Notícias FMUL
A Reorganização dos Serviços Técnico-Administrativos da FMUL e os Novos Desafios de 2012
O Programa para o Mandato 2009 - 2012 do Director da Faculdade de Medicina definia como um dos objectivos prioritários promover a “modernização administrativa” da Faculdade, podendo-se destacar, dentre as medidas apontadas, as seguintes: i) “rentabilização de recursos humanos e concentração de capacidades e competências”, ii) desenvolvimento de “política de formação diferenciada contribuindo para a promoção de excelência no serviço prestado e adoptando inovação e criatividade, indispensável ao desenvolvimento estratégico da FMUL”; iii) incentivo à “participação em grupos de desenvolvimento técnico-administrativo no seio da Universidade de Lisboa como garantia de qualidade e referência técnica e contribuindo para a rentabilização e racionalização dos processos de gestão administrativa da UL”.
Estas medidas tornaram-se grandes linhas orientadoras dos sucessivos objectivos estratégicos apresentados nos Planos de Acção, contratualizados no instrumento de gestão QUAR - Quadro de Avaliação e Responsabilização, e traduzidos nos sucessivos Relatórios de Actividades, aprovados pela Assembleia da Faculdade.
As duas primeiras medidas permitiram a concretização de processos internos da Faculdade que foram desenvolvidos de 2009 a 2011. O sucesso da sua implementação, como se verá de seguida, potenciou o incremento da terceira medida, permitindo o desenvolvimento e o estreitamento da cooperação dos serviços da Faculdade de Medicina com os serviços da Universidade de Lisboa que, a partir do primeiro trimestre de 2012, se passará a processar em novos moldes, através de uma colaboração mais estreita com os Serviços Partilhados – SPUL que passarão a assegurar a gestão operacional de alguns dos nossos serviços.
Enunciaremos de seguida as principais actividades realizadas de 2009 a 2011 e as mudanças e que serão implementadas nos serviços da Faculdade de Medicina, a partir de 2012:
i) Procurar “rentabilizar recursos humanos e concentrar capacidades e competências”
A rentabilização dos recursos humanos, procurando concentrar capacidades e competências, foi prosseguida através de quatro grandes actividades:
a) a redefinição da estrutura orgânica dos serviços da Faculdade, promovida em 2009 e alterada em 2010, com a separação funcional entre áreas de Serviços de Gestão Central, Serviços Descentralizados e Assessorias Institucionais, foi um passo importante na adopção de estruturas organizacionais adequadas ao correcto funcionamento da escola e potenciou a correcta rentabilização dos recursos humanos existentes;
b) na sequência da reorganização dos serviços acima referida, destaque para a maior visibilidade que foi proporcionada aos Serviços Descentralizados - Pólos Administrativos (PA), como serviços de apoio às Clínicas Universitárias, aos Institutos e aos Laboratórios, cuja actuação se desenvolve em articulação com os directores das unidades estruturais e os serviços de gestão central; estes serviços assumem competências multidisciplinares, desdobrando-se por actividades de apoio ao ensino, aos alunos, aos docentes e de articulação com os restantes serviços da Faculdade; a criação da Coordenação dos Pólos Administrativosfoi um elemento chave na condução deste processo; actualmente, a criação do Núcleo Consultivo dos Pólos, e a criação de Equipas de trabalho para gestão e carregamento de informação no portal da Faculdade e na plataforma de e-learning Moodle, traduzem bem a mudança operada e a rentabilização de recursos humanos que se tem prosseguido;
Organograma
![](http://news.medicina.ulisboa.pt/wp-content/uploads/2012/01/Organograma_FMUL_2.png)
c) prosseguiram e foram estimuladas as actividades de parceria interna e de entrosamento entre os vários serviços da Faculdade, potenciando as competências específicas de cada sector e maximizando as mesmas através do desenvolvimento de vários tipos de colaboração como, por exemplo, i) prosseguiu a Newsletter que, com o presente número, atinge a 25.ª edição, fruto do trabalho de uma Equipa Editorial multidisciplinar, cujos membros asseguram a sua edição a par das restantes funções especificas que exercem nos serviços da Faculdade a que pertencem, ii) o novo serviço de Leitura óptica de exames (LOE) assegurado pela Equipa Multidisciplinar de Avaliação Interna e Garantia de Qualidade, cujo arranque contou com a colaboração da Coordenação dos Pólos Administrativos e com o apoio do Núcleo de Desenvolvimento do sector de informática, referido na edição n.º 23 e n.º 24 da Newsletter;.iii) a parceria entre a Área Académica e o Núcleo de Desenvolvimento do sector de informática que se traduziu em sete novas aplicações informáticas específicas, retratada na edição n.º 23 da Newsletter; iv) a parceria entre o Gabinete de Imagem e Comunicação, o Núcleo de Tecnologias e Informação, os Serviços Académicos e a Coordenação dos Pólos Administrativos para relançar, em novos moldes, a utilização da plataforma de e-learningMoodle, etc.
d) prosseguiram os processos de reformulação e reorganização administrativa de sectores da Faculdade de que o Núcleo de Instalações e Equipamentos e o Instituto de Formação Avançada são bons exemplos.
ii) Desenvolver uma “política de formação diferenciada contribuindo para a promoção de excelência no serviço prestado e adoptando inovação e criatividade, indispensável ao desenvolvimento estratégico da FMUL”
A Faculdade de Medicina reconhece que o seu principal bem e recurso são os seus colaboradores, pelo que tem apostado fortemente na sua formação, procurando que se tornem agentes activos de melhoria e mudança nos locais em que exercem as suas funções, contribuindo assim para a promoção de excelência no serviço prestado.
Ao longo deste período foi sendo proporcionada formação a diversos grupos profissionais, destacando-se os seguintes:
a) os dirigentes intermédios que têm vindo a frequentar o curso FORGEP – Programa de Formação em Gestão Pública, no Instituto Nacional de Administração, como forma de obterem o enquadramento teórico necessário e as ferramentas essenciais ao correcto exercício da sua actividade;
b) os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, grupo de colaboradores com conteúdos funcionais específicos, fundamentais ao ensino prático e produção científica, para quem foi organizada, em colaboração com o Núcleo de Recursos Humanos, uma acção sobre o tema “Aplicação Prática da Técnica PCR à Microbiologia “, envolvendo sete técnicos da área de análises clínicas e saúde pública; esta acção serviu de impulso para a realização do “Encontro dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica”, realizado a 11 de Novembro de 2011, no Grande Auditório da FMUL, que envolveu participantes de todo o país, provenientes das mais diversas áreas de intervenção;
c) os técnicos em áreas específicas de intervenção que necessitam de adquirir competências próprias, destacando-se o curso em plastinização, frequentado pelo Técnico Superior de Anatomia, durante 1 semana, em Murcia, permitindo assim dotar o futuro Teatro Anatómico de um técnico mais qualificado, em matéria de prática de ensino e variedade de peças disponíveis para ensino;
d) a formação de especialistas, pelo menos um elemento por equipa, nas temáticas de “Higiene e Segurança no Trabalho” e “Primeiros Socorros”, em colaboração com o SPUL;
e) sessões de formação em contexto de trabalho, dirigidas aos colegas a exercerem funções nos Pólos Administrativos, promovidas internamente pelos sectores responsáveis pela utilização da plataforma de e-learning ou pela utilização das aplicações de gestão académica de alunos, procurando, em colaboração com a Coordenação dos Pólos Administrativos, divulgar estas ferramentas junto de novos utilizadores;
f) os novos colaboradores a quem foi proporcionada “Formação inicial”, através do INA, única estrutura reconhecida através de diploma legal para o efeito, procurando criar-lhes condições para uma melhor integração na Instituição e nas práticas administrativas que suportam o funcionamento da Administração Pública.
Atendendo ao número de colaboradores envolvidos e ao previsível impacto futuro no repensar dos serviços da Faculdade devemos destacar a candidatura ao Programa Operacional Potencial Humano – POPH, conduzida pela Direcção do Departamento de Gestão Administrativa, para que fosse implementado um processo de Auto-Avaliação dos Serviços Técnico Administrativos da FMUL, com base no modelo CAF (Common Assessment Framework).
O sucesso da candidatura permitiu obter financiamento para que, durante 2010 e 2011, com a colaboração do Instituto Nacional de Administração – INA, um conjunto de trinta e seis colaboradores de várias unidades estruturais reflectisse e procedesse à auto-avaliação dos serviços da Faculdade de Medicina.
Este processo de utilização do modelo de Estrutura Comum de Avaliação – CAF, desenvolvido especificamente para auxiliar as organizações do sector publico dos países Europeus a aplicar as técnicas da Gestão pela Qualidade, melhorando o seu nível de desempenho e de prestação de serviços, é pioneiro no seio da Universidade de Lisboa e foi realizado, até ao momento, somente por outras três instituições de ensino superior.
Na Faculdade de Medicina traduziu-se na elaboração de um Relatório de Auto-avaliação pelos que nele participaram e pela realização, como parte do sua avaliação final, do Workshop “Melhorar o desempenho da FMUL”, no Anfiteatro Cid dos Santos, a 23 de Novembro, que contou com a presença de colaboradores da FMUL, formandos do DECAF-FM e colaboradores que participaram na formação sobre a CAF. A apresentação pública dos resultados deste processo decorreu no Workshop “Auto-Avaliação com a CAF no Ensino Superior: Casos Práticos”, a 6 de Dezembro, na Aula Magna, que contou com mais de oitenta e cinco pessoas inscritas de outras instituições de ensino superior.
Este processo, cuja importância foi reconhecida pela Direcção da Faculdade, será prosseguido através da elaboração e implementação de um Plano de Melhorias. No sentido de procurar que o processo de avaliação seja permanente, com vista à melhoria contínua, deverá procurar-se, após a implementação desse plano, proceder à avaliação do seu impacto, procurando identificar novas alterações a serem introduzidas e aspectos a serem mantidos.
No contexto dos processos de Garantia da Qualidade conduzidos pela Universidade de Lisboa e no âmbito dos processos de Avaliação a implementar pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, seria igualmente desejável que este modelo de auto-avaliação dos serviços se generalizasse a outras Faculdades e fosse adoptado pela Universidade de Lisboa como ferramenta de melhoria dos seus processos administrativos, podendo, nesse caso, a Faculdade de Medicina assumir um papel de destaque no apoio à implementação deste modelo.
iii) Incentivar a “participação em grupos de desenvolvimento técnico-administrativo no seio da Universidade de Lisboa” e a colaboração mais estreita com os SPUL a partir de 2012
A Faculdade de Medicina sempre participou de forma activa e empenhada nos vários grupos de trabalho técnico-administrativos que foram sendo criados no seio da Universidade de Lisboa, por forma a manter as suas equipas a par dos diversos processos que iam surgindo nas diversas áreas de actividade, sendo eles próprios, não raras vezes, os dinamizadores de projectos inovadores, capazes de melhorar a capacidade de resposta em matéria de eficácia e eficiência.
Mais recentemente, quando foi criado o Centro de Recursos e Serviços Partilhados da Universidade de Lisboa, iniciativa que mereceu o apoio da Faculdade de Medicina nos órgãos de decisão da Universidade, foi proporcionada a saída e reafectação para esse novo serviço dos seus colaboradores que desejaram abraçar este novo projecto.
Neste momento, em que somos confrontados com vagas sucessivas de aposentações de colaboradores que, no contexto actual e difícil que se vive no país, não poderão ser substituídos pela contratação de novos elementos, tornou-se cada mais vez mais premente encarar a organização dos serviços da Faculdade de Medicina de maneira diferente, repensando e promovendo alterações profundas quer nas estruturas organizacionais, quer nos processos administrativos, procurando com menos meios e recursos manter o nível de qualidade dos serviços, junto dos seus utilizadores alunos / docentes e restantes colaboradores.
Ciente da necessidade de repensar e ponderar novas formas de organização administrativa, única forma de fazer face às dificuldades resultantes dos dificeis tempos que se vivem, a Direcção da Faculdade de Medicina, face às recentes alterações dos Estatutos dos Serviços Partilhados e do Regulamento Orgânico dos seus serviços que possibilitam uma maior participação das Faculdades e Institutos na condução do seu processo de decisão e na sua gestão corrente, decidiu encetar um processo de colaboração mais activo com os Serviços Partilhados - SPUL.
Esta opção por iniciar um processo de colaboração foi desencadeada não porque os serviços da Faculdade de Medicina não estejam devidamente dimensionados e bem organizados, funcionando de forma adequada e correcta, mas porque se defende que há necessidade de procurar encetar novas formas de organização no seio da Universidade de Lisboa, maximizando meios e criando novas sinergias, por forma a procurar aumentar os níveis de eficiência e eficácia, no contexto de dificuldade financeiras e de progressiva escassez de recursos humanos que se começa a viver, devido ao aumento de saídas de pessoal, sem contratação de novos elementos.
Neste contexto de colaboração e optimização de recursos e colaboradores no seio da Universidade de Lisboa, em que a Faculdade de Medicina se irá envolver e empenhar de forma activa, os Serviços de Informática dos Serviços Partilhados – SPUL ficarão instalados na Faculdade de Medicina, já no primeiro trimestre de 2012, passando o actual Núcleo de Informática e Tecnologias de Informação da FMUL, a fazer parte desses serviços. Ao longo de 2012, os Núcleos Financeiro e de Instalações e Equipamentos da Faculdade de Medicina também passarão a fazer parte dos Serviços Partilhados – SPUL.
Esta opção estratégica de desenvolver uma colaboração mais estreita com os Serviços Partilhados da Universidade de Lisboa, transferindo para a sua gestão operacional alguns dos actuais serviços da Faculdade, é um novo desafio que se irá colocar à estrutura organizacional dos serviços da Faculdade de Medicina, a partir de 2012, uma vez que se terá de continuar a garantir os níveis de eficiência e qualidade alcançados no modelo actual.
Estamos certos que ultrapassada a fase inicial de adaptação a este novo modelo de funcionamento, os serviços da Faculdade de Medicina prosseguirão a Missão a que se destinam e poderão focar mais os seus recursos no apoio directo aos processos de ensino e de investigação, no apoio directo aos alunos e aos docentes, mantendo os elevados níveis de qualidade que todos os utilizadores lhe reconhecem.
Luis Pereira
Secretário Coordenador FMUL
lap@fm.ul.pt
Estas medidas tornaram-se grandes linhas orientadoras dos sucessivos objectivos estratégicos apresentados nos Planos de Acção, contratualizados no instrumento de gestão QUAR - Quadro de Avaliação e Responsabilização, e traduzidos nos sucessivos Relatórios de Actividades, aprovados pela Assembleia da Faculdade.
As duas primeiras medidas permitiram a concretização de processos internos da Faculdade que foram desenvolvidos de 2009 a 2011. O sucesso da sua implementação, como se verá de seguida, potenciou o incremento da terceira medida, permitindo o desenvolvimento e o estreitamento da cooperação dos serviços da Faculdade de Medicina com os serviços da Universidade de Lisboa que, a partir do primeiro trimestre de 2012, se passará a processar em novos moldes, através de uma colaboração mais estreita com os Serviços Partilhados – SPUL que passarão a assegurar a gestão operacional de alguns dos nossos serviços.
Enunciaremos de seguida as principais actividades realizadas de 2009 a 2011 e as mudanças e que serão implementadas nos serviços da Faculdade de Medicina, a partir de 2012:
i) Procurar “rentabilizar recursos humanos e concentrar capacidades e competências”
A rentabilização dos recursos humanos, procurando concentrar capacidades e competências, foi prosseguida através de quatro grandes actividades:
a) a redefinição da estrutura orgânica dos serviços da Faculdade, promovida em 2009 e alterada em 2010, com a separação funcional entre áreas de Serviços de Gestão Central, Serviços Descentralizados e Assessorias Institucionais, foi um passo importante na adopção de estruturas organizacionais adequadas ao correcto funcionamento da escola e potenciou a correcta rentabilização dos recursos humanos existentes;
b) na sequência da reorganização dos serviços acima referida, destaque para a maior visibilidade que foi proporcionada aos Serviços Descentralizados - Pólos Administrativos (PA), como serviços de apoio às Clínicas Universitárias, aos Institutos e aos Laboratórios, cuja actuação se desenvolve em articulação com os directores das unidades estruturais e os serviços de gestão central; estes serviços assumem competências multidisciplinares, desdobrando-se por actividades de apoio ao ensino, aos alunos, aos docentes e de articulação com os restantes serviços da Faculdade; a criação da Coordenação dos Pólos Administrativosfoi um elemento chave na condução deste processo; actualmente, a criação do Núcleo Consultivo dos Pólos, e a criação de Equipas de trabalho para gestão e carregamento de informação no portal da Faculdade e na plataforma de e-learning Moodle, traduzem bem a mudança operada e a rentabilização de recursos humanos que se tem prosseguido;
Organograma
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c) prosseguiram e foram estimuladas as actividades de parceria interna e de entrosamento entre os vários serviços da Faculdade, potenciando as competências específicas de cada sector e maximizando as mesmas através do desenvolvimento de vários tipos de colaboração como, por exemplo, i) prosseguiu a Newsletter que, com o presente número, atinge a 25.ª edição, fruto do trabalho de uma Equipa Editorial multidisciplinar, cujos membros asseguram a sua edição a par das restantes funções especificas que exercem nos serviços da Faculdade a que pertencem, ii) o novo serviço de Leitura óptica de exames (LOE) assegurado pela Equipa Multidisciplinar de Avaliação Interna e Garantia de Qualidade, cujo arranque contou com a colaboração da Coordenação dos Pólos Administrativos e com o apoio do Núcleo de Desenvolvimento do sector de informática, referido na edição n.º 23 e n.º 24 da Newsletter;.iii) a parceria entre a Área Académica e o Núcleo de Desenvolvimento do sector de informática que se traduziu em sete novas aplicações informáticas específicas, retratada na edição n.º 23 da Newsletter; iv) a parceria entre o Gabinete de Imagem e Comunicação, o Núcleo de Tecnologias e Informação, os Serviços Académicos e a Coordenação dos Pólos Administrativos para relançar, em novos moldes, a utilização da plataforma de e-learningMoodle, etc.
d) prosseguiram os processos de reformulação e reorganização administrativa de sectores da Faculdade de que o Núcleo de Instalações e Equipamentos e o Instituto de Formação Avançada são bons exemplos.
ii) Desenvolver uma “política de formação diferenciada contribuindo para a promoção de excelência no serviço prestado e adoptando inovação e criatividade, indispensável ao desenvolvimento estratégico da FMUL”
A Faculdade de Medicina reconhece que o seu principal bem e recurso são os seus colaboradores, pelo que tem apostado fortemente na sua formação, procurando que se tornem agentes activos de melhoria e mudança nos locais em que exercem as suas funções, contribuindo assim para a promoção de excelência no serviço prestado.
Ao longo deste período foi sendo proporcionada formação a diversos grupos profissionais, destacando-se os seguintes:
a) os dirigentes intermédios que têm vindo a frequentar o curso FORGEP – Programa de Formação em Gestão Pública, no Instituto Nacional de Administração, como forma de obterem o enquadramento teórico necessário e as ferramentas essenciais ao correcto exercício da sua actividade;
b) os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, grupo de colaboradores com conteúdos funcionais específicos, fundamentais ao ensino prático e produção científica, para quem foi organizada, em colaboração com o Núcleo de Recursos Humanos, uma acção sobre o tema “Aplicação Prática da Técnica PCR à Microbiologia “, envolvendo sete técnicos da área de análises clínicas e saúde pública; esta acção serviu de impulso para a realização do “Encontro dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica”, realizado a 11 de Novembro de 2011, no Grande Auditório da FMUL, que envolveu participantes de todo o país, provenientes das mais diversas áreas de intervenção;
c) os técnicos em áreas específicas de intervenção que necessitam de adquirir competências próprias, destacando-se o curso em plastinização, frequentado pelo Técnico Superior de Anatomia, durante 1 semana, em Murcia, permitindo assim dotar o futuro Teatro Anatómico de um técnico mais qualificado, em matéria de prática de ensino e variedade de peças disponíveis para ensino;
d) a formação de especialistas, pelo menos um elemento por equipa, nas temáticas de “Higiene e Segurança no Trabalho” e “Primeiros Socorros”, em colaboração com o SPUL;
e) sessões de formação em contexto de trabalho, dirigidas aos colegas a exercerem funções nos Pólos Administrativos, promovidas internamente pelos sectores responsáveis pela utilização da plataforma de e-learning ou pela utilização das aplicações de gestão académica de alunos, procurando, em colaboração com a Coordenação dos Pólos Administrativos, divulgar estas ferramentas junto de novos utilizadores;
f) os novos colaboradores a quem foi proporcionada “Formação inicial”, através do INA, única estrutura reconhecida através de diploma legal para o efeito, procurando criar-lhes condições para uma melhor integração na Instituição e nas práticas administrativas que suportam o funcionamento da Administração Pública.
Atendendo ao número de colaboradores envolvidos e ao previsível impacto futuro no repensar dos serviços da Faculdade devemos destacar a candidatura ao Programa Operacional Potencial Humano – POPH, conduzida pela Direcção do Departamento de Gestão Administrativa, para que fosse implementado um processo de Auto-Avaliação dos Serviços Técnico Administrativos da FMUL, com base no modelo CAF (Common Assessment Framework).
O sucesso da candidatura permitiu obter financiamento para que, durante 2010 e 2011, com a colaboração do Instituto Nacional de Administração – INA, um conjunto de trinta e seis colaboradores de várias unidades estruturais reflectisse e procedesse à auto-avaliação dos serviços da Faculdade de Medicina.
Este processo de utilização do modelo de Estrutura Comum de Avaliação – CAF, desenvolvido especificamente para auxiliar as organizações do sector publico dos países Europeus a aplicar as técnicas da Gestão pela Qualidade, melhorando o seu nível de desempenho e de prestação de serviços, é pioneiro no seio da Universidade de Lisboa e foi realizado, até ao momento, somente por outras três instituições de ensino superior.
Na Faculdade de Medicina traduziu-se na elaboração de um Relatório de Auto-avaliação pelos que nele participaram e pela realização, como parte do sua avaliação final, do Workshop “Melhorar o desempenho da FMUL”, no Anfiteatro Cid dos Santos, a 23 de Novembro, que contou com a presença de colaboradores da FMUL, formandos do DECAF-FM e colaboradores que participaram na formação sobre a CAF. A apresentação pública dos resultados deste processo decorreu no Workshop “Auto-Avaliação com a CAF no Ensino Superior: Casos Práticos”, a 6 de Dezembro, na Aula Magna, que contou com mais de oitenta e cinco pessoas inscritas de outras instituições de ensino superior.
Este processo, cuja importância foi reconhecida pela Direcção da Faculdade, será prosseguido através da elaboração e implementação de um Plano de Melhorias. No sentido de procurar que o processo de avaliação seja permanente, com vista à melhoria contínua, deverá procurar-se, após a implementação desse plano, proceder à avaliação do seu impacto, procurando identificar novas alterações a serem introduzidas e aspectos a serem mantidos.
No contexto dos processos de Garantia da Qualidade conduzidos pela Universidade de Lisboa e no âmbito dos processos de Avaliação a implementar pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, seria igualmente desejável que este modelo de auto-avaliação dos serviços se generalizasse a outras Faculdades e fosse adoptado pela Universidade de Lisboa como ferramenta de melhoria dos seus processos administrativos, podendo, nesse caso, a Faculdade de Medicina assumir um papel de destaque no apoio à implementação deste modelo.
iii) Incentivar a “participação em grupos de desenvolvimento técnico-administrativo no seio da Universidade de Lisboa” e a colaboração mais estreita com os SPUL a partir de 2012
A Faculdade de Medicina sempre participou de forma activa e empenhada nos vários grupos de trabalho técnico-administrativos que foram sendo criados no seio da Universidade de Lisboa, por forma a manter as suas equipas a par dos diversos processos que iam surgindo nas diversas áreas de actividade, sendo eles próprios, não raras vezes, os dinamizadores de projectos inovadores, capazes de melhorar a capacidade de resposta em matéria de eficácia e eficiência.
Mais recentemente, quando foi criado o Centro de Recursos e Serviços Partilhados da Universidade de Lisboa, iniciativa que mereceu o apoio da Faculdade de Medicina nos órgãos de decisão da Universidade, foi proporcionada a saída e reafectação para esse novo serviço dos seus colaboradores que desejaram abraçar este novo projecto.
Neste momento, em que somos confrontados com vagas sucessivas de aposentações de colaboradores que, no contexto actual e difícil que se vive no país, não poderão ser substituídos pela contratação de novos elementos, tornou-se cada mais vez mais premente encarar a organização dos serviços da Faculdade de Medicina de maneira diferente, repensando e promovendo alterações profundas quer nas estruturas organizacionais, quer nos processos administrativos, procurando com menos meios e recursos manter o nível de qualidade dos serviços, junto dos seus utilizadores alunos / docentes e restantes colaboradores.
Ciente da necessidade de repensar e ponderar novas formas de organização administrativa, única forma de fazer face às dificuldades resultantes dos dificeis tempos que se vivem, a Direcção da Faculdade de Medicina, face às recentes alterações dos Estatutos dos Serviços Partilhados e do Regulamento Orgânico dos seus serviços que possibilitam uma maior participação das Faculdades e Institutos na condução do seu processo de decisão e na sua gestão corrente, decidiu encetar um processo de colaboração mais activo com os Serviços Partilhados - SPUL.
Esta opção por iniciar um processo de colaboração foi desencadeada não porque os serviços da Faculdade de Medicina não estejam devidamente dimensionados e bem organizados, funcionando de forma adequada e correcta, mas porque se defende que há necessidade de procurar encetar novas formas de organização no seio da Universidade de Lisboa, maximizando meios e criando novas sinergias, por forma a procurar aumentar os níveis de eficiência e eficácia, no contexto de dificuldade financeiras e de progressiva escassez de recursos humanos que se começa a viver, devido ao aumento de saídas de pessoal, sem contratação de novos elementos.
Neste contexto de colaboração e optimização de recursos e colaboradores no seio da Universidade de Lisboa, em que a Faculdade de Medicina se irá envolver e empenhar de forma activa, os Serviços de Informática dos Serviços Partilhados – SPUL ficarão instalados na Faculdade de Medicina, já no primeiro trimestre de 2012, passando o actual Núcleo de Informática e Tecnologias de Informação da FMUL, a fazer parte desses serviços. Ao longo de 2012, os Núcleos Financeiro e de Instalações e Equipamentos da Faculdade de Medicina também passarão a fazer parte dos Serviços Partilhados – SPUL.
Esta opção estratégica de desenvolver uma colaboração mais estreita com os Serviços Partilhados da Universidade de Lisboa, transferindo para a sua gestão operacional alguns dos actuais serviços da Faculdade, é um novo desafio que se irá colocar à estrutura organizacional dos serviços da Faculdade de Medicina, a partir de 2012, uma vez que se terá de continuar a garantir os níveis de eficiência e qualidade alcançados no modelo actual.
Estamos certos que ultrapassada a fase inicial de adaptação a este novo modelo de funcionamento, os serviços da Faculdade de Medicina prosseguirão a Missão a que se destinam e poderão focar mais os seus recursos no apoio directo aos processos de ensino e de investigação, no apoio directo aos alunos e aos docentes, mantendo os elevados níveis de qualidade que todos os utilizadores lhe reconhecem.
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