Reportagem / Perfil
Entrevista a Diana Andrade Silva - Concurso Especial para Titulares do Grau de Licenciado 2011/2012
Tendo em consideração o número elevado de portugueses que procuram o estrangeiro para frequentar o curso de Medicina, a equipa da Newsletter entrevistou a aluna Diana Andrade Silva, que ingressou na FMUL através do Concurso Especial para Titulares do Grau de Licenciado 2011/2012. A Diana Silva tem 32 anos e é licenciada em Psicologia Clínica pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
Após a conclusão da sua Licenciatura e tendo trabalhado como Psicóloga Clínica, ingressou no curso de Medicina da Masaryk University na República Checa onde concluiu 3.º ano.
Newsletter: Na altura em que se candidatou ao curso que hoje possui, Medicina fazia parte das suas opções?
Diana Silva: Sim, Medicina sempre foi a minha primeira escolha para o acesso ao ensino superior.
Newsletter: Qual o principal motivo de se ter candidatado a um curso de Medicina numa Faculdade estrangeira?
Diana Silva: Durante a minha primeira Licenciatura e o meu percurso profissional, nunca abandonei a ideia de ingressar em Medicina. Após algumas tentativas, inclusive de melhorar a minha média de acesso ao ensino superior e de não conseguir ingressar novamente em Medicina, decidi explorar outras opções. Através de um familiar tive conhecimento das Faculdades de Medicina na República Checa e do currículo em inglês e comecei a preparação para o acesso às mesmas.
Newsletter: Quais as principais dificuldades que encontrou enquanto estudante portuguesa num país estrageiro?
Diana Silva: A minha adaptação foi realmente muito positiva, tendo superado as minhas expectativas. No entanto, a barreira da língua checa (apesar de, a partir do 1º ano existirem aulas para aprendizagem da língua) limita uma adaptação plena e talvez seja mesmo o maior entrave. A adaptação a um povo e a um ensino de características próprias, com uma componente elevada de exigência e rigidez extrema nos horários, são alguns pontos iniciais a ultrapassar.
Newsletter: Que opinião tem relativamente ao nível de exigência dos cursos de Medicina em Portugal?
Diana Silva: Considero que um curso de Medicina, pelas suas características próprias, como o detalhe, a quantidade de informação, a duração, a evolução constante dos conhecimentos, é sempre um curso bastante exigente e de muito empenho académico e pessoal. Em Portugal, a exigência existe e deve existir e esta permite formar melhores profissionais. Mas nunca esquecendo que, independentemente da exigência, é o próprio estudante de medicina que deverá sempre procurar evoluir, construir um conhecimento sólido, que o permita no futuro ser um melhor profissional.
Newsletter: Após algum tempo a frequentar o curso de Medicina no estrangeiro, quais os principais motivos que a levaram a candidatar-se ao Concurso Especial para Titulares do Grau de Licenciado da FMUL?
Diana Silva: Um dos principais motivos foi sem dúvida a minha decisão de ter como objectivo exercer Medicina em Portugal. Desta forma, estando nesta altura a transitar para o 4º ano de Medicina, em que a componente clínica aumenta, é mais vantajoso estar já dentro do sistema de saúde português e também a utilizar a minha língua materna.
Newsletter: Avaliando os planos de estudos de ambas as Faculdades, pensa encontrar mais ou menos dificuldades no seu percurso académico?
Diana Silva: Os programas de Medicina, independentemente da instituição, têm muitas similaridades e também diferenças. Compete ao aluno iniciar a preparação para uma mudança, como, neste caso, a familiaridade com os termos clínicos em português. Em termos teóricos, a minha formação dos primeiros 3 anos, realizada na Masaryk University, teve uma componente sólida e considero que o desafio se mantém, continuar a trabalhar sempre no sentido da progressão do curso e também aproveitar as vantagens de ter tido uma formação fora de Portugal, com colegas de quase todo o mundo.
Newsletter: Considerando que todas as Faculdades de Medicina de Portugal abrem vagas para este concurso, porquê optar pela FMUL?
Diana Silva: A FMUL beneficia quem já possui cadeiras realizadas, no curso de Medicina, numa faculdade de Medicina da União Europeia, desta forma, era a instituição que me permitia uma maior vantagem para aceder ao concurso. O facto de ter residência na zona e também ter sido uma das minhas primeiras opções (quando candidatura ao ensino superior) para estudar Medicina em Portugal, são também factores que foram preponderantes na escolha da FMUL.
Newsletter: Tendo optado por concluir o curso de Medicina em Portugal, após a conclusão do mesmo, trabalhar na área fora de Portugal seria uma hipótese?
Diana Silva: Nunca digo que não colocarei essa hipótese, mas uma das razões para o meu regresso, foi a decisão de querer exercer Medicina em Portugal.
Após a conclusão da sua Licenciatura e tendo trabalhado como Psicóloga Clínica, ingressou no curso de Medicina da Masaryk University na República Checa onde concluiu 3.º ano.
Newsletter: Na altura em que se candidatou ao curso que hoje possui, Medicina fazia parte das suas opções?
Diana Silva: Sim, Medicina sempre foi a minha primeira escolha para o acesso ao ensino superior.
Newsletter: Qual o principal motivo de se ter candidatado a um curso de Medicina numa Faculdade estrangeira?
Diana Silva: Durante a minha primeira Licenciatura e o meu percurso profissional, nunca abandonei a ideia de ingressar em Medicina. Após algumas tentativas, inclusive de melhorar a minha média de acesso ao ensino superior e de não conseguir ingressar novamente em Medicina, decidi explorar outras opções. Através de um familiar tive conhecimento das Faculdades de Medicina na República Checa e do currículo em inglês e comecei a preparação para o acesso às mesmas.
Newsletter: Quais as principais dificuldades que encontrou enquanto estudante portuguesa num país estrageiro?
Diana Silva: A minha adaptação foi realmente muito positiva, tendo superado as minhas expectativas. No entanto, a barreira da língua checa (apesar de, a partir do 1º ano existirem aulas para aprendizagem da língua) limita uma adaptação plena e talvez seja mesmo o maior entrave. A adaptação a um povo e a um ensino de características próprias, com uma componente elevada de exigência e rigidez extrema nos horários, são alguns pontos iniciais a ultrapassar.
Newsletter: Que opinião tem relativamente ao nível de exigência dos cursos de Medicina em Portugal?
Diana Silva: Considero que um curso de Medicina, pelas suas características próprias, como o detalhe, a quantidade de informação, a duração, a evolução constante dos conhecimentos, é sempre um curso bastante exigente e de muito empenho académico e pessoal. Em Portugal, a exigência existe e deve existir e esta permite formar melhores profissionais. Mas nunca esquecendo que, independentemente da exigência, é o próprio estudante de medicina que deverá sempre procurar evoluir, construir um conhecimento sólido, que o permita no futuro ser um melhor profissional.
Newsletter: Após algum tempo a frequentar o curso de Medicina no estrangeiro, quais os principais motivos que a levaram a candidatar-se ao Concurso Especial para Titulares do Grau de Licenciado da FMUL?
Diana Silva: Um dos principais motivos foi sem dúvida a minha decisão de ter como objectivo exercer Medicina em Portugal. Desta forma, estando nesta altura a transitar para o 4º ano de Medicina, em que a componente clínica aumenta, é mais vantajoso estar já dentro do sistema de saúde português e também a utilizar a minha língua materna.
Newsletter: Avaliando os planos de estudos de ambas as Faculdades, pensa encontrar mais ou menos dificuldades no seu percurso académico?
Diana Silva: Os programas de Medicina, independentemente da instituição, têm muitas similaridades e também diferenças. Compete ao aluno iniciar a preparação para uma mudança, como, neste caso, a familiaridade com os termos clínicos em português. Em termos teóricos, a minha formação dos primeiros 3 anos, realizada na Masaryk University, teve uma componente sólida e considero que o desafio se mantém, continuar a trabalhar sempre no sentido da progressão do curso e também aproveitar as vantagens de ter tido uma formação fora de Portugal, com colegas de quase todo o mundo.
Newsletter: Considerando que todas as Faculdades de Medicina de Portugal abrem vagas para este concurso, porquê optar pela FMUL?
Diana Silva: A FMUL beneficia quem já possui cadeiras realizadas, no curso de Medicina, numa faculdade de Medicina da União Europeia, desta forma, era a instituição que me permitia uma maior vantagem para aceder ao concurso. O facto de ter residência na zona e também ter sido uma das minhas primeiras opções (quando candidatura ao ensino superior) para estudar Medicina em Portugal, são também factores que foram preponderantes na escolha da FMUL.
Newsletter: Tendo optado por concluir o curso de Medicina em Portugal, após a conclusão do mesmo, trabalhar na área fora de Portugal seria uma hipótese?
Diana Silva: Nunca digo que não colocarei essa hipótese, mas uma das razões para o meu regresso, foi a decisão de querer exercer Medicina em Portugal.
Lara Ponte
laraponte@fm.ul.pt
Equipa Editorial
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