A criação de uma “vacina mista” aos olhos de Miguel Castanho
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No decorrer desta semana, o jornal Sol noticiou a colaboração entre a farmacêutica AstraZeneca e especialistas russos para a produção conjunta de uma vacina contra a covid-19. Esta colaboração prende-se com a realização de ensaios clínicos de forma a combinar a vacina inglesa com a Sputnik V.

O Professor Miguel Castanho refere-se a esta, como “uma ótima notícia”. “Dois rivais e competidores entenderam-se para criar um produto melhor e com vantagem para todos”, menciona.

Na opinião de Miguel Castanho esta “vacina mista” poderá ser viável, uma vez que ambas têm “o mesmo modo de ação: um vírus inofensivo que distribui um gene de proteína do SaRS-CoV-2 aos genes nas células para produzirem a proteína e, portanto, despoletarem a resposta imunitária”.

Ambas as vacinas, da farmacêutica inglesa e da Rússia, são das que mais dúvidas e reservas levantam junto da comunidade científica. Ao unir esforços para a criação de um projeto conjunto é preciso que haja “transparência nos seus testes e que os resultados sejam sempre publicados e disponibilizados para escrutínio, porque isso é uma condição essencial em qualquer circunstância”, refere Miguel Castanho.

Neste artigo do Sol, há ainda referência à australiana CSL que suspendeu a fase de testagem da sua vacina “após um número indeterminado de participantes da primeira fase de testes ter testado «falsos positivos» para o VIH”. Após estes resultados houve uma alteração na estratégia apresentada pelo governo australiano que, segundo o Prof. Miguel Castanho, é de elogiar. “Perante o adiamento inevitável que representaria otimizar a vacina, perante o número de vacinas que já se espera ser aprovado, desistiram de desenvolver a sua própria vacina”.

Leia este artigo do jornal Sol aqui.