.
Apesar de se desconhecerem aspectos importantes dos mecanismos moleculares responsáveis pela doença, sabe-se que na sua base está a formação de agregados de proteínas dentro dos neurónios, nomeadamente de uma pequena proteína chamada alfa-synucleína. Em neurónios de doentes de Parkinson, a alfa-synucleína adopta uma forma alterada, que provoca a sua agregação em aglomerados tóxicos para as células.
O estudo agora publicado vem mostrar que as alterações de forma sofridas pela alfa-sinucleína podem ser induzidas pela dopamina, sugerindo um papel da dopamina na formação dos agregados de proteína característicos da doença de Parkinson. A dopamina é um estimulante do sistema nervoso central, percursor da adrenalina e noradrenalina, envolvido na dependência psicológica a vários vícios e na degeneração dos neurónios na doença de Parkinson. Os resultados hoje publicados fornecem também uma possível explicação para observações anteriores, que revelaram que os neurónios produtores/receptores de dopamina são mais vulneráveis à morte celular característica da doença de Parkinson.
“O nosso trabalho sugere que a vulnerabilidade dos neurónios na doença de Parkinson esteja relacionada com a capacidade da dopamina favorecer formas de alfa-sinucleina que levam ao aparecimento de agregados proteicos.”, esclarece Tiago Fleming Outeiro, primeiro autor do estudo e investigador do IMM. “Neste trabalho identificámos estas formas específicas de alfa-sinucleina, esperamos agora que os nossos resultados permitam compreender melhor o mecanismo molecular que conduz à doença de Parkinson, bem como encontrar novas formas de prevenção ou terapia.”, continua Tiago Fleming Outeiro.
Unidade de Comunicação e Formação
Instituto de Medicina Molecular
ucom@fm.ul.pt