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Homenagem a João Lobo Antunes
Um ano após a morte de João Lobo Antunes, amigos, familiares, professores e alunos, entre tantos outros, reuniram-se no Auditório do Edifício Egas Moniz, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), para celebrarem a vida e obra do Homem que agora dá o seu nome ao Auditório e ao Instituto de Medicina Molecular (iMM).
Estiveram presentes na cerimónia os antigos Presidentes da República Ramalho Eanes, Jorge Sampaio e Aníbal Cavaco Silva, de cujas candidaturas, no caso dos dois últimos, João Lobo Antunes foi mandatário nacional, tendo mais tarde feito parte do Conselho de Estado, nos dois mandatos de Cavaco Silva.
Uma cerimónia breve, intimista e emotiva que trouxe à mesa, pela mão do anfitrião e Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), Prof. Doutor Fausto Pinto, Teresa Valido, aluna e Presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina (AEFML); Dr. Carlos Neves Martins, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN); Prof. Doutora Maria do Carmo Fonseca, Presidente do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML) e do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa (IMM); Professor Doutor António Cruz Serra, Reitor da Universidade de Lisboa; e Walter Osswald, Médico, professor universitário e atualmente Conselheiro do Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa (UCP).
Na voz dos alunos, Teresa Valido, Presidente da AEFML, evocou o sentimento coletivo de saudade dos tempos em que o Professor se apresentava a quem acabava de chegar à Faculdade: “algures em Setembro de 2013, sentei-me ali, neste auditório que agora passa a ter o seu nome, a ouvir o conhecido neurocirurgião que só tinha visto na televisão”. O Professor reforçava, como ensinamento primordial, que “na vida não se devem fazer atalhos, mas lutar pelas coisas”. Um discurso de reconhecimento em que o aprendiz vê “o maior prémio” na oportunidade de ver e ouvir o seu mestre.
Pela “convergência de opiniões estratégicas na área da gestão sobre o papel de um Hospital como o de Santa Maria no ensino médico e formação de especialistas, pilares para a investigação e desenvolvimento da medicina em Portugal”, Carlos Martins, Presidente do CHLN, lembrou o homem de “invejável inteligência” e que “durante trinta anos marcou o Hospital e deixou uma escola através dos alunos de neurocirurgia”, alunos esses considerados como os “melhores alunos de neurocirurgia” do país.
Seguiu-se, num discurso cirúrgico e comovido, Maria do Carmo Fonseca, Presidente do iMM e seguidora da orientação estratégica de João Lobo Antunes, fundador do Instituto: “Todos gostam de criticar e falar mal, mas poucos procuram soluções. E só uma ínfima minoria consegue mudar as coisas à sua volta. João Lobo Antunes foi uma dessas figuras”. Com natural orgulho, reforçou que “ as três entidades que compõem o Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML) decidiram associar o nome de João Lobo Antunes à designação oficial do iMM. Nas palavras finais de Carmo Fonseca, permanece intemporal a marca de João Lobo Antunes, pois “há uma Faculdade antes e depois dele”.
O "médico e professor foi, também, fundamental na criação para as condições da fusão das duas maiores universidades de Lisboa, pela sua ação junto dos decisores políticos, a quem foi alertando para a importância da criação desta Universidade”, como reforçou o Reitor da Universidade de Lisboa, Prof. Doutor António Cruz Serra.
As últimas palavras ficaram guardadas para Walter Osswald, médico, professor e distinto conselheiro na área da Bioética médica, recordou o amigo, “que conheceu tarde, mas de forma íntima, límpida, mas não coscuvilheira de sentimentos”. Citando Heiddeger, descreve João, num “balbuciar insuficiente, que só de forma muito incompleta aclarará contornos da grande figura que aqui tratamos”.
O discurso do Prof. Osswald mereceu uma demorada ovação, fazendo remissão a Sôbolos Rios que vão, do irmão, António Lobo Antunes. “O João morreu, sabemo-lo, em serenidade e aceitação. A nós cabe-nos descalçar as sandálias, pois aqui pisamos solo sagrado, iluminado pela sarça ardente e deixar que em nós, comovidos, continue a ecoar a sua voz”.
Seguiu-se o descerramento da placa, com Maria do Céu Machado, pediatra, Presidente do INFARMED e viúva de João Lobo Antunes, à frente do grupo de convidados.
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Assista ao vídeo da Homenagem a João Lobo Antunes aqui.