“A doença tem sempre afligido o ser humano, pois a enfermidade é inerente à vida: e o homem sempre se esforça para enfrentar essa realidade do melhor modo possível”.
(George Rosen, 1910-1977)
Em todo o mundo os medicamentos utilizados até aos finais do século XVIII tinham como único objetivo a cura das enfermidades.
Quando nos finais do século XVIII, o naturalista e médico britânico Edward Jenner (1749-1823) hoje amplamente conhecido como o "pai da imunologia", descobriu um medicamento - a vacina contra varíola - a história dos medicamentos, deu um passo gigante. Este novo medicamento tinha como finalidade não a cura, mas sim a prevenção, procurando evitar que as pessoas ficassem infetadas por aquela doença que certamente as ia levar à morte. Após esta descoberta, a terapêutica medicamentosa tornou-se também preventiva.
A varíola, considerada um grave problema de saúde pública, era uma doença infetocontagiosa, provocada pelo orthopoxvírus, um dos vírus de maiores dimensões que contaminava os seres humanos. Foram inúmeras as epidemias de varíola descritas ao longo da história, que percorreram os continentes e que dizimaram vastas populações.
Segundo muitas investigações efetuadas, sugerem-nos que o mais antigo vestígio da varíola remonta à época faraónica, como demonstra a imagem de Ramsés V, que viveu há três mil anos, onde revela marcas das pústulas na zona da cabeça. Esta doença também atingiu o Império Romano e o continente americano, depois da chegada de Colombo, em 1492. Documentação escrita no século IV, oriunda da China, refere descrições acerca de sintomas desta enfermidade.
Crê-se que foi na Índia e na China, há mais de mil anos, que foram realizadas as primeiras tentativas para imunizar as crianças contra várias doenças através de um pequeno corte no braço, esfregavam as crostas de feridas de infetados ou outros materiais infetados com varíola na ferida. Assim, apesar de não entenderem a explicação, o certo é que criavam resposta no sistema imunitário e criavam imunidade à doença.
Também era utilizado na China, na Índia e na Península Arábica, o método chamado devariolação, embora não se saiba muito bem a sua origem. Esta prática chegou a Constantinopla, trazida pelos árabes ou pelos viajantes que vinham do norte de África, e consistia em esfregar as crostas secas da varíola que continham o vírus, na pele da pessoa que deveria ser imunizada. Os chineses, por seu lado, moíam as crostas secas reduzindo-as a pó, expondo-as a vapor quente, danificando as partículas virais. O pó era assoprado no nariz da pessoa a ser imunizada.
Na Europa, durante séculos, centenas de milhares de pessoas sucumbiram a esta doença infecciosa todos os anos, o que correspondia a 30% dos infetados. De início, a doença manifestava-se por febre e vómitos, seguindo-se por erupções cutâneas com pústulas, cheias de líquido e um buraco ao meio, alastrando por todo o corpo. Ao fim de dez dias não havia um centímetro de pele livre de bolhas, o que contribuía para que, após a cicatrização destas, os doentes que sobreviviam ficassem desfigurados, com marcas terríveis, o que lhes causava enorme vulnerabilidade. Um terço destas vítimas acabava por cegar.
O método mais popular de variolação aqui utilizado era a inoculação, que se efetuava a partir de uma amostra de varíola, obtida de um paciente ou de uma vítima, que era injetada num indivíduo por via subcutânea com a ajuda de uma agulha.
Por volta de 1718, numa altura em que a Europa era abalada por uma forte epidemia de varíola, Lady Mary Montagu, esposa do então embaixador britânico em Constantinopla, que tinha sido infetada pela varíola tendo o seu rosto ficado bastante deformado, ao tomar conhecimento desta prática decidiu variolar o filho naquela cidade. Quando regressou a Inglaterra, deu conhecimento desta prática aos seus amigos e a membros da família real, que também decidiram submeterem-se a este método.
Em 1721, o cirurgião escocês Charles Maitland (c.1668-1748) realizou um teste de variolação em seis prisioneiros. Depois de terem sido expostos à varíola, todos sobreviveram. Maitland também praticou esta experiência em duas princesas do País de Gales, o que colocou esta prática como moda na Europa. Na América colonial, em Boston, o reverendo Cotton Mather utilizou este método em escravos africanos.
Segundo a história, também Catarina, a Grande, imperatriz da Rússia (1729-1796) que vivia sobressaltada pelo seu filho e por ela própria poderem vir a ser infetados pela varíola, (o seu marido, Pedro III, que tinha sido deposto e posteriormente assassinado, tinha escapado à doença, no entanto apresentava marcas na cara e na cabeça o que lhe causava enorme instabilidade) chamou, em 1768, o médico inglês Thomas Dimsdale, que no ano anterior tinha publicado o livro O Método Atual de Inoculação Contra a Varíola.
Este médico que tinha dedicado toda a sua vida ao estudo da varíola, expunha nesta sua obra as experiências que tinha efetuado através daquela técnica, que eram realizadas há já vários séculos na Índia e na China. Esta técnica caraterizava-se por retirar material das pústulas de uma pessoa doente e aplicá-lo na pele ou nas narinas da pessoa que se queria proteger.
Por norma, as pessoas inoculadas apesar de poderem apresentar alguns sintomas como febre e erupções ligeiras, tornavam-se imunes à doença. Dimsdale, ao ser confrontado com algumas mortes de pessoas que tinham sido inoculadas, referiu na sua obra que “Os que morriam eram sempre em menor número do que aqueles que viriam a sucumbir à varíola”.
Quando Dimsdale partiu para a Rússia ia com o receio de que o seu método fraquejasse, pois sabia que a imperatriz Catarina não admitia erros e que não tinha qualquer objecção em o mandar abater. Segundo se constou, o médico inglês deixou uma carroça junto aos portões do palácio para poder fugir, caso o seu trabalho não fosse satisfatório. A variolação da imperatriz e do seu filho foram um êxito. Thomas Dimsdale regressou a Inglaterra com o título de barão do império e com uma pensão vitalícia, concedidos pela imperatriz como reconhecimento.
Apesar de a variolação não ser isenta de riscos, pois os indivíduos variolados podiam espalhar o vírus e até morrer. No entanto, a taxa de mortalidade era significativamente menor (1/100) quando uma pessoa adquiria o vírus por variolação, em contraste com quando se infetava naturalmente (30/100). Os indivíduos variolados também apresentavam uma forma mais leve de varíola do que aqueles que tinham sido infetados por acaso.
Por volta de 1796, na China, após um surto de varíola foram observados os que sobreviveram, verificando-se que estes tinham ficado imunes às recaídas.
O médico inglês Edward Jenner, perante estes acontecimentos e depois de vários anos de estudo de observação, verificou que quando havia surtos de varíola havia um estrato profissional que sistematicamente não ficava doente, eram as leiteiras e os leiteiros que ordenhavam as vacas. Por outro lado, verificou que estas pessoas eram portadoras de uma doença não tão grave quanto a varíola – a varíola das vacas - chamada de “cowpox”. Jenner questionou-se se as pessoas que estavam infetadas por cowpox, como a ordenhadora de leite Sarah Nelmes, não ficavam contaminadas pela varíola humana, por isso pensou em contaminar algumas pessoas com a varíola das vacas.
A primeira experiência efectuada por Edward Jenner realizou-se no dia 14 de maio de 1796 a uma criança de 8 anos, James Phipps, o filho do seu jardineiro, tendo prosseguido com a realização desta mesma experiência a outras pessoas, sempre com êxito. Tinha descoberto a primeira vacina. A palavra vacina tem origem na palavra vaccinae que significa “proveniente da vaca”.
Depois de ter verificado que a sua descoberta iria trazer profundos benefícios para todos, Edward Jenner propôs uma vacina apesar de não ter conhecimentos de imunologia e sem ainda haver conhecimentos de vírus e bactérias, tendo ainda publicado no mesmo ano o seu estudo Aninquiry into the causes and effects of the Variolae Vaccinae, a disease discovered in some of the western counties of England, particularly Gloucestershire, and known by the name of the cow-pox.
No entanto, Jenner não terá sido o primeiro a usar esta técnica. Já o agricultor Benjamin Jesty (1736-1816), vinte e dois anos antes, por ter ouvido que as leiteiras que apanhavam varíola bovina ficavam protegidas contra a varíola, inoculou a sua família com líquido das bolhas do úbere de vacas infetadas – Jesty já tinha sido atingido pela variante bovina. Em 1774, a vila inglesa de Yetminster, apesar de ter sido atingida pela doença, a família de Jesty escapou ilesa à epidemia. Em 2006, este feito foi reconhecido pela instituição de apoio à investigação Wellcome Trust, que adquiriu um retrato a óleo do agricultor.
A varíola não escolhia estratos sociais para fazer as suas vítimas. Foram inúmeras as pessoas de renome que faleceram desta doença :
Algumas das personalidades que foram somente infetadas pela varíola:
Ao longo da história, foram vários os métodos e experiências realizados até se chegar ao que hoje conhecemos por vacina. No entanto, é atribuido o mérito da vacinação a Edward Jenner devido ao seu rigor científico com que este médico inglês apoiou as suas experiências.
A vacinação para o combate a varíola iniciou-se em 1796. Ao contrário da variolação, que usava o vírus da varíola, a vacina agora utilizada seguiu o exemplo de Jenner de usar o vírus da varíola bovina, menos perigoso, para criar imunidade contra a varíola.
Em 1799, foi criado o primeiro instituto vacínico em Londres e, em 1800, a Marinha britânica começou a adotar a vacinação, iniciando-se também a vacinação na América. Em 1805, todos os soldados franceses foram vacinados por ordenação de Napoleão Bonaparte.
Ao contrário de outras descobertas científicas, a apresentação desta vacina não deu origem a grandes polémicas apesar de terem surgido algumas caricaturas e alguns depoimentos contra os resultados apresentados por Edward Jenner. Todos de uma maneira geral, tanto cientistas como a população, compreenderam a importância desta vacina. A partir do início do seculo XIX surgiram grandes campanhas para a vacinação antivariólica, fundaram-se instituições para a difusão da vacinação e a população europeia aumentou.
No entanto, ainda no século XVIII, dado o enorme reconhecimento desta vacina, verificou-se que era difícil a sua distribuição para que ela chegasse à maior parte da população. Carlos IV (1748-1819) que, naquela altura era rei de Espanha, elaborou uma alternativa para contornar este problema ao mandar vacinar 22 orfãos que, mais tarde, viajaram para diferentes regiões e, a partir do sangue das crianças imunizadas, eram criadas novas vacinas para a população da zona.
Inicialmente, os médicos administravam a vacina com uma agulha bifurcada que transportava o patógeno bovino. Mais tarde, com a invenção da seringa, a administração da vacina ficou mais facilitada.
Em 1959, a Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou uma campanha mundial para a erradicação da varíola, sendo considerada como a primeira doença erradicada pelo Homem através da vacinação. Em 1980, a OMS anunciou que esta doença havia sido erradicada. Os últimos casos declarados foram no Sudão, em 1977, e num acidente de laboratório, em 1978. A última epidemia surgiu na Jugoslávia, em 1972.
Durante 10 mil anos o vírus da varíola habitou a Terra e provocou milhões de vítimas, estima-se que entre 300 a 500 milhões, só no século XX. Apesar da vacina anti-varíola ter impedido muitas mortes, também salvou que milhões de pessoas tivessem ficado com cicatrizes e deformações para o resto das suas vidas.
Só passados 90 anos, já nos finais do século XIX, Louis Pasteur (1822-1895) ficaria a ser recordado por ter descoberto outra vacina, esta contra a raiva. Foi o primeiro a conceber uma vacina de acordo com um processo científico. Nos seus inúmeros trabalhos, descreveu o papel dos microorganismos na transmissão das infeções e propôs meios terapêuticos de prevenção dessas doenças, com processos variados para atenuar a virulência.
A doença infecciosa causada pelo vírus do género Lyssavírus instalava-se e multiplicava-se no sistema nervoso, expandindo-se para as glândulas salivares. Assim, os humanos que fossem mordidos por cães raivosos eram infetados por esta doença. Em 1885, Pasteur aplicou pela primeira vez a vacina antirrábica numa criança de oito anos, Joseph Meister, que tinha sido mordido por um cão raivoso, através de extratos de medula espinal de um cão com a doença. Joseph Meister foi a primeira pessoa a sobreviver à doença.
Em 1879, Louis Pasteur descobriu o Bacillusanthracis e em 1881, conjuntamente com o seu ajudante Charles Chamberland, criaram e experimentaram uma vacina contra o carbúnculo.
Em 1887, Pasteur fundou em Paris o Instituto com o seu nome, sendo o seu primeiro diretor. Inaugurado no ano seguinte, o Instituto Pasteur tinha como propósito a investigação de estudos biológicos, microbiológicos e estudos aprofundados sobre vacinas. O Instituto Pasteur ganhou rapidamente grande prestígio, tanto a nível nacional como internacional.
Ao longo dos anos, o Instituto Pasteur tem sido uma referência internacional, tendo um trabalho intenso na investigação microbiológica que originou importantes resultados no controlo de algumas doenças infeciosas como a difteria, o tétano, a tuberculose, a poliomielite, a gripe, a febre amarela e a peste. O vírus da sida (VIH) foi isolado, pela primeira vez, nos laboratórios do Instituto Pasteur, em 1983.
Graças às escolas francesa e alemã, a vacinação tem registado progressos notáveis. O final do século XIX e o início do século XX foi de verdadeiro florescimento, tanto no que diz respeito à descoberta de inúmeros bacilos como Robert Koch (1843-1910), que descobriu em 1882 o bacilo da tuberculose, ou a descoberta de Nicolaier (em 1885, o bacilo tetânico), foram desenvolvidas vacinas contra doenças infecciosas como a tuberculose, a difteria, o tétano e a febre-amarela. Depois da 2ª Guerra Mundial, desenvolveram-se vacinas contra a poliomielite, o sarampo, a papeira e a rubéola.
As vacinas em Portugal
Após a descoberta da vacina da varíola por Edward Jenner, em 1798, o médico português Manuel Joaquim Henriques de Paiva (1752-1829) publicou, em 1801, a obra “Preservativo das Bexigas e dos Terriveis estragos ou Historia da Origem e Descobrimento da Vaccina, dos seus Effeitos ou Symptomas, e do Methodo de Fazer a Vaccinação & c.”
Em 1803, foi publicada uma tradução da obra de Edward Jenner que tinha sido publicada em 1798, com o título “Indagação sobre as causas, e effeitos das bexigas de vaccamolestia descoberta em alguns condados occidentaes de Inglaterra, particularmente na comarca de Gloucester, e conhecida pelo nome de vaccina”.
De forma a divulgar a vacina de Jenner e aplicar a vacinação contra a varíola, foi fundada em Portugal, em 1812, a Instituição Vacínica na Academia Real das Ciências de Lisboa, através do grande incentivo de Bernardino António Gomes (1768-1823). Passados cinco anos desta data, verificou-se que em Portugal já tinham sido vacinadas cerca de 20.000 pessoas, notando-se um declínio nas vacinações a partir das duas primeiras décadas do século XIX.
No entanto, era comum na grande maioria das classes sociais portuguesas, o reconhecimento por todos acerca da importância da vacinação, que preservava a população contra a doença, diminuía a taxa de mortalidade, aumentava a esperança média de vida e admitiam que o processo deveria ser universal e gratuito.
Assim como à escala planetária, também em Portugal as descobertas de Pasteur foram aceites de forma exemplar. Em 1882, foi fundado no nosso país um Gabinete de Microbiologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra com o objetivo de realizar análises de interesse privado e público e como pólo de difusão e da prática da ciência de Pasteur.
No ano seguinte, foi fundado o Instituto Bacteriológico de Lisboa que, em 1895, após se ter desligado do Hospital de S. José, adotou o nome de Real Instituto Bacteriológico de Lisboa. Em 1899, adquiriu instalações próprias e adoptou o nome de Real Instituto Bacteriológico de Câmara Pestana, em homenagem ao seu grande impulsionador (Luís da Câmara Pestana, 1863-1899), que tinha falecido nesse ano por altura da epidemia de peste do Porto.
Este Instituto tinha como propósito a preparação de soros antitóxicos para tratamento da difteria e do tétano, a vacinação anti-rábica, assuntos e pesquisas de interesse geral de microbiologia e a preparação de vacinas, de modo que se reduzissem os encargos com a sua importação.
Apesar da legislação portuguesa ter referenciado a obrigatoriedade de algumas vacinas, como em 1894, a vacina antivariólica e em 1962, a vacina antitetânica e antidiftérica, administrada na entrada da escola primária e no ensino secundário, só em novembro de 1965 é que Portugal iniciou um Programa Nacional de Vacinação (PNV), que consistia em proporcionar a toda a população do território um conjunto de vacinas de modo adequado, organizado e de acordo com vários critérios previamente estabelecidos. Este procedimento foi iniciado com a vacina contra a poliomielite, tendo ficado demonstrado o interesse que a população portuguesa tinha pela vacinação.
Nesse ano foi implementado o Boletim Individual de Saúde, onde eram registadas as vacinas e as respetivas datas. A vacina contra a tuberculose foi incluída no programa de vacinação.
Nas décadas seguintes foram integradas no PNV várias vacinas como:
- 1973/1974 - Vacina anti-sarampo (VAS);
- 1987 - As vacinas contra a parotidite e a rubéola administradas juntamente com a do sarampo;
- 1999 - Hepatite B e do Haemophilusinfluenzae tipo b;
- 2006 – Vacina contra o meningococo C;
- 2008 – Vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV);
- 2015 – A vacina conjugada de 13 valências contra infeções por Streptococcuspneumoniae (Pn13).
Em 1977, a vacina contra a varíola deixou de ser obrigatória devido à erradicação da doença. Acredita-se que a próxima doença a ser erradicada seja a poliomielite.
Segundo dados da OMS são poupadas entre 2 a 3 milhões de mortes anuais devido à vacinação contra a difteria, tétano, tosse convulsa e sarampo.
Na fase atual em que estamos a viver, em que o mundo efetua uma autêntica “maratona” para termos acesso a uma vacina contra a Covid-19, que já vitimou cerca de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, é importante relembrar a importância da descoberta da primeira vacina contra a varíola que, entre 1896 até finais de 1970 matou mais de 300 milhões de pessoas, e foi a responsável pela sua erradicação. A sua descoberta foi um marco histórico para a saúde da humanidade.
Apesar de, atualmente, existirem mais de 50 vacinas para doenças distintas e de no último meio século terem sido efetuadas várias campanhas de sensibilização à vacinação, tanto os profissionais de saúde como as autoridades sanitárias têm a consciência de que ainda há muito a fazer, porque há a necessidade de criar novas vacinas para as doenças que têm surgido recentemente, bem como para algumas doenças antigas que ainda não existe a sua prevenção.
As doenças infecciosas são doenças por norma transmissíveis, que são provocadas por um agente externo como um vírus, uma bactéria ou um parasita. Por outro lado, as vacinas são medicamentos que previnem as doenças infecciosas. Este medicamento é constituído por uma substância quimicamente semelhante ou derivada de um agente infeccioso causador de uma doença específica. Isto é, as vacinas são responsáveis por preparar o organismo para lutar contra doenças infecciosas, estimulando o sistema imunitário depois de reconhecer o agente invasor, produzindo anticorpos e proporcionando a eliminação do agente patogénico. A vacina vai gerar imunidade, ou seja, a proteção no organismo contra as doenças infecciosas. A vacina é segura, eficiente e uma importante aliada no controle, combate e eliminação de doenças, previne tratamentos dolorosos e protege não só quem a recebe, mas também a comunidade como um todo.
Todos sabemos que a imunidade de grupo é essencial e que o ser humano não é a única espécie a utilizar o método de imunização coletiva, as formigas também apostam na chamada “imunização social”. Se uma formiga é infetada com um fungo, as outras “lambem” o inseto infetado para espalhar a infeção por toda a colónia, tornando-as a todas imunes ao fungo em questão.
Referências consultadas:
- CICLO DE EXPOSIÇÕES. Temas de Saúde, Farmácia e Sociedade. Acedido em 14/11/2020
- História. Acedido em 14/11/2020
https://webpages.ciencias.ulisboa.pt/~mcgomes/vacinacao/historia/index.html
- As vacinas que mudaram a História. Acedido em 14/11/2020
https://visao.sapo.pt/atualidade/sociedade/2020-08-29-as-vacinas-que-mudaram-a-historia/
Lurdes Barata
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