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Ciclo de Debates: "A Auto-Avaliação da Universidade de Lisboa - O bem-estar dos estudantes da UL"
A Universidade de Lisboa (UL) está em processo de avaliação externa pela European University Association (EUA) que termina com a segunda visita dos avaliadores em Setembro.
A anteceder esta fase, a UL, na pessoa da Pró – Reitora Ana Nunes de Almeida, promoverá um Ciclo de Debates "A Auto-Avaliação da UL", com base no Self-Evaluation Report da ULpreviamente entregue à EUA e colocado no site da UL (www.ul.pt) . O ciclo de debates tem o objectivo de prosseguir uma discussão alargada sobre os tópicos abordados no relatório: contexto institucional, missão e objectivos, constrangimentos e oportunidades, modalidades de organização e actividades (gestão, ensino/aprendizagem e investigação, financiamento, garantia da qualidade).
O primeiro Debate realizou-se no dia 12 de Maio, na Sala de Conferências da Reitoria, entre as 10.30 e as 13 horas. Teve como tema genérico "O bem-estar dos estudantes da UL" e os oradores foram: Bernardo Vidal (Associação Académica), Luís Fernandes (Administrador dos Serviços de Acção Social) e André Caldas (membro do Conselho Geral). Presidiu à sessão o Reitor, Professor António Nóvoa. As comunicações vão ser publicadas e em consequência nesta notícia, serão sobretudo referidas as considerações que foram objecto de discussão e de conclusões.
A sessão iniciou-se com as saudações pelo Reitor que agradeceu à Professora Ana Nunes de Almeida todo o empenhamento no processo de Auto-Avaliação da UL e na criação do Ciclo de Debates. Bernardo Vidal enfatizou a necessidade envolver os estudantes recém – chegados no sentido “de ensinar a estar no ensino superior”, de “lhes transmitir a responsabilidade individual e colectiva na vida universitária”. Referiu que, uma vez que a UL, à semelhança de outra instituições do ensino público, não interfere no recrutamento directo dos estudantes do 1º ciclo. Pode actuar, no entanto, “criando maiores perspectivas para atrair”, o mesmo é dizer “oferecer condições atractivas” como por exemplo “apresentar curriculum modernos”.
Outro aspecto que mereceu consenso entre a audiência, e que foi reforçado pelo Reitor, foi o da mobilidade dos estudantes dentro da Instituição UL. Esse desígnio exige efectiva comunicação, de modo a facultar conhecimento sobre as metodologias de aprendizagem e informação actualizada sobre todos os sistemas de funcionamento de acesso e de participação nas diferentes modalidades de oferta. Em suma, a UL não deve descurar a formação de base, de 1º ciclo. Voltou a ser matéria de reflexão o significado da universidade baseada na investigação, o que não significa a sua transformação em instituições de investigação em exclusividade, mas sim no ensinar com base no que se faz (investiga) e no aprender fazendo.
O significado do título escolhido para o debate foi motivo de apreciação pelo segundo orador, Dr. Luís Fernandes, que perspectivou o bem-estar dos estudantes num modo mais geral que extravasa os Serviços de Acção Social. Deu o exemplo das Bibliotecas e locais de aprendizagem (dimensões apresentadas no Self-Evaluation Report da UL e nos Anexos ao relatório) cujos horários, se mais alargados, permitiriam a frequência de todos e, principalmente, dos que são de fora de Lisboa.
A “centralidade de um gabinete de apoio ao estudante de natureza neutra”, com vantagem de não reconhecimento por parte de docentes mais próximos, gerou também aceitação pelos presentes. Luís Fernandes apresentou as vantagens da “criação de um centro de convívio de docentes” fomentador de ideias de práticas de bem-estar na UL.
O acompanhamento do estudante estrangeiro foi outro tema que mereceu concordância em ser integrado por alguma estrutura central na UL . A este propósito, a Doutora Luísa Cerdeira mencionou a ideia de haver na UL a Loja de Estudante com as vantagens de ser um local que responderia e resolveria muitas das necessidades da vida estudantil universitária.
O nosso Reitor recordou o centro de recursos partilhados, uma das medidas do seu mandato, e deixou o desafio de que é necessário saber ler a UL.
Uma das grandes questões actuais é a da comunicação, isto é, como chegar a todos os seus membros, atempadamente. Como questionado pelo nosso Reitor este é um grande desafio para resolver brevemente.
André Caldas centrou-se no domínio da participação dos estudantes na garantia da qualidade como meio de conduzir à satisfação e, necessariamente, ao bem-estar. Uma avaliação interna contínua e participada pelos, e com, os estudantes conduzirá a programas renovados e atractivos, como acima referido. Estudantes participativos na garantia da qualidade significa que os resultados sejam atempadamente conhecidos e as alterações necessárias efectuadas para o melhoramento do bem-estar na UL. Naturalmente que estes processos serão posteriormente sujeitos à avaliação externa que, com toda a pertinência André Caldas acentuou, não devem, como no passado, ser punitivos.
Carlota Saldanha perguntou se os estatutos da carreira docente contemplam, para além das actividades de investigação e pedagógicas, a vertente da gestão e se a mesma é contemplada em concursos públicos. Esta pergunta surge no contexto do envolvimento docente em operar em sistemas de garantia de qualidade que, pela observação do que acontece noutras latitudes, necessita de uma dedicação quase exclusiva.
Depois de se congratular com o desenrolar do debate, Ana Nunes de Almeida focou algumas necessidades para enriquecer e concertar estratégias de intervenção: a universidade não deve ser encarada apenas como um espaço de instrução mas como um espaço de vida, de vivência da condição juvenil (desde logo no 1º ciclo); a UL é composta por unidades orgânicas com características internas díspares e frequentadas por estudantes com origens sociais muito heterogéneas; a actividade pedagógica dos docentes deve ser avaliada – mas que indicadores escolher?
Podemos anunciar que o 2º debate “O Bem-Estar dos Funcionários na UL” ocorrerá a 3 de Junho e serão oradores David Xavier (FMUL), Fonseca e Castro (Conselho Geral) e Ricardo Reis (FLUL). O 3º ocorrerá na penúltima semana de Junho com o título “O Bem-Estar dos Docentes e Investigadores na UL”.
Debate durante a sessão; André Caldas, Luís Fernandes, Prof. Doutor António Nóvoa e Bernardo Vidal
Carlota Saldanha
A anteceder esta fase, a UL, na pessoa da Pró – Reitora Ana Nunes de Almeida, promoverá um Ciclo de Debates "A Auto-Avaliação da UL", com base no Self-Evaluation Report da ULpreviamente entregue à EUA e colocado no site da UL (www.ul.pt) . O ciclo de debates tem o objectivo de prosseguir uma discussão alargada sobre os tópicos abordados no relatório: contexto institucional, missão e objectivos, constrangimentos e oportunidades, modalidades de organização e actividades (gestão, ensino/aprendizagem e investigação, financiamento, garantia da qualidade).
O primeiro Debate realizou-se no dia 12 de Maio, na Sala de Conferências da Reitoria, entre as 10.30 e as 13 horas. Teve como tema genérico "O bem-estar dos estudantes da UL" e os oradores foram: Bernardo Vidal (Associação Académica), Luís Fernandes (Administrador dos Serviços de Acção Social) e André Caldas (membro do Conselho Geral). Presidiu à sessão o Reitor, Professor António Nóvoa. As comunicações vão ser publicadas e em consequência nesta notícia, serão sobretudo referidas as considerações que foram objecto de discussão e de conclusões.
A sessão iniciou-se com as saudações pelo Reitor que agradeceu à Professora Ana Nunes de Almeida todo o empenhamento no processo de Auto-Avaliação da UL e na criação do Ciclo de Debates. Bernardo Vidal enfatizou a necessidade envolver os estudantes recém – chegados no sentido “de ensinar a estar no ensino superior”, de “lhes transmitir a responsabilidade individual e colectiva na vida universitária”. Referiu que, uma vez que a UL, à semelhança de outra instituições do ensino público, não interfere no recrutamento directo dos estudantes do 1º ciclo. Pode actuar, no entanto, “criando maiores perspectivas para atrair”, o mesmo é dizer “oferecer condições atractivas” como por exemplo “apresentar curriculum modernos”.
Outro aspecto que mereceu consenso entre a audiência, e que foi reforçado pelo Reitor, foi o da mobilidade dos estudantes dentro da Instituição UL. Esse desígnio exige efectiva comunicação, de modo a facultar conhecimento sobre as metodologias de aprendizagem e informação actualizada sobre todos os sistemas de funcionamento de acesso e de participação nas diferentes modalidades de oferta. Em suma, a UL não deve descurar a formação de base, de 1º ciclo. Voltou a ser matéria de reflexão o significado da universidade baseada na investigação, o que não significa a sua transformação em instituições de investigação em exclusividade, mas sim no ensinar com base no que se faz (investiga) e no aprender fazendo.
O significado do título escolhido para o debate foi motivo de apreciação pelo segundo orador, Dr. Luís Fernandes, que perspectivou o bem-estar dos estudantes num modo mais geral que extravasa os Serviços de Acção Social. Deu o exemplo das Bibliotecas e locais de aprendizagem (dimensões apresentadas no Self-Evaluation Report da UL e nos Anexos ao relatório) cujos horários, se mais alargados, permitiriam a frequência de todos e, principalmente, dos que são de fora de Lisboa.
A “centralidade de um gabinete de apoio ao estudante de natureza neutra”, com vantagem de não reconhecimento por parte de docentes mais próximos, gerou também aceitação pelos presentes. Luís Fernandes apresentou as vantagens da “criação de um centro de convívio de docentes” fomentador de ideias de práticas de bem-estar na UL.
O acompanhamento do estudante estrangeiro foi outro tema que mereceu concordância em ser integrado por alguma estrutura central na UL . A este propósito, a Doutora Luísa Cerdeira mencionou a ideia de haver na UL a Loja de Estudante com as vantagens de ser um local que responderia e resolveria muitas das necessidades da vida estudantil universitária.
O nosso Reitor recordou o centro de recursos partilhados, uma das medidas do seu mandato, e deixou o desafio de que é necessário saber ler a UL.
Uma das grandes questões actuais é a da comunicação, isto é, como chegar a todos os seus membros, atempadamente. Como questionado pelo nosso Reitor este é um grande desafio para resolver brevemente.
André Caldas centrou-se no domínio da participação dos estudantes na garantia da qualidade como meio de conduzir à satisfação e, necessariamente, ao bem-estar. Uma avaliação interna contínua e participada pelos, e com, os estudantes conduzirá a programas renovados e atractivos, como acima referido. Estudantes participativos na garantia da qualidade significa que os resultados sejam atempadamente conhecidos e as alterações necessárias efectuadas para o melhoramento do bem-estar na UL. Naturalmente que estes processos serão posteriormente sujeitos à avaliação externa que, com toda a pertinência André Caldas acentuou, não devem, como no passado, ser punitivos.
Carlota Saldanha perguntou se os estatutos da carreira docente contemplam, para além das actividades de investigação e pedagógicas, a vertente da gestão e se a mesma é contemplada em concursos públicos. Esta pergunta surge no contexto do envolvimento docente em operar em sistemas de garantia de qualidade que, pela observação do que acontece noutras latitudes, necessita de uma dedicação quase exclusiva.
Depois de se congratular com o desenrolar do debate, Ana Nunes de Almeida focou algumas necessidades para enriquecer e concertar estratégias de intervenção: a universidade não deve ser encarada apenas como um espaço de instrução mas como um espaço de vida, de vivência da condição juvenil (desde logo no 1º ciclo); a UL é composta por unidades orgânicas com características internas díspares e frequentadas por estudantes com origens sociais muito heterogéneas; a actividade pedagógica dos docentes deve ser avaliada – mas que indicadores escolher?
Podemos anunciar que o 2º debate “O Bem-Estar dos Funcionários na UL” ocorrerá a 3 de Junho e serão oradores David Xavier (FMUL), Fonseca e Castro (Conselho Geral) e Ricardo Reis (FLUL). O 3º ocorrerá na penúltima semana de Junho com o título “O Bem-Estar dos Docentes e Investigadores na UL”.
Debate durante a sessão; André Caldas, Luís Fernandes, Prof. Doutor António Nóvoa e Bernardo Vidal
Carlota Saldanha