Reportagem / Perfil
Miguel Castanho, o Professor
Há 12 anos a dar aulas de Bioquímica na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Miguel Castanho é Professor Catedrático e membro do Conselho de Escola. Sobejamente conhecido na comunidade académica e científica, lidera uma equipa de Investigação no iMM – MCastanho Lab. e é um dos cientistas portugueses a receber maiores financiamentos, o último dos quais para um projeto onde assume a coordenação de uma equipa europeia.
Já foi distinguido com diversos prémios, mas há uns que lhe têm sabor especial: os Golden Harrys de Melhor Professor do Ano, atribuído pelos alunos da nossa Faculdade.
Foi sobre ensino que o convidámos para falar. Dos vários estudantes com quem conversámos este mês e que temos conhecido ao longo do tempo, quase todos o destacam como figura marcante a dar aulas. E quando se marca transversalmente os alunos, que, por norma, são críticos e, muitas vezes, chegam a ser mordazes, então é sinal que a técnica de ensinar é uma arte que merece atenção.
«Disponível» é talvez o maior elogio que o caracteriza quando os alunos o referem, não esgota o tempo se lhe pedem mais explicações e observa-os sempre com o intuito de os entender.
Encontrámo-nos no seu gabinete, no Instituto de Bioquímica, no Edifício Egas Moniz. É daqueles exemplos de pessoa que tem orgulho da casa que representa, a FMUL, sentido de responsabilidade talvez ainda mais justificado para quem já foi seu Subdiretor.
Comenta comigo a importância do 1º ano do curso e de como é essencial conquistar os alunos para a FMUL. «Será sempre um ano marcante, um ponto de viragem, na vida dos alunos», explica, enfatizando que uma faculdade coesa tem de gerar empatia com os seus alunos. Sente que os professores do 1º ano têm uma responsabilidade acrescida no processo pedagógico.
Sendo Professor do 1º ano tem a oportunidade de acompanhar o longo percurso dos alunos de “fio a pavio”. Por vezes volta a reencontrá-los no seu laboratório de investigação quando o procuram para fazer estágios de iniciação científica e outros através do GAPIC, onde oferece pontualmente oportunidades de estágio, mas que não são possíveis todos os anos. Dá o exemplo de um dos seus primeiros alunos, que se tornou docente a tempo parcial de Bioquímica e agora está a fazer o Doutoramento em colaboração com o seu grupo.
Entre algum entusiasmo contido e sorrisos cúmplices, há umas quantas alunas do 1º ano a quem é indisfarçável que o coração palpita quando falam dos seus Professores prediletos. A curiosidade entre os alunos sobre o que trata a investigação científica do Professor Miguel Castanho é muita. Peço-lhes as três questões que gostariam de fazer ao seu Professor e este foi o mote para a segunda parte da nossa conversa/entrevista.
Neste momento, focado em perceber “os vírus que infetam o cérebro e outras partes do sistema nervoso central”, quer “encontrar e selecionar moléculas transportadoras de fármacos que sejam capazes de atravessar as barreiras hemato-placentária e hemato-encefálica, uma vez que vírus como Zika, Dengue, Chikungunya, entre outros, têm a capacidade de transpor algumas destas barreiras do corpo humano, mas os fármacos existentes não”.
Diz-me que todos temos de viver de algum fascínio; o dele está na Bioquímica e na investigação. Percebe-se a facilidade que tem para comunicar Ciência ao explicar este fascínio: “a Bioquímica tenta entender como é possível que a junção de peças inanimadas, como as moléculas, leva a um conjunto que ganha vida, como é o caso das células. É como se juntássemos peças de um lego para formar uma figura que se torna viva." É a fronteira entre o mundo vivo e não vivo que o faz correr.
Fala com igual curiosidade da outra grande fronteira da Ciência, a fronteira da natureza humana: “O que nos torna humanos?” Talvez trabalhasse nessa outra fronteira se não fosse bioquímico. Talvez procurasse a resposta criando ao redor da arte literária; confessa que gostaria de escrever guiões para cinema ou poesia. “A poesia torna-nos humanos; é a matemática da literatura.”
Enquanto aluno optou por não seguir o curso de Medicina porque, segundo afirma, a Medicina dos anos 80 lhe parecia “cinzenta”, sem vislumbre da luz e da cor da investigação científica, ao contrário de hoje, que perceciona como um campo aberto, dinâmico, de muitas oportunidades e desafios. Optou pelo curso de Bioquímica na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, doutorou-se no Instituto Superior Técnico e abraçou o desafio de modernizar o ensino de Bioquímica na FMUL em 2007. Usou uma apetência que já lhe era natural para ensinar, de uma forma pouco convencional. As aulas fluem ao ritmo de uma conversação, sem pacotes de informação pré-formatada. Mas engane-se quem pensa que ensinar é meramente um ato natural e que não merece ser trabalhado.
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Este seu papel de Professor é trabalhado e pensado, ou acontece por acaso?
Miguel Castanho: Seguramente que é trabalhado, sim. Faz parte do profissionalismo do Professor e de se entregar à sua profissão, planear e fazer um esforço de comunicação com os alunos, o que exige auscultar, estar atento e adaptar-se. Não pode tudo ser deixado ao acaso.
É importante perceber que, em qualquer curso, o 1º ano é muito marcante; existe um erro muito comum entre docentes que é sobrevalorizar os últimos anos de formação. A formação é frequentemente vista como se fosse um processo de criação artística, onde os primeiros anos são trabalhados como barro que se molda e os últimos são criação artística final. Não é assim, porque os alunos não são barro, não são matéria inerte. Quando os alunos entram num curso vêm para um mundo novo; é como um renascimento. Ou o contacto com o novo mundo, a nova “segunda casa”, é empática e eles sentem alguma ressonância ou sentem-se desenquadrados e é mau para todos. Cabe a quem gere as faculdades saber que o 1º ano é talvez o mais crítico da vida académica e é preciso entender os alunos. É preciso fazermos o exercício de transposição, ou seja, precisamos de saber encarnar a posição do aluno e isso requer muita proatividade e empenho, além de que exige que não nos tenhamos esquecido de quando já fomos alunos.
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Facto é que já o foram também...
Miguel Castanho: Já fomos, sim, e se não envelhecermos muito por dentro ainda nos lembramos do que foi. Isto é importante porque temos que perceber a melhor forma de comunicar para que a mensagem seja entendida. O processo de comunicação não se esgota numa mensagem que é emitida; ele consuma-se quando alguém perceciona a mensagem de igual forma. Na sala de aula estamos num processo muito imediato de comunicação…
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E que tem um feedback muito direto e rápido, o que torna tudo muito exigente.
Miguel Castanho: É imediato. É preciso garantir que naquele local, naquele contexto, o que é dito, é percebido e entendido da mesma forma, o que exige da parte do Professor empenho e o rigor; só assim se consuma ensino e aprendizagem.
O grande desafio atualmente é a evolução muito rápida das formas de comunicação; a forma como os alunos entendem as mensagens, evolui também a ritmo veloz. Quando eu cheguei à Faculdade de Medicina em 2007, por exemplo, os alunos tinham uma abertura a forma de comunicação que já não são as de hoje e esta progressão passa muito pela evolução tecnológica e com a consequente exposição sucessiva de várias gerações, a formas diferentes de comunicar.
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Isso também obriga a que o Professor tenha sempre de se reposicionar?
Miguel Castanho: Sempre. Por isso é que não nos podemos resignar à ideia de que somos Professores por vocação e que não precisamos de nos atualizar e reinventar enquanto tal. Basta pensar no que vai acontecendo às gerações que se vão sucedendo; primeiro foi a geração do computador desktop, depois a do laptop, depois do telefone, a seguir veio o tablet e agora o smartphone. De uma ponta à outra, a comunicação mudou radicalmente em poucos anos. E se a Ciência não muda de forma extremamente rápida nos seus conteúdos fundamentais, a forma com que esses conteúdos têm que ser transmitidos, muda com uma rapidez alucinante. Cabe ao Professor atualizar-se e é este esforço que tento fazer. Dou comigo a pensar muitas vezes que posso mudar a forma como ensino e a querer ensaiar formas novas de o fazer. Penso nas aulas como penso na minha investigação científica, em paralelo. Tudo se transforma em permanência, tudo requer adaptação e atualizações.
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Como é que sente que a sua mensagem chegou aos alunos, no trato normal do dia-a-dia?
Miguel Castanho: Estou atento às suas reações, às suas dúvidas e faço-lhes perguntas.
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Interpela-os nas aulas?
Miguel Castanho: Sim, mas não individualmente, só coletivamente. Interpelo enquanto conjunto e observo a reação coletiva.
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Disse uma coisa curiosa, "interpelo coletivamente". Fez questão de me deixar claro que não o faz individualmente, com um propósito. Quer explicar-me porquê?
Miguel Castanho: (Ri) Interpelar individualmente parece uma coisa quase policial. Parece uma avaliação, parece que estou a aferir o desempenho individualmente e não é o caso. Eu não pretendo uma intervenção dos alunos por obrigação, entendo que só a intervenção espontânea e natural me diz realmente o que está a acontecer; a intervenção obrigada não me diz nada. Quando obrigadas, as pessoas respondem, podem até simular a disposição com que o fazem, mas sendo resposta voluntária é mais sincera. É claro que quando faço uma interpelação coletiva são sempre os mesmos 20% de alunos que me respondem. Mas a partir daí o coletivo faz com que haja uma dinâmica muito interessante nas discussões subsequentes. É essa pequena massa crítica que desencadeia a primeira chama. Em turmas onde esta massa crítica interventora não existe, é mais difícil despoletar participações generalizadas. E aí cabe ao Professor puxar pela turma.
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Já saiu chateado das aulas, precisamente por esse silêncio ou distração coletiva?
Miguel Castanho: Chateado acho que não. Frustrado já aconteceu, quando sinto que não consegui passar a mensagem que queria. Nesses casos volto ao assunto e digo o que já tinha dito antes, mas de outra forma, como se fosse, de novo, a primeira vez.
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Os alunos conseguem tirá-lo da sua zona de conforto através das perguntas que fazem?
Miguel Castanho: Fazerem perguntas e eu não ter respostas acontece regularmente. Mas isso não é um embaraço. O Professor não tem que saber tudo. E ser exposto a situações novas é exatamente o que se ambiciona; aliás, Professores que façam investigação estão mais do que habituados à exposição, à dúvida e ao contraditório. Quando isso acontece, assumo que não sei e vou pesquisar sobre o assunto. Mas isso é relativamente frequente acontecer e não é um drama, mas sim uma oportunidade de explorar um caminho que nos pode levar a uma resposta, ou refletir no que se sabe e nas fronteiras do conhecimento. As perguntas sem resposta óbvia também são oportunidades para elaborarmos um pouco na construção de uma hipótese de resposta. É confortável sair da zona de conforto; é um paradoxo mas é assim.
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Achei muita graça ao sketch que gravou para a Noite da Medicina do ano passado, onde fazia, com o Prof. Bruno Silva-Santos, o júri para selecionar um novo Professor para uma Faculdade e que, na verdade, o perfil que escolhiam era o pior de todos. Este sketch revela a importância de rirmos de nós próprios?
Miguel Castanho: O humor é uma arma poderosíssima. Esse sketch faz uma introspeção e uma sátira corporativa. O que, de facto, se está a dizer é que nós sabemos o que é má prática. Estamos a ironizar o que é mau. Sobressai a consciência do que é a boa e a má prática, pela satirização da má prática. E fazemos rir com alguns tiques da academia portuguesa.
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Da antiga academia portuguesa?
Miguel Castanho: (Hesita em responder de imediato e escolhe as palavras) Sim...mais da antiga… a de uma certa tradição mais encasulada e autocentrada. Neste capítulo, da abertura ao exterior, a FMUL deve muito aos seus alunos. Temos a sorte de atrair um grupo de alunos que é culturalmente muito avançado; muitos sabem música, por exemplo, e a maioria tem um grau de cultura geral muito avançado. São muito preocupados, atentos, sobretudo muito dinâmicos. E, como tal, se pudermos estimular iniciativas como o Sarau Cultural, ou a Noite da Medicina, ou o Hospital dos Pequeninos, é de imensa justiça para os alunos. Porque o que eles fazem é merecedor de toda a nossa atenção e reconhecimento. Lucramos todos se os estimularmos nessas atividades.
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Passo a ler as perguntas que alguns alunos do 1º ano reuniram para lhe fazer.
1- Como é que surgiu este interesse pela Bioquímica? O que é que o motivou no início de tudo?
Miguel Castanho: Desde miúdo que tinha um interesse pela Natureza, pelas Ciências. Não consigo explicar porquê; aconteceu. Comecei por me interessar pelo mundo visível, porque nessa altura ainda não via moléculas à minha volta. Mas depois fui lendo e pesquisando, começando por um grande interesse em Ecologia, que expõe muito as relações entre as espécies e o meio-ambiente e, com o tempo, fui-me tornando cada vez mais interessado pelo mundo microscópico. Tive a sorte de ter no ensino secundário alguns professores muito bons, que me estimularam muito. Na altura de escolher um curso, eu já tinha chegado ao mundo molecular. E estava a surgir em Portugal a Bioquímica como curso superior. Foi perto dos 18 anos que descartei a Medicina e decidi pela Bioquímica, porque queria ser Cientista. A Bioquímica era a confluência da Matemática, Química e Física, várias áreas que me interessavam. Depois de terminar o curso, dediquei-me muito à estrutura das moléculas e à interação entre elas. Depois comecei a interessar-me pela aplicabilidade dessas moléculas num contexto mais médico, o que me fez caminhar da Bioquímica em si para a Bioquímica médica. Foi aí que abriu um concurso para Bioquímica na Faculdade de Medicina. Decidi entregar-me ao desafio, recomeçando uma vida nova, 100% em contexto médico, mas trazendo ferramentas e um modo de fazer investigação que vem de fora da Medicina. Isso permitiu-me atacar determinados problemas que são grandes desafios médicos e científicos, e que requerem abordagens inovadoras e pouco convencionais. Por exemplo, levar uma molécula a transpor a barreira hemato-encefálica, ou seja, levá-las a transpor as paredes das artérias que irrigam o cérebro e a atacar vírus no sistema nervoso central, é um quebra-cabeças complexo. O cérebro está muito protegido; as paredes das artérias que irrigam o cérebro estão muito bem blindadas, não permitindo que a maioria das moléculas as transponham. Conseguimos propor uma solução para o problema, porque pensamos à escala molecular. Foi o nosso pensamento de muito detalhe, sobre a forma de ação das próprias moléculas em diferentes contextos, que nos tem permitido atacar problemas como este.
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2- Alguma vez considerou que dedicar a sua vida inteira a procurar respostas, para perguntas que possivelmente nunca serão totalmente respondidas, é um desperdício do seu tempo?
Miguel Castanho: Não. Não... (Pensa um pouco e suspira) Isso era a mesma coisa do que perguntar a alguém que contribui para uma obra social e onde luta para erradicar a pobreza, “Como jamais a pobreza será erradicada, a sua ação contra a pobreza é um desperdício de tempo?” A resposta só pode ser, “Claro que não!” Pode até ser uma utopia resolver um determinado problema, como a erradicação da pobreza, mas quanto mais chegarmos perto da utopia, mais progredimos e mais o mundo melhora. Portanto, é meritório dedicarmos a nossa vida a "encostar o mundo" a uma determinada utopia. Theodore Roosevelt deu a receita com mestria: "Façam o que puderem, com o que tiverem, onde estiverem". E eu tenho o conforto de achar que contribuo para um mundo melhor e isso satisfaz-me. Mas também tenho o conforto de achar que, aquilo que eu faço, não se perde, é conhecimento que se acumula. E uma característica importante do conhecimento é que ele é irreversível, depois de se conhecer já não se desconhece. Como tal, outros que vierem adicionarão conhecimento ao conhecimento que eu contribui, também, para gerar. Fico com a noção de construção e, de alguma maneira, todos os cientistas estão presos a esta forma de estar. De vez em quando, chega-se à fase em que aparece o último tijolo da parede, talvez nunca se construa o prédio inteiro, mas há umas paredes que se completam. Isto traduz-se em avanços importantíssimos. Um exemplo: a pessoa que revelou a estrutura da insulina, Dorothy Mary Crowfoot Hodgkin, já tinha sido precedida por outros investigadores que já tinham trabalhado para esse processo. Com a descoberta da estrutura da insulina ficou aberto o caminho para que ela fosse usada como medicamento, salvando a vida a milhões de outras pessoas com problemas de deficiência em insulina. O mérito é de Dorothy Hodgkin mas também de todos os que a precederam. Foi uma construção.
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3- Se pudesse pensar numa área alternativa à Bioquímica, qual escolheria?
Miguel Castanho: Uma coisa é o tema em que nos focamos para investigar e que tem de ser um tema muito restrito para ser trabalhável. Dentro deste tema temos objetivos, ou seja, o que queremos alcançar. Uma das minhas linhas de trabalho é levar uma molécula antiviral a atravessar a barreira hemato-encefálica e inibir vírus no sistema nervoso central, para minorar os efeitos neurológicos. Estes são os meus objetivos muito específicos. Mas se me perguntar a razão do meu fascínio pela Bioquímica, então estamos a falar de outra escala e de outra motivação. O fascínio advém do facto das células serem compostas por moléculas, que não são vivas, são objetos. Então, como é que um conjunto de peças não vivas, depois de juntas, ganham vida? A Bioquímica está nesta interface e daí o fascínio: em que ponto é que a organização da matéria se torna tão complexa que o sistema se autorregula e forma aquilo que chamamos vida? A outra grande fronteira, ou interface, que é semelhante a esta, está no outro extremo da escala. É sobre o que torna um determinado indivíduo um ser humano. É a tentativa de resposta à pergunta, "o que é que nos torna diferente de todos os animais e que nos faz ser humanos?". Muitas pessoas estão dedicadas a esta pergunta ainda sem resposta. Já houve quem dissesse que era o polegar oponível, já se referiu a noção de ética, ou de estética, ou a criação artística; depois pensou-se, ingenuamente, que eram os genes. Mas todas as explicações vão sendo invalidadas; por exemplo mas depois todas as barreiras vão sendo superadas e temos de facto genes próprios, mas que são muito poucos e não é aí que está a resposta. Todas as hipóteses têm caído, de alguma maneira. O que eu gostaria de fazer, se não trabalhasse na "minha" fronteira, era focar-me nesta outra. Ligar-me-ia a alguma forma de arte que nos torna humanos... Talvez à Literatura, em concreto à poesia que é uma singularidade dos humanos, um sinal de humanismo.
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Miguel Castanho tem muitas ideias sobre várias áreas da vida. Quando lhe peço uma opinião sobre alguns métodos de trabalho responde de imediato, já pensou nos assuntos e amadureceu-os. Ser Professor é um desses assuntos a que se dedica várias vezes e no qual pensa muito a sério, sem nunca deixar para segundo plano. Sente e defende que é na transmissão aos outros que se evolui individualmente e sempre mais.
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Nota de agradecimento: À Carolina Pureza, muito obrigada por aceitar todos os desafios que lhe propomos e ajudar-nos a chegar a um grande grupo de alunos. Sem ela seria, pelo menos, mais difícil.
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Joana Sousa
Equipa Editorial
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