
A própria assume que a descoberta não é pioneira, “copiou-se o diagnóstico da Organização Mundial de Saúde e utilizaram-se reagentes portugueses de modo a não ter escassez de testes”. Maria Mota é Investigadora Principal e Diretora do iMM, e Professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. A tecnologia usada para estes testes é a mesma que Maria Mota já estava a utilizar para o parasita da Malária. Ao seu lado estão mais 60 investigadores voluntários a fazer todos os testes necessários.
Maria Mota explica como surgiu a ideia e todos os passos que foram dados, perante a inevitabilidade do esgotamento dos testes de diagnóstico vindos do estrangeiro. “Começámos a pensar: como cientistas, como é que podemos ajudar? Podemos usar kits e reagentes que temos em Portugal e que achamos que não vão esgotar-se com facilidade”, adiantou. E assim foi, em pouco mais de uma semana tudo aconteceu.
O kit de diagnóstico foi já acreditado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Depois de se ter feito a leitura do material genético do vírus, o kit deverá estar pronto para ser utilizado, prevendo-se a realização de cerca de 400 testes por dia, sendo os primeiros para a Cruz Vermelha Portuguesa
O próximo passo? Maria Mota diz, “agora é testar, testar, testar e implementar pelo país fora”.
A reportagem é da RTP e pode vê-la aqui:
