Decorreu, no passado dia 11 de Abril de 2014, mais um Dia Solidário da FMUL, iniciativa do Grupo Faculdade de Ajudar. Este ano, fomos até ao Instituto Superior de Agronomia (ISA).
Com cerca de 150 anos de existência, o ISA integrou a Universidade Técnica de Lisboa (UTL) a partir de 1930 e até 2013, altura em que, no contexto da fusão entre a UL e a UTL, passou a estar integrado na ULisboa.
Situado no coração de Lisboa, na Tapada da Ajuda, o ISA integra um parque botânico e ambiental com cerca de 100 ha, incluindo o Observatório Astronómico, para além de numerosas infra-estruturas ideais para a realização de eventos, como o auditório da Lagoa Branca ou o Pavilhão de Exposições. Possui uma flora de reconhecido interesse, que engloba largas centenas de espécies, num património que constitui um caso à parte, no contexto das universidades portuguesas. A forma como está integrado na natureza faz deste um espaço com características únicas.
A nossa missão era simples: livrar, na medida das possibilidades de um grupo de 34 pessoas trabalhando no espaço de poucas horas, uma pequena parcela dos terrenos do ISA de algumas espécies consideradas infestantes. Podemos dizer que foi um dia excepcionalmente bem passado, com um clima ameno e propício a estas lides.
A ideia foi desde a primeira hora bem acolhida pela Dra. Graça Pissarra, com quem fomos mantendo contacto. No terreno, fomos muito bem recebidos pelos colegas do ISA, nomeadamente pela Professora Teresa Vasconcelos e pelo Eng. Paulo Forte, que nos deram as boas vindas e orientaram o nosso trabalho.
Houve também lugar para uma conversa com a Eng. Joana Godinho, que, com um gosto e entusiasmo contagiantes, nos falou do mel (que o ISA também produz e vende nas suas instalações), o seu processo de fabrico e aplicações medicinais. Aprendemos que este alimento é na verdade de uma extraordinária riqueza, conforme atestado por diversos estudos científicos, tem um cada vez maior número de aplicações medicinais, incluindo, como substituto do açúcar, nas dosagens consideradas indicadas, em indivíduos diabéticos e pré-diabéticos. Conversámos também com o Eng. Nuno Costa sobre a própolis e sua diversidade de usos médicos e farmacológicos.
Quanto às nossas tarefas de “combate” às espécies infestantes, elas incidiram sobretudo sobre as opúncias, que deram o mote a uma divertida e aparentemente interminável série de comentários e anedotas: «Já apanhaste todas as opúncias?». Etc.
Foi mais um dia que nos fez pensar nas nossas possibilidades enquanto grupo de trabalho dedicado às questões de solidariedade social e que nos permitiu crescer e aprender.
Quanto ao ISA e a todos os colegas que tão entusiasticamente nos receberam, foi um prazer e um privilégio passar uma tarde convosco e aprender com a vossa experiência, num espaço com características únicas, tão parte integrante da natureza.
O trabalho e a vida no ISA parece-nos de facto diferente de todos os sítios por onde temos passado, e deixou-nos uma enorme vontade de voltar rapidamente. Até porque haverá sempre opúncias para apanharmos!
O Grupo Faculdade de Ajudar - FMUL - Abril de 2014
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