Mais e Melhor
Alimentação no Doente Oncológico
A Ciência ao Encontro da Clínica - Publicação do livro Alimentação no Doente Oncológico - Distribuição gratuita para doentes e profissionais de saúde.
A alimentação pode ser essencial no sucesso da recuperação dos doentes oncológicos. Foi com o objectivo de ajudar estes doentes que duas investigadoras e Docentes da Unidade de Nutrição e Metabolismo do Instituto de Medicina Molecular (IMM), Paula Ravasco e Maria Ermelinda Camilo, publicaram recentemente um livro sobre a “Alimentação no Doente Oncológico”. A publicação reúne um conjunto de recomendações nutricionais baseadas em evidência científica, escritas numa linguagem clara e acessível tanto para profissionais como para doentes e familiares, e tem como primeira prioridade a distribuição gratuita em Centros Hospitalares e Centros de Saúde. O projecto em que se insere é de carácter nacional, tendo financiamento privado através da Bayer Schering Pharma Portuguesa, empresa que faz também a distribuição da publicação para quem o solicite.
“O objectivo deste livro é informar os doentes e profissionais de saúde que lidam com doentes oncológicos, de como poderão manter uma ingestão nutricional adequada aos possíveis sintomas que surjam decorrentes de tratamentos como a radioterapia e/ou quimioterapia”, revela Paula Ravasco. “Acima de tudo, pretendemos ajudar os doentes a manter e melhorar o seu estado nutricional, a sua tolerância aos tratamentos e a sua Qualidade de Vida”, prossegue a investigadora.
A alimentação é uma questão base para os doentes com cancro e são frequentes os problemas associados à desnutrição. A doença e os tratamentos contribuem para a falta de apetite, alterações do paladar e cheiro dos alimentos, náuseas, vómitos, dificuldades na deglutição, e mesmo repugnância por alguns alimentos. Como consequência, 65 a 70% dos doentes oncológicos podem vir a perder peso de forma significativa. “Uma alimentação equilibrada e adaptada individualmente a cada doente, melhora a tolerância aos efeitos secundários nocivos dos tratamentos, contribuindo para reduzir a morbilidade e potencialmente melhorando a resposta às terapêuticas e mesmo o prognóstico da doença. De acordo com ensaios clínicos que temos vindo a realizar, há uma melhoria efectiva da ingestão e estado nutricionais, da tolerância aos tratamentos e da Qualidade de Vida em 85% dos casos”, explica a investigadora Paula Ravasco.
Os tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia estão associados a efeitos secundários e a nutrição pode influenciar o processo de tratamento. Sendo a única coisa que o doente pode controlar, a alimentação é considerada essencial para manter uma vida activa e conseguir enfrentar os efeitos secundários das terapêuticas. Desta forma, o aconselhamento nutricional deve ser integrado no tratamento global da doença oncológica, sendo revisto regularmente e adequado às condições dos doentes. Por exemplo, em situações de perda de peso significativa, o reforço da dieta com alimentos calóricos e protéicos é uma das estratégias para optimizar a ingestão e a Qualidade de Vida. “A dieta mais adequada para este tipo de doentes é obrigatoriamente individualizada, porque cada doente é diferente. Cada pessoa tem os seus hábitos, preferências, gostos e cada doente reage de maneira diferente à sua doença e aos tratamentos” refere Paula Ravasco.
Esta iniciativa é um bom exemplo de como a investigação básica e clínica podem ter implicações directas na saúde e na vida das pessoas. Este é, aliás, um dos objectivos da Unidade de Nutrição e Metabolismo, que faz convergir a investigação clínica e a investigação de translação na área da Nutrição. Actualmente, a Unidade desenvolve vários projectos de investigação em áreas como a nutrição e o cancro, a malnutrição associada à doença, nutrição e Qualidade de Vida, disfunções metabólicas, nutrição e modulação da doença, polimorfismos genéticos, entre outras.
Cheila Almeida
Marta Agostinho (marta-elisa@fm.ul.pt)
Unidade de Comunicação e Formação
Instituto de Medicina Molecular
http://www.imm.ul.pt
![Livro Alimentação para o Doente Oncológico](http://news.medicina.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2009/03/Livro_v2.jpg)
“O objectivo deste livro é informar os doentes e profissionais de saúde que lidam com doentes oncológicos, de como poderão manter uma ingestão nutricional adequada aos possíveis sintomas que surjam decorrentes de tratamentos como a radioterapia e/ou quimioterapia”, revela Paula Ravasco. “Acima de tudo, pretendemos ajudar os doentes a manter e melhorar o seu estado nutricional, a sua tolerância aos tratamentos e a sua Qualidade de Vida”, prossegue a investigadora.
A alimentação é uma questão base para os doentes com cancro e são frequentes os problemas associados à desnutrição. A doença e os tratamentos contribuem para a falta de apetite, alterações do paladar e cheiro dos alimentos, náuseas, vómitos, dificuldades na deglutição, e mesmo repugnância por alguns alimentos. Como consequência, 65 a 70% dos doentes oncológicos podem vir a perder peso de forma significativa. “Uma alimentação equilibrada e adaptada individualmente a cada doente, melhora a tolerância aos efeitos secundários nocivos dos tratamentos, contribuindo para reduzir a morbilidade e potencialmente melhorando a resposta às terapêuticas e mesmo o prognóstico da doença. De acordo com ensaios clínicos que temos vindo a realizar, há uma melhoria efectiva da ingestão e estado nutricionais, da tolerância aos tratamentos e da Qualidade de Vida em 85% dos casos”, explica a investigadora Paula Ravasco.
Os tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia estão associados a efeitos secundários e a nutrição pode influenciar o processo de tratamento. Sendo a única coisa que o doente pode controlar, a alimentação é considerada essencial para manter uma vida activa e conseguir enfrentar os efeitos secundários das terapêuticas. Desta forma, o aconselhamento nutricional deve ser integrado no tratamento global da doença oncológica, sendo revisto regularmente e adequado às condições dos doentes. Por exemplo, em situações de perda de peso significativa, o reforço da dieta com alimentos calóricos e protéicos é uma das estratégias para optimizar a ingestão e a Qualidade de Vida. “A dieta mais adequada para este tipo de doentes é obrigatoriamente individualizada, porque cada doente é diferente. Cada pessoa tem os seus hábitos, preferências, gostos e cada doente reage de maneira diferente à sua doença e aos tratamentos” refere Paula Ravasco.
Esta iniciativa é um bom exemplo de como a investigação básica e clínica podem ter implicações directas na saúde e na vida das pessoas. Este é, aliás, um dos objectivos da Unidade de Nutrição e Metabolismo, que faz convergir a investigação clínica e a investigação de translação na área da Nutrição. Actualmente, a Unidade desenvolve vários projectos de investigação em áreas como a nutrição e o cancro, a malnutrição associada à doença, nutrição e Qualidade de Vida, disfunções metabólicas, nutrição e modulação da doença, polimorfismos genéticos, entre outras.
Cheila Almeida
Marta Agostinho (marta-elisa@fm.ul.pt)
Unidade de Comunicação e Formação
Instituto de Medicina Molecular
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