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Como pode um remédio para a diabetes ajudar a combater a malária?
A equipa de investigação de Maria Mota, Professora na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Diretora Executiva do Instituto de Medicina Molecular, alcançou importantes resultados no que se refere ao combate do Plasmodium, o parasita unicelular protozoário presente no mosquito fêmea do género Anopheles.
Atualmente, o combate a este parasita é um dos maiores desafios em termos de saúde pública, “não existe outro ser vivo no planeta - à exceção do próprio ser humano - tão eficaz a matar a nossa espécie”. Apesar dos constantes progressos, o balanço no que à malária diz respeito, continua a apresentar números assustadores. Em 2012 contabilizaram-se cerca de 200 milhões de pessoas infetadas, das quais 627 mil morreram. A nível global, as áreas mais afetadas são a África subsariana e o sul da Ásia.
A abordagem desta equipa tem como finalidade encontrar as fragilidades no Plasmodium para assim o enfraquecer e consequentemente controlar. Segundo a professora Maria Mota, “um parasita como a malária tem a capacidade de perceber o seu ambiente, nomeadamente o estado do hospedeiro”, adaptando “a sua replicação e a sua virulência de acordo com o que o hospedeiro come". A equipa de investigação descobriu que a metformina (uma droga utilizada para a diabetes) de alguma forma afeta a replicação do parasita. “O parasita provavelmente nem vai criar resistência, não vai por ali para tentar ‘fugir’ a isto. Simplesmente vai sentir que está num ambiente diferente e vai viver de uma forma diferente, o que para nós é mais agradável”, refere a Professora, em entrevista ao Diário de Notícias.
Espera-se, assim, que a combinação desta abordagem com outras terapêuticas conduza à eliminação da doença.
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Fonte e Imagem: Diário de Notícias