No passado dia 18, foi transmitido em direto da sede da Ordem dos Médicos, uma discussão sobre esta nova epidemia que assola o mundo, sob a moderação da diretora da FDC Consulting, Marina Caldas.
Estiveram presentes Francisco Antunes, Professor Jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Filipe Froes, médico pneumologista e António Diniz, infeciologista e coordenador da unidade de imunodeficiência do CHULN.
Todos estavam de acordo que o melhor ataque a esta pandemia é a prevenção – evitar contactos, lavar bem e frequentemente as mãos e respeitar as regras de etiqueta respiratória.
O Professor Francisco Antunes relembra que esta é a 3ª epidemia causada por um vírus deste género. São vírus que a partir da transmissão ao Homem se adaptam, iniciando a partir daí um processo de mutação. Os infeciologistas já esperavam que acontecesse, mas nunca com esta dimensão.
Segundo o Professor, existem 7 tipos de coronavírus que infetam o Homem, dos quais 4 já circulam entre nós há centenas de anos.
Segundo António Diniz, não há ainda tratamento específico e que apesar de haver notícia de uma eventual vacina, entre a fase de início e fim dos testes, produção em série e posterior distribuição ainda há um lapso temporal grande.
Segundo Filipe Froes “é preciso às vezes aparecer um ser vivo mais pequeno para demonstrar a nossa fragilidade.” “Às vezes estamos preparados para guerras nucleares…”. Defende que depois disto passar deveremos estar melhor preparados para as próximas, em termos de coordenação de atuação. A intranquilidade que advém da descoordenação entre países leva ao alarmismo social. Refere ainda que a União Europeia não pode estar dependente da produção de medicamentos (e equipamentos de proteção individual) feitos fora do espaço europeu.
A esta videoconferência juntaram-se ainda as opiniões dos bastonários das ordens dos Médicos e Farmacêuticos, Miguel Guimarães e Ana Paula Martins, respetivamente.
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