Mais e Melhor
Dia Solidário 2016 - Quinta Pedagógica dos Olivais
No passado dia 15 de abril, realizou-se mais um Dia Solidário, data em que a FMUL junta esforços em prol da solidariedade social, através da ajuda prestada a outras instituições.
Este ano, a escolha da Faculdade de Ajudar recaiu sobre a Quinta Pedagógica, local privilegiado ao serviço da comunidade Lisboeta, e que todos os anos acolhe largos milhares de visitantes, com destaque para as crianças, que têm neste espaço a oportunidade de conhecer de perto animais de quinta.
A Quinta Pedagógica promove, sobretudo junto do público mais jovem, a Educação Ambiental e também algumas práticas que são herança do nosso património cultural.
Como destacámos no convite dirigido a toda a comunidade, “… a Assembleia da República declarou 2016 como o ano nacional de combate ao desperdício alimentar …, sendo que uma das medidas apresentadas prende-se com o “incentivo à compra de bens alimentares em mercados de proximidade, nomeadamente no que respeita a produtos perecíveis", o que nos leva a reflectir sobre os produtos biológicos, a promoção das hortas urbanas, as compras nos mercados locais versus grandes superfícies, o incentivo ao consumo local, entre outros.”
Os participantes dividiram-se, como costuma acontecer, em grupos e em actividades de exterior e interior, que foram naturalmente condicionadas pela chuva que se fez sentir ao longo de todo o dia, e incluíram: Preparação e confecção de bolinhos tradicionais portugueses, confecção de material decorativo, limpeza e preparação dos prados e estábulos, varredura de caminhos e limpeza de bancos mesas e outros equipamentos de lazer, monda de canteiros e alguns pequenos arranjos de jardinagem, limpeza e preparação dos adereços e materiais para gincana.
"Este ano foi a Quinta Pedagógica dos Olivais a eleita para a realização do Dia Solidário da FMUL que se realizou no dia 15 de abril.
A nossa colaboração teve como principal objetivo associarmo-nos aos preparativos para a comemoração do 20º Aniversário da Quinta Pedagógica que se celebrou no passado dia 16 de abril.
As várias atividades a realizar foram distribuídas por cada grupo, constituído pelos participantes da FMUL, que tinham como missão por exemplo, a limpeza dos caminhos e canteiros, tratar da horta, tratar dos animais, arranjo da exposição dedicada ao evento, decorar os espaços e atividades culinárias.
Na manhã deste dia a meteorologia não ajudou principalmente aos elementos que tinham as suas funções ao ar livre, como foi o meu caso. Até à hora do almoço choveu bastante o que nos obrigava algumas vezes a recolher em pequenos abrigos de madeira.
Depois de almoço o tempo melhorou bastante o que permitiu ficarmos a conhecer melhor a quinta, os vários produtos cultivados na horta e os inúmeros animais lá existentes tanto de pequeno como de grande porte.
É de salientar a disponibilidade e auxílio por parte da equipa da Quinta Pedagógica na integração dos membros da FMUL nas várias atividades que tinham que executar.
Por fim, foi-nos oferecido um lanche de confraternização com todos os elementos da FMUL e as funcionárias da Quinta onde nos foi possível ficar a conhecer outras vivências assim como o modo de funcionamento deste espaço.
Não quero deixar de referir a importância deste tipo de eventos dando-nos a possibilidade de reunirmos, comunicarmos e convivermos com outros colegas da FMUL que de outro modo não nos era possível."
Maria de Lurdes Barata
"Certamente que as vivências de um evento como o “Dia Solidário” num local como a Quinta Pedagógica variam individualmente, não só pela diversidade de experiências pessoais, como pela multiplicidade de tarefas que nos foram atribuídas no próprio evento, agrupados em pequenas equipas ou até por vezes convidados a atuarmos a “solo”.
Para além da alteração da rotina, que muito bem ao ânimo me fez, destaco o saudável e profícuo convívio com os colegas que se envolveram nesta atividade, ou a prática de tarefas relacionadas com o quotidiano rural, algumas das quais constituíram uma completa novidade para mim.
Por uma horas senti-me um “homem do campo” e aprendi várias lides e muitos ensinamentos sobre o tratamento de cabras e ovelhas… com a vantagem de não ter que lidar com o “peso da obrigação”, ou seja, o facto de ser voluntário e ter consciência de que (infelizmente) no dia seguinte não teria o dever de tratar estar envolvidos nas tarefas para onde fui destacado, funcionou como um bálsamo retemperador, ao nível da descontração sentida num fim de semana prolongado.
E foi de facto uma atividade solidária?
Para mim foi, claramente.
Não daquela forma tão óbvia como ajudar a construir uma escola numa aldeia perdia nos confins mais remotos da civilização, ou como o heroísmo de contribuir para desencarcerar uma vítima soterrada após um sismo e trazê-la com alegria para o primeiro dia do resto da sua vida… mas, parafraseando William Shakespeare, que há escassos dias esteve de novo na moda, «sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos», ou seja, não é preciso ajudarmos a salvar o mundo para que nos possamos sentir recompensados pelo nosso contributo solidário, basta por vezes ajudar um idoso a atravessar a rua, transmitir uma direção a uma pessoa perdida ou contribuir para aliviar o trabalho do próximo.
E foi essa uma das virtudes deste dia bem passado, sinto que também contribui para aliviar o trabalho das pessoas que, por obrigação e diariamente, fazem aquilo que eu fiz por elas, libertando-as para os (muitos) preparativos da festa que iria ter lugar no dia seguinte."
Miguel Andrade
André Silva
Faculdade de Ajudar
faculdadedeajudar@medicina.ulisboa.pt
Este ano, a escolha da Faculdade de Ajudar recaiu sobre a Quinta Pedagógica, local privilegiado ao serviço da comunidade Lisboeta, e que todos os anos acolhe largos milhares de visitantes, com destaque para as crianças, que têm neste espaço a oportunidade de conhecer de perto animais de quinta.
A Quinta Pedagógica promove, sobretudo junto do público mais jovem, a Educação Ambiental e também algumas práticas que são herança do nosso património cultural.
Como destacámos no convite dirigido a toda a comunidade, “… a Assembleia da República declarou 2016 como o ano nacional de combate ao desperdício alimentar …, sendo que uma das medidas apresentadas prende-se com o “incentivo à compra de bens alimentares em mercados de proximidade, nomeadamente no que respeita a produtos perecíveis", o que nos leva a reflectir sobre os produtos biológicos, a promoção das hortas urbanas, as compras nos mercados locais versus grandes superfícies, o incentivo ao consumo local, entre outros.”
Os participantes dividiram-se, como costuma acontecer, em grupos e em actividades de exterior e interior, que foram naturalmente condicionadas pela chuva que se fez sentir ao longo de todo o dia, e incluíram: Preparação e confecção de bolinhos tradicionais portugueses, confecção de material decorativo, limpeza e preparação dos prados e estábulos, varredura de caminhos e limpeza de bancos mesas e outros equipamentos de lazer, monda de canteiros e alguns pequenos arranjos de jardinagem, limpeza e preparação dos adereços e materiais para gincana.
"Este ano foi a Quinta Pedagógica dos Olivais a eleita para a realização do Dia Solidário da FMUL que se realizou no dia 15 de abril.
A nossa colaboração teve como principal objetivo associarmo-nos aos preparativos para a comemoração do 20º Aniversário da Quinta Pedagógica que se celebrou no passado dia 16 de abril.
As várias atividades a realizar foram distribuídas por cada grupo, constituído pelos participantes da FMUL, que tinham como missão por exemplo, a limpeza dos caminhos e canteiros, tratar da horta, tratar dos animais, arranjo da exposição dedicada ao evento, decorar os espaços e atividades culinárias.
Na manhã deste dia a meteorologia não ajudou principalmente aos elementos que tinham as suas funções ao ar livre, como foi o meu caso. Até à hora do almoço choveu bastante o que nos obrigava algumas vezes a recolher em pequenos abrigos de madeira.
Depois de almoço o tempo melhorou bastante o que permitiu ficarmos a conhecer melhor a quinta, os vários produtos cultivados na horta e os inúmeros animais lá existentes tanto de pequeno como de grande porte.
É de salientar a disponibilidade e auxílio por parte da equipa da Quinta Pedagógica na integração dos membros da FMUL nas várias atividades que tinham que executar.
Por fim, foi-nos oferecido um lanche de confraternização com todos os elementos da FMUL e as funcionárias da Quinta onde nos foi possível ficar a conhecer outras vivências assim como o modo de funcionamento deste espaço.
Não quero deixar de referir a importância deste tipo de eventos dando-nos a possibilidade de reunirmos, comunicarmos e convivermos com outros colegas da FMUL que de outro modo não nos era possível."
Maria de Lurdes Barata
"Certamente que as vivências de um evento como o “Dia Solidário” num local como a Quinta Pedagógica variam individualmente, não só pela diversidade de experiências pessoais, como pela multiplicidade de tarefas que nos foram atribuídas no próprio evento, agrupados em pequenas equipas ou até por vezes convidados a atuarmos a “solo”.
Para além da alteração da rotina, que muito bem ao ânimo me fez, destaco o saudável e profícuo convívio com os colegas que se envolveram nesta atividade, ou a prática de tarefas relacionadas com o quotidiano rural, algumas das quais constituíram uma completa novidade para mim.
Por uma horas senti-me um “homem do campo” e aprendi várias lides e muitos ensinamentos sobre o tratamento de cabras e ovelhas… com a vantagem de não ter que lidar com o “peso da obrigação”, ou seja, o facto de ser voluntário e ter consciência de que (infelizmente) no dia seguinte não teria o dever de tratar estar envolvidos nas tarefas para onde fui destacado, funcionou como um bálsamo retemperador, ao nível da descontração sentida num fim de semana prolongado.
E foi de facto uma atividade solidária?
Para mim foi, claramente.
Não daquela forma tão óbvia como ajudar a construir uma escola numa aldeia perdia nos confins mais remotos da civilização, ou como o heroísmo de contribuir para desencarcerar uma vítima soterrada após um sismo e trazê-la com alegria para o primeiro dia do resto da sua vida… mas, parafraseando William Shakespeare, que há escassos dias esteve de novo na moda, «sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos», ou seja, não é preciso ajudarmos a salvar o mundo para que nos possamos sentir recompensados pelo nosso contributo solidário, basta por vezes ajudar um idoso a atravessar a rua, transmitir uma direção a uma pessoa perdida ou contribuir para aliviar o trabalho do próximo.
E foi essa uma das virtudes deste dia bem passado, sinto que também contribui para aliviar o trabalho das pessoas que, por obrigação e diariamente, fazem aquilo que eu fiz por elas, libertando-as para os (muitos) preparativos da festa que iria ter lugar no dia seguinte."
Miguel Andrade
André Silva
Faculdade de Ajudar
faculdadedeajudar@medicina.ulisboa.pt