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Lição de Jubilação do Professor Doutor José Fernandes e Fernandes

No passado dia 17 de Outubro, pelas 11:00, no Grande Auditório do Edifício Egas Moniz da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, o Professor Doutor Fernandes e Fernandes (MD, PhD, FACS, FRCS Eng.), Director da FMUL entre 2005 e 2015, deu a sua lição de Jubilação perante um auditório repleto de colegas, alunos e personalidades de relevo da sociedade civil, que o Professor foi destacando ao longo do seu discurso. Estiveram presentes, entre outros, a Dra. Maria de Belém, o General Ramalho Eanes e a Dra. Manuela Ramalho Eanes, o Bispo de Lisboa, D. Tomás de Almeida e o Padre Feitor Pinto.
Abriu a sessão, o Diretor da Faculdade, Professor Doutor Fausto Pinto, sintetizando o valor e importância da contribuição, méritos e exemplo daquele que foi o seu antecessor no cargo de Diretor da FMUL, como médico e cirurgião vascular, como académico e como cidadão, numa alocução pautada pelo tom de reconhecimento, respeito e admiração.
O Professor Fernandes e Fernandes, nome cimeiro da Cirurgia Vascular dentro e fora de portas, relevou, na sua «Última Lição», as principais etapas de um vasto e multifacetado percurso, bem balizadas entre “Origem e Educação”, “Formação em Cirurgia Vascular”, “Atividade em Cirurgia e Intervenção Académica”, “Futuro da Cirurgia Vascular e a Medicina Académica”, “A Disciplina de Introdução à Clínica”, “A Direção da Faculdade de Medicina”.

Interessante foi também a escolha do título da Sessão, de resto registado em livro, distribuído, logo no início, a todos os presentes: Serendipity? Da Cirurgia Vascular à Medicina Académica: Um Olhar sobre o Passado… e o Futuro!
‘Serendipity’ é uma palavra inglesa para a qual não existe tradução num único termo, em Português, e que designa uma descoberta feliz que se faz por acaso, quando não se procurava. O termo, conforme explicou o Professor Fernandes e Fernandes, foi criado no século XVI pelo escritor inglês Horace Walpole.
Quanto à “Origem e Educação”, o Professor Fernandes e Fernandes referiu o exemplo de retidão e carácter que recebeu da sua família, que cunhou em grande parte a sua opção de vida e destino, em prol da medicina.
Na segunda parte, “Formação em Cirurgia Vascular”, o Professor referiu o fascínio que desde cedo sentiu por esta área fundamental da medicina, a importância dos mestres, com destaque para a figura tutelar de João Cid dos Santos e para o seu exemplo de rigor no exercício da profissão. Cid dos Santos viu no Professor Fernandes e Fernandes um dos seus grandsons e foi ele quem assinou a carta de recomendação para a estadia no St. Mary’s Hospital, em Londres, para trabalhar com H.H.G. Eastcott, outro grande marco na carreira do Professor.
Mais que uma vez ao longo da sessão, houve lugar para uma sugestiva comparação entre o trabalho do cirurgião e do artista plástico, nomeadamente o escultor.
Quanto à intervenção académica, o Prof. Fernandes e Fernandes resumiu o que foi, ao longo da sua atividade, o seu ideário de educação médica, os desafios da formação em medicina e a exigência de rigor que se coloca aos jovens médicos e abordou as reformas essenciais do ensino médico no nosso país.
O Professor terminou a sua Lição de Jubilação com referências ao seu período como Diretor da Faculdade de Medicina (2005-2015). No exercício do cargo, o Professor Fernandes e Fernandes impulsionou a colaboração institucional no seio do CAML - Centro Académico de Medicina de Lisboa, ao mesmo tempo que pautou a sua atuação pela melhoria do ensino médico.
Um dos grandes impulsionadores da fusão entre as antigas Universidade de Lisboa (“Clássica”) e a Universidade Técnica de Lisboa, que originou a atual Universidade de Lisboa, a maior do país, afirmou então “Precisamos de menos e melhores universidades que sejam pólo de atração para investigadores e estudantes estrangeiros.”
A última das intervenções, breve, esteve a cargo do Reitor da Universidade de Lisboa, Professor Doutor António Cruz Serra, e incluiu uma nota curiosa, na verdade um “pedido de desculpas” ao homenageado pelos atrasos na conclusão do Edifício Reynaldo dos Santos, projeto que lhe é tão caro.
No encerramento da Sessão teve lugar um momento musical por membros do Coro Médico de Lisboa e da Orquestra Médica de Lisboa, que interpretaram excertos de obras que marcaram o homenageado.
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