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Apresentação Pública do Movimento Cívico Salvar Mais Vidas

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No passado dia 2 de abril, pelas 16h00, no Anfiteatro David Ferreira (A52), do Edifício Egas Moniz da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa decorreu a apresentação pública do Movimento Cívico Salvar Mais Vidas.
O Prof. Fausto Pinto deu as boas vindas a todos os presentes, manifestou em nome pessoal e em representação da FMUL o apoio a este movimento. Nas palavras do professor “todos nós, quando questionados, preferimos morrer subitamente, sem sofrimento” sendo que a grande questão que se coloca é a prematuridade desta morte. “Um dos grandes objetivos da medicina é, precisamente, a prevenção desta morte súbita inapropriada ou prematura”, refere.
Após a morte súbita de José Boavida, ator que morreu de paragem cardiorrespiratória, o seu irmão Gabriel Boavida, ao tentar reconstituir o trágico momento deparou-se com uma série de realidades tais como:
- Em Portugal a taxa de sobrevivência numa situação de morte súbita cardíaca está abaixo dos 3%.
- Por hora morre 1 pessoa devido paragem cardiorrespiratória, afetando 10.000 pessoas por ano;
- Há 2 desfibrilhadores para cada 10.000 habitantes.
O Movimento Salvar Mais Vidas é composto por um grupo de cidadãos que tem como objetivo alertar para a necessidade de um país mais preparado para responder a emergências médicas, designadamente situações de paragem cardiorrespiratória; que luta para que um terço da população tenha formação ao nível de suporte básico de vida (utilização do Desfibrilhador Automático Externo, DAE) e que, até 2030, se verifique um aumento da taxa de sobrevivência da morte súbita cardíaca.
“Esta realidade já está a mudar” é assim que o Heitor Lourenço, também ator e apoiante deste projeto, inicia a apresentação deste Movimento e o grande mentor desta mudança é Gabriel Boavida e a sua equipa. Esta sessão iniciou com um minuto de silêncio em homenagem a todos os portugueses vítimas de paragem cardiorrespiratória.
Na mesa estiveram reunidas várias individualidades. Gabriel Boavida, o Coordenador deste projeto, o Dr. Francisco George, Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa; o Professor Fausto Pinto, Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Cardiologista e membro do Conselho Consultivo do Movimento Salvar Mais Vidas desde 21 de fevereiro; Dr. Basílio Horta, Presidente da Câmara Municipal de Sintra; Dr. Luís Baquero, Cirurgião Cardiotorácico e coordenador do Departamento de Circulação e Cirurgia Cardiotorácica do Hospital da Cruz Vermelha e ainda o Dr. Francisco Velez Roxo, Presidente do Conselho de Administração do Hospital Fernando Fonseca.
O Dr. Luís Baquero, referiu que “todos nós temos o dever cívico de cuidar dos que estão ao nosso lado, sejam eles conhecidos ou não, devemos caminhar para uma sociedade mais altruísta”.
O Dr. Francisco George debruçou-se sobre a taxa de mortalidade antes dos 70 anos, 1 em cada 5 portugueses não atinge os 70 anos. Cerca de 708 mil pessoas morrem, todos os anos, devido a falência cardíaca antes dos 70 anos. É urgente prevenir a propensão da morte súbita cardíaca, é necessário melhor alimentação e mais exercício físico. É necessário ao cidadão comum, perante uma situação de paragem cardiorrespiratória, saber abordar o doente, o que se consubstancia na necessidade de disseminação do socorrismo e sua formação. “É preciso saber socorrer”, diz. Seria interessante que à entrada de um grande edifício, um cinema, um centro comercial, uma escola, que todos nós soubéssemos onde está o Desfibrilhador Automático Externo (DAE) e o que fazer perante um caso que necessite de intervenção de desfibrilhação.
O Dr. Francisco Velez Roxo falou-nos do início de atividade da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) no HFF. Antes da sua existência, “numa situação de morte súbita cardíaca as ambulâncias vinham de Lisboa ou de Cascais”. Em 2017 a VMER teve cerca de 3.500 saídas, concentradas maioritariamente nos concelhos de Sintra e Amadora, o que prova a sua necessidade. No que se refere ao custo desta VMER, o Presidente do Conselho de Administração do HFF menciona tratar-se de um valor “absolutamente insignificante para os resultados que permitiu”, falamos de um valor de 500 mil euros por ano entre recursos humanos e equipamento.
O Dr. Basílio Horta menciona que Sintra se trata de um concelho com 420 mil habitantes. Refere ainda que o suporte básico de vida tinha sido esquecido”, e que “ para a saúde, enquanto bem essencial, não deverá haver restrições”. A VMER teve um custo de 500 mil euros e levou cerca de 6 meses a ficar pronto. É também o meio de suporte que mais saiu e por aí se vê como é necessário”. Em todos os edifícios municipais, escolas e unidades de bombeiros há desfibrilhadores e muita gente formada e a dar formação. “Haverá coisa mais importante que salvar vidas?”.
Por fim, foi dada a palavra ao grande responsável pela existência deste movimento, Gabriel Boavida, “foi uma paragem cardiorrespiratória, uma das 10 mil anuais em Portugal”. “Somos nós que temos o papel principal, somos nós que fazemos parte deste elo da cadeia de socorro”, refere. A mudança em Sintra aconteceu, em parte devido ao Plano de Municipal de Desfibrilhação, que teve início nas escolas, “pois é aqui que se forma a sociedade civil do futuro”.
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Faça também parte da mudança assinando o Manifesto aqui
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Poderá saber mais informações sobre este Movimento aqui
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Endereço de correio eletrónico: geral@salvarmaisvidas.pt
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Cristina Bastos
Equipa Editorial
