Em consonância com este objectivo a FMUL tem organizado programas de formação conducentes a grau académico, nomeadamente Mestrado e Doutoramento, assim como outras actividades não conducentes a grau académico designadas por Cursos de Actualização e/ou Aperfeiçoamento.O Instituto de Formação Avançada (IFA) é a estrutura da FMUL que, nas áreas de Medicina, Ciências Biomédicas e Ciências da Saúde, centraliza a organização e operacionalização destas actividades formativas.As alterações estruturais e metodológicas introduzidas no Ensino Superior por via do Processo de Bolonha e da abertura do Ministério da Saúde para a promoção da qualificação científica e académica durante o Internato Médico (Programa de Doutoramento para Internos), vêm colocar novos desafios e suscitar novas oportunidades nesta área de intervenção da FMUL.

O objectivo é claro: aumentar a oferta variada de cursos de pós-graduação, criar soluções de apoio à educação médica contínua, inovar e criar mecanismos de controle do processo contínuo de avaliação da qualidade e estruturar o Programa de Doutoramento para a Medicina Clínica que possa ser atractivo para os Internos que frequentam os programas de Internato.

O IFA deu continuidade e estruturação mais dinâmica a outras iniciativas como o Gabinete de Estudos Pós-Graduados (GEPOG) e Departamento de Educação Médica, procurando responder às solicitações e necessidades académicas e assistenciais dos profissionais de saúde e desenvolvendo uma capacidade para a gestão eficiente destes programas de Formação Avançada e Pós-Graduada.

Neste sentido, importa conduzir uma reflexão sobre o caminho percorrido, quais os aspectos mais relevantes que devem ser reforçados e outros, menos bem sucedidos, que necessitem modificação.

Consideram-se Aspectos Positivos:

1. Existência de histórico organizacional e cultural de pós-graduação na FMUL.
2. Instituto de Formação Avançada com dinâmica, conhecimento e capacidade de intervenção na formação pós-graduada.
3. Valor sócio-profissional dos seus recursos humanos e dinâmica inovadora.

Consideraram-se Aspectos Menos Positivos os seguintes:

1. Necessidade de maior consciencialização do corpo académico e da sociedade médica da necessidade de desenvolver programas de Formação Avançada e da sua importância social.
2. Melhoria do software de gestão de modo a facilitar o diálogo administrativo entre “providers and consumers” dos Programas desenvolvidos.
3. Maior ligação entre os programas de formação pós-graduada hospitalares e académicos.

Em conformidade com a avaliação objectiva da acção do IFA, considera a sua Direcção que a abertura do Ministério da Saúde para a promoção da qualificação científica e académica durante o Internato Médico, a implementação de programas de formação integrados, entre aqueles que conduzem a grau académico e os Cursos de Actualização e Especialização, não directamente conducentes a grau académico, constituem novas possibilidades de intervenção que devem ser contempladas.

A filosofia subjacente a este projecto é clara: reforço dos programas de intervenção comuns às Instituições deste campus académico: Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Hospital de Santa Maria e Instituto de Medicina Molecular, abertura a outros grupos sócio-profissionais da Saúde criando sinergias com outras Instituições e reforço dos programas de e-learning dirigidos aos Profissionais de Saúde.

Para a sua prossecução é fundamental ultrapassar os constrangimentos resultantes da excessiva compartimentação da formação, assegurar a qualidade das acções de formação e a sua relevância para o desenvolvimento profissional dos Médicos e todos os outros Técnicos de Saúde.

O momento presente é um desafio e uma oportunidade que o IFA saberá corresponder, ao serviço da Educação Médica e em Ciências da Saúde e do programa de modernização da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Prof. Doutor J. Fernandes e Fernandes

Dr. Lucindo Ormonde