O desenvolvimento de projetos de investigação competitivos está intimamente ligado a parcerias e colaborações que possibilitem o estabelecimento de sinergias e a adequação dos parceiros ao know how necessário para cada tarefa. Num país das dimensões de Portugal, dificilmente esta rede de colaborações sólida e competitiva se pode cingir à comunidade científica nacional. É este também o caso do Instituto de Bioquímica da FMUL que, no conjunto dos artigos internacionais publicados entre 2009 e 2014 contou com a coautoria de investigadores de instituições de 16 países espalhados pela América, Ásia, Europa e Oceania: Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, Holanda, Índia, Itália, Portugal, Reino Unido, Singapura e Suíça.
O estabelecimento de parcerias internacionais tem também cada vez mais importâncias ao nível do estabelecimento de candidaturas conjuntas para financiamento pela União Europeia, bem como por agências de financiamento ou fundações estrangeiras (e.g., Programa Ciência Sem Fronteira, no Brasil e British Heart Foundation, no Reino Unido). A este nível merece destaque a presente coordenação por docentes-investigadores do Instituto de Bioquímica da FMUL de três projetos europeus: i) o projeto FP7 IAPP (Industry-Academia Partnerships and Pathways) PEP2BRAIN (coordenador: Miguel Castanho), reunindo um consórcio de cinco parceiros de três países, três universidades e duas empresas, que levou ao desenvolvimento de moléculas analgésicas variantes do neuropéptido endógeno quiotorfina, com elevada eficácia demonstrada em modelos animais (recentemente o estudo evoluiu no sentido da demostração clínica da quiotorfina como possível marcador de dor e molécula chave na relação com Doença de Alzheimer); ii) o projeto FP7 IRSES (International Research Staff Exchange Scheme) MEMPEPACROSS (coordenador: Nuno C. Santos), centrado na infeção pelo vírus da dengue e outros agentes patogénicos, bem como no desenvolvimento de novas estratégias para combater estas infeções, que envolve, para além de parceiros europeus, três instituições brasileiras (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fundação Oswaldo Cruz e Universidade Federal do Ceará); iii) o projeto HIVERA DELIN (coordenador: Miguel Castanho), na área do desenvolvimento e caracterização de novos inibidores de entrada do HIV-1, integrando outros grupos de investigação portugueses e parceiros da França e Roménia. A estes projetos financiados pela União Europeia no âmbito do seu 7.º Programa Quadro (FP7) ou pela ação conjunta de agências de financiamento dos seus estados membros (HIVERA), juntam-se três candidaturas bem sucedidas a Marie Curie Fellowships, após seleção europeia altamente competitiva, no âmbito de projetos de colaboração do Instituto de Bioquímica da FMUL com parceiros estrangeiros: National Cancer Institute dos National Institutes of Health (EUA), Universidade de Queensland (Austrália) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil).
A internacionalização do Instituto de Bioquímica da FMUL durante este último quinquénio fica ainda patente na sua procura por post-docs, alunos de doutoramento ou estagiários para desenvolvimento de trabalhos de investigação vindos nomeadamente da Argentina, Bélgica, Brasil, Grécia, Itália, República Checa, Sérvia, Taiwan e Venezuela.
Consulte neste mapa (Google) as parcerias internacionais desenvolvidas pelo IB (2009-2014).