“Investigar é ver o mundo de maneira diferente, é quase divino!”
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grupo de pessoas em auditório

Em véspera de fim de semana, foi dia de dar as boas vindas aos alunos de PhD do CAML (Centro Académico de Medicina de Lisboa), que vieram de vários cantos do mundo, o que obrigou a que a apresentação fosse dada na língua mais universal que se conhece: o inglês.

O diretor da FMUL, Professor João Eurico da Fonseca, foi o primeiro a falar enquanto responsável máximo da Faculdade de Medicina, instituição a que estes alunos estão ligados.  Destacou o papel único que o CAML oferece para estudar, por ser composto por uma faculdade, um centro de investigação e um hospital que é o maior em Portugal, “condições únicas no país, se não no mundo”, afirmou.

Apesar de poderem beneficiar do Campus que é composto pelo Hospital de Santa Maria, pela FMUL e ainda pelo iMM, é à Faculdade que pertencem.

professor a fazer uma palestra

Joaquim Ferreira, diretor do Instituto de Formação Avançada (IFA) falou com os alunos enquanto médico, mas sobretudo enquanto investigador. Perguntas como “porquê gastar tempo a fazer investigação?”, um dos slogans desta talk, ou “o que é ser investigador” foram discutidas com a intervenção direta dos alunos sentados na plateia, mas a resposta veio de uma frase que trouxe e que fez parte da sua apresentação, “I used to think that clouds were just clouds. I never dreamed you could write equations to explain them, and I love it.” Resposta da climatologista, Inez Fung´s, do MIT que dá mais ou menos a dimensão deste trabalho que parece não ter limites, ou que ajuda a traçar limites, mas pelo cunho de quem o investiga. “Investigar é ver o mundo de maneira diferente. É quase divino” arriscou o professor, arrancando alguns risos da plateia.

plateia PhD

Para ser investigador é preciso ser curioso, procurar dar resposta a questões fundamentais da vida e ter a consciência que o trabalho desenvolvido, tem consequências diretas na vida das pessoas. Trabalhar com rigor e honestidade, em parceria e pertencer a uma comunidade, ajuda a criar, a desenvolver ideias e a chegar mais facilmente a respostas. A Professora Helena Cortez-Pinto ressalvou exatamente este aspeto, “o de não querer ter protagonismo sozinho” e a necessidade “de se trabalhar em grupo porque é mais fácil apontar uma direção. Se querem mudar alguma coisa tem de ser juntos” e destacou “a responsabilidade em cada um de mudar”, tornando essa mudança possível para benefício de todos.

Foi ainda apresentada a parte mais formal e estrutural do curso, bem como a equipa e os recursos que estão disponíveis para apoiarem os alunos ao longo dos próximos anos.