Espaço Aberto
Mudar o país ou mudar de país? | Artigo de opinião do Prof. Doutor José Fernandes e Fernandes
Prof. Doutor José Fernandes e Fernandes
Director da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Mudar o país ou mudar de país?
"Na Saúde, como na Educação, impõe-se compromisso que ultrapasse as proclamações mais ideológicas e a ação a curto prazo, para se centrar nas reformas necessárias, sem as quais a própria sustentabilidade destes serviços públicos estará comprometida. A medicina do século XXI pressupõe organização centrada no doente que privilegia a integração de cuidados, a cooperação multidisciplinar e multiprofissional, tecnologia sofisticada, menor enfoque no hospital e na urgência e maior na intervenção ambulatória e preventiva da doença. Concentrar competências e recursos, em nome da qualidade e do melhor serviço aos doentes, encerramento de instituições excedentárias, planeamento em função de necessidades reais e para uma atuação moderna e cultura de avaliação e dever de accountability, serão com uma política meritocrática que dignifique os recursos humanos, os pilares indispensáveis dessa reforma, que é urgente. A outra dimensão da solução pertence ao domínio da responsabilidade individual e da cidadania. Por um lado, respeito pelos valores, apelo à excelência e, por outro, empenhamento cívico e exigência, com discussão informada, sem preconceitos, espírito de serviço e primazia do bem público. Mudar o país é difícil, mas é um desafio estimulante, requer coragem, persistência para alterar hábitos e comportamentos. Mudar de país, ver como se faz e depois voltar até pode ajudar!"
Fonte: Jornal Expresso
Consulte o artigo completo.
Director da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Mudar o país ou mudar de país?
"Na Saúde, como na Educação, impõe-se compromisso que ultrapasse as proclamações mais ideológicas e a ação a curto prazo, para se centrar nas reformas necessárias, sem as quais a própria sustentabilidade destes serviços públicos estará comprometida. A medicina do século XXI pressupõe organização centrada no doente que privilegia a integração de cuidados, a cooperação multidisciplinar e multiprofissional, tecnologia sofisticada, menor enfoque no hospital e na urgência e maior na intervenção ambulatória e preventiva da doença. Concentrar competências e recursos, em nome da qualidade e do melhor serviço aos doentes, encerramento de instituições excedentárias, planeamento em função de necessidades reais e para uma atuação moderna e cultura de avaliação e dever de accountability, serão com uma política meritocrática que dignifique os recursos humanos, os pilares indispensáveis dessa reforma, que é urgente. A outra dimensão da solução pertence ao domínio da responsabilidade individual e da cidadania. Por um lado, respeito pelos valores, apelo à excelência e, por outro, empenhamento cívico e exigência, com discussão informada, sem preconceitos, espírito de serviço e primazia do bem público. Mudar o país é difícil, mas é um desafio estimulante, requer coragem, persistência para alterar hábitos e comportamentos. Mudar de país, ver como se faz e depois voltar até pode ajudar!"
Fonte: Jornal Expresso
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