Momentos
Santo António de Lisboa
Na noite de 12 para 13 de Junho, Lisboa celebra o Santo António. A noite inicia-se com o desfile das marchas dos bairros antigos de Lisboa, na Avenida da Liberdade. Todos os grupos recreativos e associações dos bairros lisboetas concorrem pelo título de melhor marcha, traje, música e coreografia. A origem destas festividades remonta ao século XVIII, quando os franceses, durante as invasões napoleónicas, iniciaram a moda de dançar nas marchas militares, a que chamavam “marche aux falambeaux”, enquanto o povo desfilava com archotes acesos na mão. O costume foi adoptado mais tarde pelos portugueses que substituíram os archotes revolucionários por balões de papel e fogo-de-artifício colorido na sua versão das “marchas ao flambó”, que tinham sido costumes trazidos da China no século XVII e que já eram usados nos arraiais e feiras por todo o País.
No centro histórico da cidade e nos bairros típicos as pessoas deambulam pelas ruas, enchem de alegria a cidade e festejam o seu santo. Do Castelo à Mouraria, da Graça à Alfama e da Ajuda ao Bairro Alto, todos tomam parte nesta festa. Em cada praça, ruela ou largo, grupos de moradores e associações recreativas improvisam bancas ou barraquinhas onde se vendem sardinhas grelhadas na brasa, comidas no prato ou no pão, regadas por um tinto. Para quem não gosta da tradicional sardinha assada pode comer uma bifana ou chouriço assado. Nas janelas exibem-se manjericos viçosos sempre acompanhados por cravos coloridos de papel e uma bandeirinha com uma quadra alusiva aos santos populares.
Santo António nasceu em Lisboa, junto à Sé, onde realizou os seus primeiros estudos. Aos 15 anos entrou no convento da Ordem dos Cónegos Regulares de Santo Agostinho. Aí ficou dois anos e pediu para ser transferido para o mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, onde estudou Teologia e Filosofia, e foi ordenado padre. Tocado pela sorte e martírio dos Santos Mártires de Marrocos, fez-se franciscano. Tentou seguir-lhes as pisadas, mas, em Marrocos, adoeceu e regressou à Europa, concretamente à Sicília. Revelou-se um grande pregador e, consequentemente, mandaram-no ensinar Teologia, em Bolonha. Fixou-se em Pádua, onde morreu, aos 40 anos. Um ano após a sua morte, foi canonizado e os inúmeros milagres obtidos por seu intermédio fazem dele um dos maiores taumaturgos.
Noite De Santo Antonio
Amália Rodrigues
Composição: Norberto Araújo / Raúl Ferrão
Cá vai a marcha, mais o meu par
Se eu não trouxesse, quem o havia de aturar?
Não digas sim, não digas não
Negócios de amor são sem precaução
Já não há praça dos bailaricos
Tronos de luxo no altar de manjericos
Mas sem a praça que foi da Figueira
A gente cá vai quer queira ou não queira
Ó noite de Santo Antônio
Ó Lisboa de encantar
De alcachofras a florir
De foguetes a estourar
Enquanto os bairros cantarem
Enquanto houver arraiais
Enquanto houver Santo Antônio
Lisboa não morre mais
Lisboa é sempre a namoradeira
Tantos derriços que já até fazem fileira
Não digas sim, não me digas não
Amar é destino, cantar é condão
Uma cantiga, uma aquarela
Um cravo aberto debruçado da janela
Lisboa linda do meu bairro antigo
Dá-me teu bracinho
Vem bailar comigo
Alcina Silvestre
Núcleo de Gestão Curricular
Tel: + 351 21 798 51 28 (Ext: 44104)
E-mail: alcina@fm.ul.pt
No centro histórico da cidade e nos bairros típicos as pessoas deambulam pelas ruas, enchem de alegria a cidade e festejam o seu santo. Do Castelo à Mouraria, da Graça à Alfama e da Ajuda ao Bairro Alto, todos tomam parte nesta festa. Em cada praça, ruela ou largo, grupos de moradores e associações recreativas improvisam bancas ou barraquinhas onde se vendem sardinhas grelhadas na brasa, comidas no prato ou no pão, regadas por um tinto. Para quem não gosta da tradicional sardinha assada pode comer uma bifana ou chouriço assado. Nas janelas exibem-se manjericos viçosos sempre acompanhados por cravos coloridos de papel e uma bandeirinha com uma quadra alusiva aos santos populares.
Santo António nasceu em Lisboa, junto à Sé, onde realizou os seus primeiros estudos. Aos 15 anos entrou no convento da Ordem dos Cónegos Regulares de Santo Agostinho. Aí ficou dois anos e pediu para ser transferido para o mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, onde estudou Teologia e Filosofia, e foi ordenado padre. Tocado pela sorte e martírio dos Santos Mártires de Marrocos, fez-se franciscano. Tentou seguir-lhes as pisadas, mas, em Marrocos, adoeceu e regressou à Europa, concretamente à Sicília. Revelou-se um grande pregador e, consequentemente, mandaram-no ensinar Teologia, em Bolonha. Fixou-se em Pádua, onde morreu, aos 40 anos. Um ano após a sua morte, foi canonizado e os inúmeros milagres obtidos por seu intermédio fazem dele um dos maiores taumaturgos.
Noite De Santo Antonio
Amália Rodrigues
Composição: Norberto Araújo / Raúl Ferrão
Cá vai a marcha, mais o meu par
Se eu não trouxesse, quem o havia de aturar?
Não digas sim, não digas não
Negócios de amor são sem precaução
Já não há praça dos bailaricos
Tronos de luxo no altar de manjericos
Mas sem a praça que foi da Figueira
A gente cá vai quer queira ou não queira
Ó noite de Santo Antônio
Ó Lisboa de encantar
De alcachofras a florir
De foguetes a estourar
Enquanto os bairros cantarem
Enquanto houver arraiais
Enquanto houver Santo Antônio
Lisboa não morre mais
Lisboa é sempre a namoradeira
Tantos derriços que já até fazem fileira
Não digas sim, não me digas não
Amar é destino, cantar é condão
Uma cantiga, uma aquarela
Um cravo aberto debruçado da janela
Lisboa linda do meu bairro antigo
Dá-me teu bracinho
Vem bailar comigo
Alcina Silvestre
Núcleo de Gestão Curricular
Tel: + 351 21 798 51 28 (Ext: 44104)
E-mail: alcina@fm.ul.pt