Se Charles Estienne, médico, escritor e impressor francês, oriundo de uma prestigiada família de humanistas, não pode rivalizar em fama com o seu contemporâneo Andrea Vesálio, a verdade é que, não fora ele forçado a interromper a publicação da obra em destaque e talvez hoje partilhassem o mérito que a tradição atribui apenas a Vesálio, o de ter destronado Galeno como paradigma do pensamento anatómico em voga, e ter estabelecido as bases da moderna anatomia.

Tal como acontece com o De Humani Corporis Fabrica, também a obra de Estienne é profusamente ilustrada com desenhos da anatomia do corpo humano e dissecações, enquanto o fundo é geralmente composto por paisagens de temática clássica.