
Hoje, quinta e sexta feira está a decorrer na FMUL no Grande Auditório João Lobo Antunes, no edifício Egas Moniz, o congresso de educação médica Beyond Med.
São três dias de discussão sobre temas pertinentes da medicina e dos médicos, com oradores da casa e não só. O Bastonário da OM, Miguel Guimarães foi um dos participantes ainda que via online, que se pronunciou sobre o ensino privado da medicina e sobre a necessidade de haver numerus clausus no número de vagas para o acesso ao ensino superior. Uma mesa redonda que contou ainda com a introdução do Prof. Doutor Luís Ferreira e com a participação do Prof. Doutor Henrique Cyrne Carvalho, do Prof doutor Carlos Lopes e ainda do Dr. José Rodriques enquanto moderador. O tema “Há Lugar para Mim? Acesso ao Ensino Superior e Numerus Clausus foi o tema que inaugurou estes três dias de discussão.
“A Heteronímia Médica: Valências que Constroem um Bom Médico”, foi mais um tema abordado no primeiro dia, que contou com o Prof. Doutor Nuno Cortez-Dias, a Mestre Isabel Galriça Neto via, online, e a Engª Isabel Vaz. Este debate teve como moderador o Prof. Doutor João Eurico da Fonseca. As competências técnicas como o conhecimento, a cultura e a capacidade e de comunicação foram abordadas e discutiu-se a sua importância na relação entre médico doente, médico com os seus pares e médico com a comunidade em geral.
E por falar em comunicação Almeida Nunes foi o convidado da Mesa Redonda subordinada ao tema “Médico como Comunicador e Agente de Mudança” que contou com a participação da Profª Doutora Isabel de Santiago. Conhecido por falar na comunicação social sobre temas de saúde, explicou o papel da comunicação na passagem da mensagem, no seu contributo para a literacia geral da população e sobretudo no fomento da relação médico/paciente que deve ser pautada por uma comunicação clara, respeitadora e próxima. Na opinião deste médico, que se formou na FMUL, a informação, a educação e a criação de boas políticas de saúde são os pilares da saúde pública.
“Adeus Faculdade, Adeus Terna idade: Entrada no Mercado de Trabalho e Internato” foi a discussão que contou com a presença do Dr. Carlos Mendonça e do Dr. Miguel Bigotte Vieira. A questão da importância da escolha da especialidade, com que parâmetros deve ser feita e a satisfação ou da falta desta por parte dos internos das diferentes especialidades, em relação à forma como corre o internato, foram temas amplamente discutidos pelos oradores. Na generalidade a avaliação dos internos, que participaram num inquérito que tinha por base avaliar a satisfação geral, é boa, mas concluiu-se também que à medida que o tempo de internato passa, a satisfação tende a diminuir.
Os hospitais privados que já recebem internos, poderão vir a competir neste campo com os hospitais públicos? O que podem o privado oferecer que o público não oferece? Neste momento os números de vagas para formar internos nos hospitais privados é ainda pouco relevante, mas o privado tem se competitivo, foi outra das mensagens que se ouviram durante o primeiro dia desta 9ª edição.

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