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News nº
36
Setembro 2013
(Visite a edição completa)
Reportagem / Perfil
Entrevista Prof.ª Doutora Maria do Carmo-Fonseca, Directora do Instituto de Medicina Molecular
 

Na comemoração do 10º Aniversário do Instituto de Medicina Molecular, a Prof.ª Doutora Carmo-Fonseca deu-nos uma entrevista em que nos fala da génese do Instituto, do seu sucesso e dos projectos para o futuro.


1. O Instituto de Medicina Molecular foi criado a partir de centros da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Como decorreu este processo de “fusão”? 

O nascimento do Instituto de Medicina Molecular (IMM) foi a resposta dada a um desafio lançado, no final dos anos 90, pelo Ministério da Ciência. Este desafio consistia na criação de grandes centros de investigação por todo o País e em todas as áreas do conhecimento. A palavra-chave para estes novos centros, denominados Laboratórios Associados, era alcançar uma massa crítica de investigadores. Ou seja, um Laboratório Associado teria de ser um centro de dimensões maiores do que qualquer uma das unidades de investigação que até então existiam na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL). Deu-se então inicio, dentro da FMUL, a um processo de análise, discussão e negociação entre os diretores das unidades de investigação que tinham classificação de muito bom a excelente de acordo com as avaliações feitas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). As conversações correram bem e, de forma unânime, todos reconheceram as vantagens de transformar os vários pequenos centros existentes num Laboratório Associado da FMUL. Este processo, que decorreu entre os anos de 2000 e 2001, culminou com a criação do Laboratório Associado denominado Instituto de Medicina Molecular (IMM).


2. Posteriormente, como decorreu a interligação com a área clínica, nomeadamente o contacto direto com os problemas reais da medicina? 

Entre os centros que inicialmente se fundiram para originar o IMM já havia um forte componente de investigação clínica, em particular nas áreas da Neurologia, SIDA e Nutrição. Contudo, o que representou a grande mudança no IMM foi a vinda de jovens investigadores treinados nos melhores centros do mundo. Estes jovens trouxeram um novo espírito, outras maneiras de pensar e mais competências. Durante os primeiros anos da vida do IMM apostamos no recrutamento de investigadores de excelência, independentemente da sua área de especialização. Depois, as interações com os clínicos, sobretudo do Hospital de Santa Maria, começaram a surgir natural e espontaneamente. O resultado tem sido um alargamento progressivo das especialidades clínicas em que se faz investigação no IMM, sendo de salientar a Reumatologia, Oncologia, Dermatologia, Hematologia, Genética e Cirurgia. Outro fator muito importante para o desenvolvimento da investigação feita por clínicos no IMM foi o reconhecimento do estatuto de médico-investigador pelos Ministérios da Saúde e da Ciência e a criação de programas doutorais especificamente dedicados a médicos, em particular o programa patrocinado pela Fundação Gulbenkian.


3. Recentemente, houve uma restruturação nas Unidades de Investigação do IMM. Qual a aposta? 

Esta restruturação reflete as mudanças de “personalidade” que o IMM foi adquirindo ao longo destes primeiros 10 anos de vida. O Instituto é hoje muito diferente daquele que foi criado em 2002. A organização das unidades de investigação estava obsoleta! Uma das características mais relevante da desatualização que vivíamos era a falta de adaptação à integração de novas áreas de investigação, em particular vindas da clínica. No início os grupos de investigação estavam focados em neurociências, imunologia, nutrição, bioquímica e biologia molecular. Entretanto vieram para o IMM novos investigadores com outras ideias e outros interesses. Hoje damos enorme importância à multi-disciplinaridade e à comunicação entre investigadores com diferentes competências e diferentes pontos de vista. Por isso adotamos uma estrutura muito mais flexível. Não queremos espartilhar a investigação por áreas. Não temos áreas prioritárias, mas sim projetos de investigação que ano após ano evoluem com as pessoas que cá trabalham. A nossa aposta de investigação visa resolver problemas medicamente relevantes, e qualquer projeto, desde que tenha alta qualidade científica, é muito bem-vindo.


4. O Instituto de Medicina Molecular é muito competitivo a nível nacional e internacional. Ao que se deve o sucesso do Instituto? 

Às pessoas. Porque em Ciência, para obter financiamento, é preciso submeter as nossas ideias a um apertado escrutinio. Cada projeto é comparado com os projetos apresentados por outros cientistas. Só os melhores são aprovados. O sucesso do IMM reflete o sucesso dos seus investigadores na luta constante pela angariação de investimento.


5. Como é que em Portugal se olha para a investigação? Nomeadamente, a investigação nacional? 

Felizmente a sociedade portuguesa acredita no valor da investigação nacional. Este sentimento é em grande parte resultado de um trabalho de fundo desenvolvido ao longo de vários anos pelos sucessivos responsáveis pelas políticas de Ciência, em particular por Mariano Gago. A sociedade portuguesa reconhece a importância da investigação e há que realçar que a Ciência é um dos elementos mais importantes no desenvolvimento de um país a nível geral.
É muito importante contrariar ativamente quem diz que a investigação é cara e por isso Portugal poderia poupar alguns euros, deixando a investigação ser feita apenas nos países mais ricos. Esta ideia é errada pois quem faz as descobertas é quem depois as explora e as desenvolve. Pensarmos que vamos ficar subalternizados a descobertas feitas noutros países seria uma sentença de subdesenvolvimento para Portugal. É fundamental continuar a apoiar iniciativas de comunicação do valor da Ciência para o desenvolvimento do nosso país. E, claro, esta atitude que tem de ser refletida no apoio do Estado português aos fundos para a Ciência.


6. Quais expectativas para o futuro? Para os próximos 10 anos? 

Continuar a crescer e sermos ainda melhores. Temos uma limitação imposta pelo espaço, pelo que não podemos continuar a crescer indefinidamente. Por enquanto ainda estamos em fase de crescimento, mas estamos conscientes que é preciso manter sempre uma política de renovação, com linhas e projetos que vão sendo descontinuados para dar lugar a outros novos.
A nossa aposta para os próximos anos é diversificar ainda mais as áreas nas quais o IMM desenvolve investigação. Contamos, assim, aumentar ainda mais a nossa capacidade para atrair fundos, tornando-nos mais independentes do financiamento do Estado português.
Importa realçar que a crise atual não assusta os cientistas portugueses, particularmente os jovens que têm estado a ser formados e treinados no estrangeiro. Os cientistas são pessoas muito racionais e pragmáticas: estão conscientes de que a crise sentida em Portugal é proporcional ao que existe noutros países. Então, porque não regressar a Portugal e contribuir para o seu desenvolvimento? É esta a mentalidade que temos encontrado. O IMM é reconhecido pelos investigadores portugueses no estrangeiro como uma oportunidade para continuar a desenvolver o seu trabalho em Portugal. Estamos constantemente a receber visitas de investigadores portugueses que querem voltar e nos questionam se podem vir para o IMM, sabendo que o nosso processo de seleção é extremamente rigoroso.
Por todas estas razões, estamos muito otimistas em relação ao futuro. Acreditamos que no IMM se vai desenvolver mais e melhor investigação em todas as áreas relevantes para a Medicina.
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