Nunca se falou tanto de saúde mental.
Numa altura em que o nosso estilo de vida foi afetado por uma pandemia, em que fomos confrontados pelos números de vidas que se perderam, número de doentes graves, números de infeções, a importância da saúde mental saiu do silêncio, da vergonha, da fraqueza e do tabu.
Surgiram os números dos pedidos de ajuda, dos pedidos de consultas de psiquiatria e psicologia, das famílias em desespero, dos estudantes afetados nas suas aprendizagens e avaliações, das crianças… “desadaptadas”?
Falou-se mais de saúde mental porque fomos mais eficazes a lidar com o vírus do que a compreender quais eram as adaptações necessárias para sobreviver sem… enlouquecer.
Ficamos em casa mas passamos a trabalhar mais. Aumentaram as tarefas domésticas. Voltamos a ter mais exigências com as crianças porque para além das escolas, fecharam os ATLs, os clubes, a música, o Inglês.
Não antecipamos que lidar com esta crise implicava questionar e mudar o paradigma em que estamos. Fizemos mais do que vínhamos a fazer e que já não era bom para a saúde. Para nenhuma delas.
Não percebemos que precisávamos de uma pausa.
O nosso objetivo, com este encontro, é fazer uma pausa na nossa rotina, nas nossas tarefas, na nossa agenda e pensar sobre a saúde mental, com enfoque na nossa Comunidade Académica, desde os estudantes, aos colaboradores, aos docentes e investigadores.
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Rui Martins, Psicólogo do Espaço S e membro da Comissão Científica do Encontro