Reportagem / Perfil
Instituto de Medicina Molecular | Celebrando Dez Anos de Investigação Científica
Medir o tempo é uma actividade tipicamente humana e os aniversários são momentos para questionar o que fazemos do tempo, como o valorizamos, como lhe escapamos ou como o usamos para transformar as nossas vidas. Este ano, o Instituto de Medicina Molecular (IMM) celebra a viragem da sua primeira década de vida e, naturalmente, também nós olhamos para trás a pensar no futuro. A forma como o Instituto nasceu foi profundamente marcante para a sua mentalidade. O IMM nasceu da fusão de cinco unidades de investigação dispersas na Faculdade de Medicina, num esforço de unir sinergias e romper com a cultura “feudal”, que tanto alimenta egos individuais, como bloqueia o progresso científico. Outro marco indelével é o facto de o IMM estar embebido num grande hospital universitário, possibilitando aos médicos investigar e, aos investigadores, um contacto directo com os problemas reais da medicina.
Sabíamos que tínhamos de atingir uma massa crítica de cientistas, antes de conseguir traduzir a nossa ciência em mais-valia junto dos doentes. Por isso, sempre foi nossa preocupação atrair mentes brilhantes e fixar talentos. Hoje, o Instituto emprega 660 pessoas, das quais 480 investigadores – incluindo estrangeiros de 30 nacionalidades e quatro continentes, que viram o IMM como uma etapa importante da sua carreira profissional.
O caminho percorrido nesta primeira década deu frutos – somos, indiscutivelmente, um dos principais centros de investigação do país, reconhecido internacionalmente e com um portfolio de descobertas científicas de que nos orgulhamos. Por exemplo, no IMM descobrimos mutações genéticas causadoras de leucemia e genes associados ao risco de acidente vascular cerebral na população portuguesa; desenvolvemos uma nova estratégia para inibir a replicação do vírus da dengue e descobrimos um novo tratamento para a sepsis; demonstramos pela primeira vez a existência de uma ligação molecular entre a infecção por malária e as vias de absorção do colesterol; desenvolvemos uma estratégia inovadora para uma vacina contra a malária e identificamos novas vias de combate ao cancro pelo sistema imunológico.
A internacionalização, a interface com empresas e indústrias e o confronto entre várias áreas do saber são as nossas apostas para a próxima década. Queremos que as nossas unidades de investigação se tornem ainda mais maleáveis, mais ousadas e mais úteis aos portugueses.
Mas não é possível planear a próxima década sem a sociedade, que somos todos. Por isso, neste ano de aniversário, convidamos cidadãos, escolas e hospitais, sociedades médicas e associações de doentes, governantes e empresários a conhecerem-nos mais de perto e a fazerem parte da nossa ciência para os anos que aí vêm. Porque o que fazemos é assunto de todos.
Maria do Carmo-Fonseca
Directora do IMM e Professora da Universidade de Lisboa
Sabíamos que tínhamos de atingir uma massa crítica de cientistas, antes de conseguir traduzir a nossa ciência em mais-valia junto dos doentes. Por isso, sempre foi nossa preocupação atrair mentes brilhantes e fixar talentos. Hoje, o Instituto emprega 660 pessoas, das quais 480 investigadores – incluindo estrangeiros de 30 nacionalidades e quatro continentes, que viram o IMM como uma etapa importante da sua carreira profissional.
O caminho percorrido nesta primeira década deu frutos – somos, indiscutivelmente, um dos principais centros de investigação do país, reconhecido internacionalmente e com um portfolio de descobertas científicas de que nos orgulhamos. Por exemplo, no IMM descobrimos mutações genéticas causadoras de leucemia e genes associados ao risco de acidente vascular cerebral na população portuguesa; desenvolvemos uma nova estratégia para inibir a replicação do vírus da dengue e descobrimos um novo tratamento para a sepsis; demonstramos pela primeira vez a existência de uma ligação molecular entre a infecção por malária e as vias de absorção do colesterol; desenvolvemos uma estratégia inovadora para uma vacina contra a malária e identificamos novas vias de combate ao cancro pelo sistema imunológico.
A internacionalização, a interface com empresas e indústrias e o confronto entre várias áreas do saber são as nossas apostas para a próxima década. Queremos que as nossas unidades de investigação se tornem ainda mais maleáveis, mais ousadas e mais úteis aos portugueses.
Mas não é possível planear a próxima década sem a sociedade, que somos todos. Por isso, neste ano de aniversário, convidamos cidadãos, escolas e hospitais, sociedades médicas e associações de doentes, governantes e empresários a conhecerem-nos mais de perto e a fazerem parte da nossa ciência para os anos que aí vêm. Porque o que fazemos é assunto de todos.
Maria do Carmo-Fonseca
Directora do IMM e Professora da Universidade de Lisboa