Encontro de Tutores e alunos do 1.º ano do MIM
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plateia da Aula Magna da FMUL

Ao todo são quatro as sessões que reúnem tutores e alunos-tutorando, numa iniciativa que, não sendo inédita, ganhou novos contornos e que tem como principal objetivo receber os novos alunos do MIM. Por ser um grande embate, este primeiro ano carece de atenção particular e nada melhor que alguém com as mesmas ambições e mais experiência, para os orientar.

diretor da FMUl a falara na Aula magna

Presidente do Conselho Pedagógico da FMUL a falar na Aula Magna

 

A pensar no bem-estar e na saúde mental dos novos alunos que chegam à FMUL, Presidente do Conselho Pedagógico, a Professora Maria Diógenes lançou o desafio aos Professores  de se disponibilizarem para terem a seu cargo, durante um ano, quatro ou cinco alunos e que os pudessem levar naquelas que são as suas práticas clínicas: “uma consulta ou uma cirurgia”, por exemplo. Esta necessidade nasceu porque, “quando entram no curso todos querem ser médicos e ter contacto com essa realidade o mais depressa possível, mas nos primeiros anos é muita teoria, uma carga excessiva de matéria que muitas vezes não compreendem e nada de contacto com a medicina propriamente dita”, explica a professora Maria José Diógenes durante a entrevista. Ora esta realidade pode causar alguma frustração.  A razão da existência desta figura do tutor pretende exatamente colmatar essa dificuldade e “tornar menos pesado este ano, que é ainda uma forma de adaptação à avaliação e ao método de ensino”.

 

 

medico a falar para plateia

A realidade não prova que perante esta dificuldade haja desistências ao curso, “até porque os nossos alunos são focados e muito resilientes”, mas há “sobretudo da nossa parte a preocupação de aligeirar a carga emocional para que andem motivados e possam aproveitar de forma positiva estes anos, mesmo sendo difíceis”.

A contribuição de todos os que aderiram e tornaram possível esta iniciativa não pode ser esquecida. “Quando lançámos o convite, tivemos muitos professores a aderirem e só assim foi possível dar este passo”, afirma. Na verdade, este projeto é ambicioso não só pela quantidade de pessoas que envolve, mas sobretudo pelas agendas, que já estando muitíssimo cheias, destes professores e médicos quiseram estar presentes. “São 89 professores para 360 alunos.” Mas como funciona? Através de uma aplicação, a xerpa, criada pelo Dr. João Gancho, antigo aluno da FMUL. Com esta App faz-se o registo dos envolvidos e de todas as atividades que vão sendo feitas ao longo deste ano.

 

Cada tutor tem entre quatro ou cinco alunos e assume o compromisso de os guiar, ajudar e sobretudo contextualizar. “Muitas vezes precisam de perceber os “porquês” das coisas e ter alguém que já passou pelo mesmo e que os ajuda perceber toda a envolvência faz toda a diferença.”

As sessões, que ainda estão a decorrer, contam com a presença do diretor da FMUL, João Eurico da Fonseca, da Professora Maria José Diógenes, em representação do Conselho Pedagógico, de João Gancho, que faz uma breve apresentação da aplicação e finalmente de um discente para que possam sentir-se representados.

grupo a conversar

 

grupo a conversar

grupo a conversar

 

Nas várias sessões estão alguns tutores e os alunos que lhes são atribuídos e é aqui que se dá a apresentação. O s tutores sobem ao palco e fazem a chamada do grupo que lhe coube. “De seguida seguem para um encontro informal onde aproveitam para conversar e trocar contactos.” O objetivo é que tenham pelo menos três reuniões presenciais ao longo do ano, “mas podem e devem ser mais”.

 

 

aula magna com pupblico

 

grupo a conversar

 

A vontade de promover estes encontros clínicos pode partir quer dos alunos quer dos professores. “Nós damos um presente, como o utilizam e quando, é uma gestão que deixamos para eles.”

Os registos de todas as ações que vão sendo colocadas na App e no final vai ser feita uma avaliação. “Certamente existirão aspetos a melhorar, mas é preciso dar o primeiro passo, “e esse já foi dado.

Já decorreram três sessões, a última no dia 28 na Aula Magna da faculdade, e a próxima, que vai ser a última, será a 11 de março.