A equipa constituída por alunos da FMUL venceu a competição de Simulação de Body Interact (“911- What’s your emergency?”), em novembro, e essa vitória catapultou-os para a mesma competição, mas a nível internacional. A prova realizou-se em fevereiro através de reunião zoom e este grupo de alunos trouxe a medalha de prata. Falamos com a Rita Amorim, a Tânia Santos, a Nair Correia, o Rafael Cruz e o João Nunes.
Quando e onde decorreu a competição de casos clínicos - International Virtual Patient Challenge/Body Interact?
Equipa: A competição teve lugar no dia 17 de fevereiro de 2023, e decorreu online, simultaneamente numa plataforma da Body Interact e numa reunião por Zoom.
A mesma equipa tinha vencido a competição nacional e isso catapultou-os para a mesma competição, mas a nível internacional. Certo?
Equipa: Correto. A nossa equipa venceu a competição de Simulação de Body Interact (“911- What’s your emergency?”) promovida pelo Congresso médico Beyond Med e pela Body Interact. Nesta participaram cerca de 8 equipas de alunos da Faculdade. O vencedor iria representar Portugal e a Faculdade na Competição Internacional de Virtual Patient.
Quantas equipas participaram e exemplos de algumas nacionalidades na competição.
Equipa: Participaram 5 equipas (EUA, México, Peru, Chile e Portugal).
Quantos casos virtuais tiveram de avaliar?
Equipa: Resolvemos 2 casos clínicos sobre a abordagem ao doente crítico. O primeiro remetia a um doente com episódio súbito de Vertigem e o segundo a uma vítima de acidente de viação.
Como é que se formou a equipa?
Equipa: A equipa formou-se num momento informal entre amigos. Porque todos temos o interesse comum de aprender mais e de formas diferentes e de nos pormos à prova, aceitamos imediatamente o desafio. Adicionalmente, a oportunidade de experimentar o Body Interact era aliciante.
O que foi mais difícil de gerir durante a avaliação clínica?
Equipa: A abordagem ao doente como um todo é sempre desafiante, ainda mais quando se trata de um doente crítico. Alguns dos aspetos que consideramos mais difíceis foram a gestão do tempo (apenas dispúnhamos de 15 min temporizados para abordar o doente desde a anamnese até à administração da terapêutica) e manuseamento da plataforma, e a posologia dos fármacos, algo com o qual não possuíamos, à data da competição, muita experiência.
Havia uma estratégia de organização interna da equipa, para fazer a gestão de tempo e de perguntas que vão surgindo durante avaliação clínica?
Equipa: Temos uma estratégia de grupo que surgiu de uma forma absolutamente natural.
Um dos nossos membros (Nair) fica encarregue da gestão da plataforma, participando em menor grau na discussão do doente.
Simultaneamente, os outros membros da equipa (Rita, Tânia, Rafael e João) dividem-se e, preocupam-se em monitorizar, avaliar, discutir o doente e decidir o encaminhamento (sendo que esta distribuição varia de acordo com a área médica do caso e com as áreas de interesse e conhecimento de cada membro).
Como foi recebida a conquista da medalha de prata na competição?
Equipa: A conquista foi recebida com muita alegria e orgulho, sobretudo por ser uma vitória em equipa e não individual.
Embora estivéssemos confiantes na nossa prestação, era impossível prever os resultados e sabíamos que os nossos adversários estavam bem preparados, pelo que não negamos algum nervosismo no momento de divulgação do pódio.
Esta medalha de prata foi, não só uma validação ao nosso esforço, mas sobretudo à nossa união.
Têm projetos futuros deste âmbito?
Equipa: Atualmente, o foco de todos os membros da equipa encontra-se em completar o curso com os melhores conhecimentos e experiência possível, pelo que não temos planos específicos neste âmbito. Ainda assim, estamos determinados a abraçar qualquer oportunidade desta natureza, pois sabemos que é uma mais valia para o nosso percurso académico e pessoal, estimulando não só à excelência, mas ao trabalho em equipa, fulcral na área da Medicina!
Dora Estevens Guerreiro
Equipa Editorial