Num artigo da Jornalista Cláudia Pinto, no Diário de Notícias, que explora o mistério da morte, o Prof. Miguel Castanho foi convidado, entre outros profissionais clínicos, a comentar este fenómeno, dando uma explicação científica sobre o processo de vida das células no Ser Humano.
“ (…) todos os seres vivos são formados por células e que as mesmas são compostas por moléculas, como proteínas, glícidos ou lípidos. "Esta fronteira é fascinante: como pode um conjunto de matéria inerte (as moléculas) juntar-se e formar algo vivo? É como se peças de Lego conseguissem formar algo vivo ao associarem-se entre si", esclarece. Comparando cada célula dos seres vivos a uma casa, se tudo for deixado ao acaso, a mesma ficaria naturalmente desarrumada. Manter a casa em funcionamento sustentado exige autorregulação através do gasto de energia em tarefas específicas de arrumação e de limpeza da casa, diz o professor. "Enquanto estiver viva, a célula fará o mesmo: consumirá energia (sob a forma de nutrientes) para contrariar a tendência natural de aumento da desordem, evitando assim entrar num estado de desregulação em que perca a sua sustentabilidade. Neste sentido, a vida é uma luta com grande dispêndio de energia contra a desordem. Quando a luta para, a desordem impõe-se, as moléculas reagem livremente entre si e chega-se a um estado imutável de completa estabilidade. É este o ponto em que as células estão mortas", conclui.”
Ainda que a esperança média de vida supere, nos dias de hoje, os 75 anos de idade, motivado pelas melhorias do estilo de vida e avanços tecnológicos que abrem portas a novas descobertas científicas e tratamentos farmacológicos inovadores, evitar a morte continua a ser uma incógnita para os Profissionais de Saúde e Investigadores.
Leia aqui o artigo na íntegra.
Isabel Varela
Equipa Editorial
Diário de Notícias