Nota Editorial
Na Aurora de uma Nova Era
Vivemos um período novo portador de mudanças profundas nas perspectivas política, académica, pedagógica e científica, da Universidade de Lisboa.
E, por isso também, na nossa Faculdade de Medicina, onde a aurora desta nova era nos aumenta a responsabilidade, por nos chegar com elevados índices de expectativas de sucesso e muito baixas perspectivas de fracasso.
São novos, os modelos organizacionais dos nossos diversos Órgãos de Governo e as Personalidades que assumirão a Presidência dos Conselhos, Científico e Pedagógico, sendo claro que o Prof. Doutor José Fernandes e Fernandes se manterá, ao leme da Instituição.
É importante que assim seja, porque o projecto agora iniciado, de grande alcance académico e enorme potencialidade científica, dificilmente seria, agora, conduzido por outrem que, apesar de idêntica motivação, não teria igual conhecimento do momento e, menos ainda, dos tempos e dos caminhos que nos trouxeram até aqui.
Impõe-se, contudo, um sinal de alerta: o Director não poderá estar só, porque todos não somos demais para levar a bom porto a enorme nau que temos agora em mãos e, porque não serão generosos os ventos que teremos que enfrentar.
De âmbito estrutural na Universidade, com a Assembleia da Faculdade, Órgão novo e de grande significado e peso institucional, a mudança mais profunda é a que se fará sentir no Conselho Científico.
A mudança consubstancia-se no modelo conceptual, na filosofia organizacional e no regimento, que lhes atribuem perspectivas e âmbitos diametralmente diferentes do que acabo de deixar, após 5 anos de missão e serviço, na qualidade de seu Presidente.
Terminado o Plenário, o C.C. fica, conceptual e operacionalmente, reduzido a um Órgão correspondente à, até agora, denominada Comissão Coordenadora.
Concordo em absoluto com a alteração e, por isso, colaborei convictamente na reformulação dessas perspectivas, bem como no regulamento da Faculdade que reconhece um C.C. mais operacional e com maior peso institucional no governo da Faculdade.
A sua nova composição, em que mais que a alterações de princípio obedece a critériosdiferentes de recrutamento dos seus Membros, como a integração de Investigadores, torna-o mais eficiente na resposta à procura do reforço da dimensão científica, que não poderá deixar de ser a sua preocupação nuclear, enquanto o Regulamento o torna mais ágil, optimizando a sua acção e capacidade de resposta às necessidades académicas que se lhe imporão.
Penso, todavia, que a sua linha de rumo não poderá deixar de estar muito focalizada na evolução académica, no desenvolvimento da dimensão e capacidades científicas, bem como no reforço da internacionalização visando, com a nossa subida no ranking académico global, tornarmo-nos numa Instituição mais forte, reconhecida e disputada.
Nos mandatos anteriores, pode o C.C. dar início à recuperação da capacidade pedagógica, terminando-se com as contratações a zero por cento. Além de pouco dignificante para a FMUL, era uma situação claramente redutora das nossas capacidades docentes.
Foi, ainda, possível dar os primeiros passos com vista ao reforço da dimensão académica da Medicina Clínica.
Conseguiu-se iniciar a recuperação da, muito desproporcional, relação dos Doutoramentos nas Áreas das Ciências Básicas e Biomédicas, em desfavor das Clínicas, objectivo que, no decurso dos últimos dois anos, recebeu dois fortes e cruciais apoios.
O primeiro passo foi dado pela Fundação Calouste Gulbenkian, com os Programas dos Internatos Doutorais. Por termos apreendido a importância da iniciativa, o C.C. apoiou e esteve envolvido no Projecto, desde o primeiro minuto.
Vejo com grande satisfação a sua concretização e a, muito significativa, entrada de Internos do Hospital Universitário de Santa Maria e da FMUL nos Programas Gulbenkian.
Temos agora a certeza da nossa razão, tal como a temos a propósito da importância do nosso próprio Programa de Doutoramento, consubstanciando o 3º Ciclo de Estudos, programados de acordo com Bolonha e recentemente aprovados.
Nuclear e estruturante para a FMUL, é o sucesso destas iniciativas, competindo ao C.C. liderar o processo e encontrar soluções aliciantes para reforço daqueles Programas e Projectos.
Não se espere, contudo, que por mais aliciantes que sejam os Projectos e os Programas, o sucesso floresça de forma natural e espontânea.
Todos sabemos que isso não acontecerá e para que o sucesso seja sustentado temos que os começar a cultivar e, com determinação e carinho, começar a regá-los logo à entrada dos estudantes na Faculdade.
Exige-se que lhes mostremos e que os nossos estudantes interiorizem que o seu, o nosso !, objectivo é fazê-los MÉDICOS, empenhados no enriquecimento do seu património técnico e científico, que lhes permita ser profissionalmente competentes, moral e eticamente responsáveis pela assumpção de atitudes coerentes, de respeito pela Condição Humana dos doentes que forem chamados a tratar.
É nossa responsabilidade mostrar aos nossos estudantes que ensino, prática assistencial e investigação não são mais que tempos diferentes de uma única actividade profissional, confluente na perspectiva Académica da Medicina Clínica.
O incentivo para que assim actuem é a semente do sucesso, quer para os nossos programas de formação pré-graduada quer, principalmente, para a qualidade das pós-graduações.
O 1ºpasso foi dado.
O grande desafio será o de uma excelente e farta colheita, sabendo que excelentes estudantes sempre continuarão a haver, mas esses são produto deles próprios sendo que o que nos importará, e o volume e a qualidade do produto recolhido, frutos de programas institucionais, sólidos, aliciantes e sustentados.
Sei que saberemos estar ao nível dos desafios e que os iremos ganhar, cumprindo o objectivo do reforço da qualificação e da credenciação, fazendo da FMUL um Centro competitivo e disputado para formação pré e pós-graduada.
Tenho a certeza que a FMUL vai concretizar, nesta sua Nova Era, todos os Projectos com maior qualidade, ambição e eficiência ultrapassando todas as nossas expectativas, concretizando objectiva e substantivamente o Centro Académico de Medicina de Lisboa.
Por ter essa certeza, desejo aos Presidentes de todos os Órgãos Directivos da Faculdade as maiores felicidades no exercício das suas missões.
Prof. Doutor Henrique Bicha Castelo
E, por isso também, na nossa Faculdade de Medicina, onde a aurora desta nova era nos aumenta a responsabilidade, por nos chegar com elevados índices de expectativas de sucesso e muito baixas perspectivas de fracasso.
São novos, os modelos organizacionais dos nossos diversos Órgãos de Governo e as Personalidades que assumirão a Presidência dos Conselhos, Científico e Pedagógico, sendo claro que o Prof. Doutor José Fernandes e Fernandes se manterá, ao leme da Instituição.
É importante que assim seja, porque o projecto agora iniciado, de grande alcance académico e enorme potencialidade científica, dificilmente seria, agora, conduzido por outrem que, apesar de idêntica motivação, não teria igual conhecimento do momento e, menos ainda, dos tempos e dos caminhos que nos trouxeram até aqui.
Impõe-se, contudo, um sinal de alerta: o Director não poderá estar só, porque todos não somos demais para levar a bom porto a enorme nau que temos agora em mãos e, porque não serão generosos os ventos que teremos que enfrentar.
De âmbito estrutural na Universidade, com a Assembleia da Faculdade, Órgão novo e de grande significado e peso institucional, a mudança mais profunda é a que se fará sentir no Conselho Científico.
A mudança consubstancia-se no modelo conceptual, na filosofia organizacional e no regimento, que lhes atribuem perspectivas e âmbitos diametralmente diferentes do que acabo de deixar, após 5 anos de missão e serviço, na qualidade de seu Presidente.
Terminado o Plenário, o C.C. fica, conceptual e operacionalmente, reduzido a um Órgão correspondente à, até agora, denominada Comissão Coordenadora.
Concordo em absoluto com a alteração e, por isso, colaborei convictamente na reformulação dessas perspectivas, bem como no regulamento da Faculdade que reconhece um C.C. mais operacional e com maior peso institucional no governo da Faculdade.
A sua nova composição, em que mais que a alterações de princípio obedece a critériosdiferentes de recrutamento dos seus Membros, como a integração de Investigadores, torna-o mais eficiente na resposta à procura do reforço da dimensão científica, que não poderá deixar de ser a sua preocupação nuclear, enquanto o Regulamento o torna mais ágil, optimizando a sua acção e capacidade de resposta às necessidades académicas que se lhe imporão.
Penso, todavia, que a sua linha de rumo não poderá deixar de estar muito focalizada na evolução académica, no desenvolvimento da dimensão e capacidades científicas, bem como no reforço da internacionalização visando, com a nossa subida no ranking académico global, tornarmo-nos numa Instituição mais forte, reconhecida e disputada.
Nos mandatos anteriores, pode o C.C. dar início à recuperação da capacidade pedagógica, terminando-se com as contratações a zero por cento. Além de pouco dignificante para a FMUL, era uma situação claramente redutora das nossas capacidades docentes.
Foi, ainda, possível dar os primeiros passos com vista ao reforço da dimensão académica da Medicina Clínica.
Conseguiu-se iniciar a recuperação da, muito desproporcional, relação dos Doutoramentos nas Áreas das Ciências Básicas e Biomédicas, em desfavor das Clínicas, objectivo que, no decurso dos últimos dois anos, recebeu dois fortes e cruciais apoios.
O primeiro passo foi dado pela Fundação Calouste Gulbenkian, com os Programas dos Internatos Doutorais. Por termos apreendido a importância da iniciativa, o C.C. apoiou e esteve envolvido no Projecto, desde o primeiro minuto.
Vejo com grande satisfação a sua concretização e a, muito significativa, entrada de Internos do Hospital Universitário de Santa Maria e da FMUL nos Programas Gulbenkian.
Temos agora a certeza da nossa razão, tal como a temos a propósito da importância do nosso próprio Programa de Doutoramento, consubstanciando o 3º Ciclo de Estudos, programados de acordo com Bolonha e recentemente aprovados.
Nuclear e estruturante para a FMUL, é o sucesso destas iniciativas, competindo ao C.C. liderar o processo e encontrar soluções aliciantes para reforço daqueles Programas e Projectos.
Não se espere, contudo, que por mais aliciantes que sejam os Projectos e os Programas, o sucesso floresça de forma natural e espontânea.
Todos sabemos que isso não acontecerá e para que o sucesso seja sustentado temos que os começar a cultivar e, com determinação e carinho, começar a regá-los logo à entrada dos estudantes na Faculdade.
Exige-se que lhes mostremos e que os nossos estudantes interiorizem que o seu, o nosso !, objectivo é fazê-los MÉDICOS, empenhados no enriquecimento do seu património técnico e científico, que lhes permita ser profissionalmente competentes, moral e eticamente responsáveis pela assumpção de atitudes coerentes, de respeito pela Condição Humana dos doentes que forem chamados a tratar.
É nossa responsabilidade mostrar aos nossos estudantes que ensino, prática assistencial e investigação não são mais que tempos diferentes de uma única actividade profissional, confluente na perspectiva Académica da Medicina Clínica.
O incentivo para que assim actuem é a semente do sucesso, quer para os nossos programas de formação pré-graduada quer, principalmente, para a qualidade das pós-graduações.
O 1ºpasso foi dado.
O grande desafio será o de uma excelente e farta colheita, sabendo que excelentes estudantes sempre continuarão a haver, mas esses são produto deles próprios sendo que o que nos importará, e o volume e a qualidade do produto recolhido, frutos de programas institucionais, sólidos, aliciantes e sustentados.
Sei que saberemos estar ao nível dos desafios e que os iremos ganhar, cumprindo o objectivo do reforço da qualificação e da credenciação, fazendo da FMUL um Centro competitivo e disputado para formação pré e pós-graduada.
Tenho a certeza que a FMUL vai concretizar, nesta sua Nova Era, todos os Projectos com maior qualidade, ambição e eficiência ultrapassando todas as nossas expectativas, concretizando objectiva e substantivamente o Centro Académico de Medicina de Lisboa.
Por ter essa certeza, desejo aos Presidentes de todos os Órgãos Directivos da Faculdade as maiores felicidades no exercício das suas missões.
Prof. Doutor Henrique Bicha Castelo