Reportagem / Perfil
Entrevista a Maria Guilhermina Pereira, Presidente da AEFML
No início do ano lectivo 2013/2014, a Newsletter institucional dá a conhecer Maria Guilhermina Pereira, a nova Presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (AEFMUL).
1. Quais os principais desafios, projectos e actividades da AEFMUL para 2013/2014?
A AEFMUL tem um desafio muito grande, que é o de ser a voz de 2400 alunos. Somos 29 e contamos com a colaboração de todos.
Iremos defender os direitos dos estudantes de Medicina enquanto alunos da FMUL e enquanto futuros médicos. Vamos criticar de forma construtiva as várias metodologias de ensino e de avaliação, vamos promover um rácio tutor:aluno cada vez maior, vamos defender melhores condições no acesso à especialidade e muito mais…
Este ano, o nosso maior objectivo é criar mais espaços de estudo. Será construída uma sala, reservada aos estudantes da FMUL, de modo a melhorar o rácio aluno:mesa de estudo.
Daremos, também, continuidade às grandes actividades como o Hospital dos Pequeninos ou as Olimpíadas da Medicina, conhecidas por todos. Mas vamos também inovar! Estamos a desenvolver o projecto “Saúde e Companhia”, que consiste em levar os cuidados de Saúde Primários mais perto da população e dar um pouco de nós a pessoas com dificuldades, sobretudo de mobilidade.
Outro grande projecto, trata-se do “Ponto de Encontro”, em que os idosos oferecem um espaço da sua casa a um estudante, em troca de companhia durante o ano lectivo.
Para além destas, temos ainda planeadas muitas outras actividades, que poderão ser acompanhadas através do nosso site http://www.aefml.pt.
2. Quais serão, previsivelmente, os maiores obstáculos a transpor?
Temos um ano muito atarefado pela frente. Propusemo-nos a crescer muito e tudo faremos nesse sentido. O maior obstáculo será o de coordenar e organizar todas as actividades, juntamente com o ser Estudante de Medicina. No entanto, iremos usá-lo como estímulo para trabalhar e para, com determinação, fazer mais pelos nossos colegas.
3. Como caracteriza o envolvimento e participação dos alunos da FMUL nas iniciativas e actividades da AEFML?
Os alunos da FMUL aproveitam as várias oportunidades formativas que a Associação proporciona, desde os estágios em férias, CEMEFs, intercâmbios científicos e clínicos, Workshop de Suturas, entre muitos outros. Mas não se ficam apenas pela Medicina! Gostam de participar em rastreios, envolvem-se em projectos de voluntariado, interessam-se pela organização das respectivas actividades, inscrevem-se em cursos não médicos, como cursos de línguas, massagens, danças de salão, e, principalmente, aderem às actividades culturais e recreativas em grande número, o que, a meu ver, é um dos factores que leva a que tenhamos uma união entre colegas de curso muito mais forte do que em muitas outras faculdades do país.
4. Como caracteriza a relação da AEFML com a FMUL e com o Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML)?
Existe uma relação de proximidade cada vez maior entre a AEFML e a FMUL. Este facto é de extrema importância, uma vez que ambas partilham um objectivo comum: o de apoiar e defender os estudantes desta Faculdade. Não faz sentido existir uma separação, estando a ser desenvolvido um trabalho conjunto, de modo a podermos agir em sinergia. Exemplo disso é o aumento do número de actividades que se têm realizado em conjunto.
Já o Instituto de Medicina Molecular assume-se também como um interveniente fundamental no CAML, pelo que uma relação de cooperação entre o IMM e a AEFML é profícua para ambas as partes. Com este propósito, promovemos quer os Estágios de Iniciação à Investigação Científica, quer o Dia da Investigação (anterior Seminário de Oportunidade em Investigação Científica), e divulgamos o seu trabalho junto de estudantes estrangeiros oriundos de todo o mundo, através dos Estágios de Intercâmbio Científico. Contudo, ainda há espaço para melhorar, nomeadamente através da divulgação de mais projectos e do incentivo dos colegas para a investigação, por exemplo, no âmbito do projecto LabMeetings.
Quanto ao Hospital de Santa Maria, penso que tem vindo a ser estabelecido um espírito de abertura para com os estudantes, na procura de dar resposta às suas necessidades. A AEFML dispõe-se a trabalhar activamente quer com o Centro Hospitalar Lisboa Norte, quer com as entidades a si associadas, através da promoção e dinamização de rastreios e através do apelo ao voluntariado por parte dos nossos colegas.
Em suma, o CAML proporciona um universo de oportunidades a nível formativo e uma grande diversidade de material de aprendizagem, representando um papel indispensável para o nosso crescimento enquanto futuros profissionais de saúde.
5. A Universidade de Lisboa é agora uma das maiores da Europa, com a fusão da UL com a UTL. Como vê esta fusão, quais as vantagens desta estrutura em termos de mais valias para os alunos?
Os alunos da FMUL ganham com as oportunidades de investigação, podem receber acompanhamento por parte de equipas multidisciplinares, podendo também integrar as mesmas e têm, ainda, facilidades a nível de mobilidade interna e externa. E, adicionalmente, possibilita-se também, aos estudantes, formação em novas áreas, nomeadamente, pós-graduações, que abranjam os vários saberes.
A Universidade de Lisboa renasceu! Muito tem a ganhar. Juntamente com as unidades orgânicas da antiga Universidade Técnica de Lisboa, temos o potencial de chegar mais longe, de estar entre as melhores universidades da Europa. Todos ganhamos, o país cresce e a nossa Universidade voa “de Lisboa para o Mundo”.
6. O que é que os alunos poderão esperar de diferente desta nova direcção da AEFML?
Desta nova Direcção, poderão esperar abertura! Sempre! Se precisarem de algo, estamos ali ao lado, prontos a ajudar, disponíveis para ouvir uma crítica, uma sugestão, ideias diferentes. Quer dos alunos, quer dos funcionários da Faculdade, docentes e não docentes. Queremos crescer com todos, por todos. Seremos um elo de união e um reflexo daquilo que quiserem que nós sejamos. Por isso, contamos convosco.
Equipa Editorial
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