Mais e Melhor
Conferência “Universidade Verde”Carla Reis
No passado dia 3 de Novembro reuniram-se, na Reitoria da Universidade de Lisboa (RUL), um conjunto de pessoas com um mesmo objectivo: tornar a nossa Universidade mais verde!
A tarde iniciou-se com as palavras do Presidente da Direcção Geral da Associação de Alunos da Universidade de Lisboa (AAUL), André Caldas, a que se seguiram as intervenções do Dr. David Xavier e do Magnífico Reitor da UL, Prof. Doutor António Sampaio da Nóvoa.
A primeira parte da conferência terminou com a Dra. Márcia Vila (Serviços Partilhados da UL) a apresentar os dados relativos aos consumos de energia (electricidade e gás) e água de cada uma das Unidades Orgânicas (UO) da UL, nos últimos 2 anos. Este levantamento teve por objectivo não só conhecer o consumo total englobando todos os edifícios da UL, como também apurar onde existem consumos mais elevados dentro de cada uma das UO para se poder actuar no sentido de reduzir os consumos e, consequentemente, os custos.
Durante toda a conferência as palavras de ordem foram “Atitude” e “Mudança”.
Segundo o Prof. Doutor Viriato Soromenho-Marques (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), os passos a seguir para uma Universidade mais verde têm por base 5 directivas: Conhecer, Agir, Pensar, Articular e Alargar. De uma forma resumida, a Universidade deve procurar conhecer os indicadores de maior impacto, de forma a mudar comportamentos e atitudes. O caminho a seguir, na sua opinião, passa ainda por repensar a utilização dos recursos disponíveis, de forma a efectivar essas mudanças, articulando os saberes em torno de um universo exterior à UL, no sentido da expansão cultural e da busca do conhecimento.
A ideia do projecto Universidade Verde passa por criar uma identidade própria “com o compromisso de um campus mais sustentável”, com todas as dificuldades inerentes à configuração do nosso campus (localização, idade dos edifícios, inexistência de uma cultura de protecção do espaço, etc.), mas que devem antes de mais ser encaradas como desafios. Actualmente a UL, segundo a Profª Luísa Schmidt , é percepcionada como uma “estrutura desagregada com alvéolos escolares” quando na realidade deveria “ser uma estrutura única, sem a existência de quintais” (Prof. Carolino Monteiro).
É com esta linha de pensamento que se espera alterar os comportamentos dos actores da sociedade e da Instituição para a criação de um campus que se aproxime mais de um centro cívico.
Neste sentido, foram lançadas alguma sugestões ao longo da tarde para colmatar algumas situações já identificadas como desfavoráveis à imagem do campus UL: desenvolvimento/ implementação de um guia de boas práticas ambientais, informações nas salas de aula com boas práticas, parcerias com entidades ligadas ao ambiente, implementação da reciclagem em todas as UO, parcerias com as empresas de transportes públicos com o objectivo de reduzir o trânsito e consequentemente reduzir os inúmeros espaços em cimento existentes para estacionamento, rentabilizar os espaços verdes do campus, desenvolver um concurso de ideias para urbanizar o campus com qualidade ambiental, etc.
Outra das preocupações identificadas no campus da UL é a ausência de um diagnóstico ambiental para avaliar níveis de poluição, ruído, etc. Esta será também uma ideia a levar avante no âmbito da sustentabilidade.
Esteve também presente na conferência a Dra. Ana Isabel Miranda (Universidade de Aveiro), que deu a conhecer a realidade vivida no campus local, onde os comportamentos já sofreram alterações graduais e as acções, actualmente, são desenvolvidas no sentido da eficiência e da sustentabilidade. Alguns exemplos de acções desenvolvidas neste âmbito foram apresentadas: alteração da iluminação exterior e interior para lâmpadas de baixo consumo, captação de águas internas através das lagoas existentes no campus para redes de rega e bocas de incêndio, sistemas de telecontagem no controlo de consumos energéticos, requalificação de edifícios com instalação de equipamentos centrais de aquecimento e arrefecimento, existência de sistemas de micro-produção de energia através da instalação de painéis energéticos e existe ainda um automóvel eléctrico no campus para fazer a distribuição do correio pelos edifícios existentes.
Entre os convidados desta conferência esteve também presente a Vice-Reitora da UL, Profª Doutora Maria Amélia Loução que terminou este encontro com a apresentação dos principais objectivos do projecto Universidade Verde: o comprometimento da UL para o desenvolvimento sustentável, a avaliação do quão verde é, e poderá vir a ser, a avaliação dos tempos necessários para a implementação e a avaliação dos custos tendo como perspectivas futuras a promoção de estratégias interdisciplinares, concretização do projecto desenvolvendo acções no campus UL, auto-avaliar as medidas e acções desenvolvidas e desenvolver parcerias a nível internacional.
E porque a Universidade ainda é terreno fértil com vista a mudança de comportamentos e atitudes na sociedade, vamos também nós dar o passo seguinte e fazer algo para uma Universidade melhor!
Núcleo de Instalações
creis@fm.ul.pt
A tarde iniciou-se com as palavras do Presidente da Direcção Geral da Associação de Alunos da Universidade de Lisboa (AAUL), André Caldas, a que se seguiram as intervenções do Dr. David Xavier e do Magnífico Reitor da UL, Prof. Doutor António Sampaio da Nóvoa.
A primeira parte da conferência terminou com a Dra. Márcia Vila (Serviços Partilhados da UL) a apresentar os dados relativos aos consumos de energia (electricidade e gás) e água de cada uma das Unidades Orgânicas (UO) da UL, nos últimos 2 anos. Este levantamento teve por objectivo não só conhecer o consumo total englobando todos os edifícios da UL, como também apurar onde existem consumos mais elevados dentro de cada uma das UO para se poder actuar no sentido de reduzir os consumos e, consequentemente, os custos.
Durante toda a conferência as palavras de ordem foram “Atitude” e “Mudança”.
Segundo o Prof. Doutor Viriato Soromenho-Marques (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), os passos a seguir para uma Universidade mais verde têm por base 5 directivas: Conhecer, Agir, Pensar, Articular e Alargar. De uma forma resumida, a Universidade deve procurar conhecer os indicadores de maior impacto, de forma a mudar comportamentos e atitudes. O caminho a seguir, na sua opinião, passa ainda por repensar a utilização dos recursos disponíveis, de forma a efectivar essas mudanças, articulando os saberes em torno de um universo exterior à UL, no sentido da expansão cultural e da busca do conhecimento.
A ideia do projecto Universidade Verde passa por criar uma identidade própria “com o compromisso de um campus mais sustentável”, com todas as dificuldades inerentes à configuração do nosso campus (localização, idade dos edifícios, inexistência de uma cultura de protecção do espaço, etc.), mas que devem antes de mais ser encaradas como desafios. Actualmente a UL, segundo a Profª Luísa Schmidt , é percepcionada como uma “estrutura desagregada com alvéolos escolares” quando na realidade deveria “ser uma estrutura única, sem a existência de quintais” (Prof. Carolino Monteiro).
É com esta linha de pensamento que se espera alterar os comportamentos dos actores da sociedade e da Instituição para a criação de um campus que se aproxime mais de um centro cívico.
Neste sentido, foram lançadas alguma sugestões ao longo da tarde para colmatar algumas situações já identificadas como desfavoráveis à imagem do campus UL: desenvolvimento/ implementação de um guia de boas práticas ambientais, informações nas salas de aula com boas práticas, parcerias com entidades ligadas ao ambiente, implementação da reciclagem em todas as UO, parcerias com as empresas de transportes públicos com o objectivo de reduzir o trânsito e consequentemente reduzir os inúmeros espaços em cimento existentes para estacionamento, rentabilizar os espaços verdes do campus, desenvolver um concurso de ideias para urbanizar o campus com qualidade ambiental, etc.
Outra das preocupações identificadas no campus da UL é a ausência de um diagnóstico ambiental para avaliar níveis de poluição, ruído, etc. Esta será também uma ideia a levar avante no âmbito da sustentabilidade.
Esteve também presente na conferência a Dra. Ana Isabel Miranda (Universidade de Aveiro), que deu a conhecer a realidade vivida no campus local, onde os comportamentos já sofreram alterações graduais e as acções, actualmente, são desenvolvidas no sentido da eficiência e da sustentabilidade. Alguns exemplos de acções desenvolvidas neste âmbito foram apresentadas: alteração da iluminação exterior e interior para lâmpadas de baixo consumo, captação de águas internas através das lagoas existentes no campus para redes de rega e bocas de incêndio, sistemas de telecontagem no controlo de consumos energéticos, requalificação de edifícios com instalação de equipamentos centrais de aquecimento e arrefecimento, existência de sistemas de micro-produção de energia através da instalação de painéis energéticos e existe ainda um automóvel eléctrico no campus para fazer a distribuição do correio pelos edifícios existentes.
Entre os convidados desta conferência esteve também presente a Vice-Reitora da UL, Profª Doutora Maria Amélia Loução que terminou este encontro com a apresentação dos principais objectivos do projecto Universidade Verde: o comprometimento da UL para o desenvolvimento sustentável, a avaliação do quão verde é, e poderá vir a ser, a avaliação dos tempos necessários para a implementação e a avaliação dos custos tendo como perspectivas futuras a promoção de estratégias interdisciplinares, concretização do projecto desenvolvendo acções no campus UL, auto-avaliar as medidas e acções desenvolvidas e desenvolver parcerias a nível internacional.
E porque a Universidade ainda é terreno fértil com vista a mudança de comportamentos e atitudes na sociedade, vamos também nós dar o passo seguinte e fazer algo para uma Universidade melhor!
Núcleo de Instalações
creis@fm.ul.pt