Espaço Aberto
Cardiopneumologista no Laboratório de Função Respiratória Pediátrico
O estudo da Função Respiratória tem desempenhado, ao longo dos tempos, um papel crucial no diagnóstico, avaliação dos resultados de terapêuticas e monitorização da evolução clínica em doentes com patologias respiratórias.
Em Pediatria, o desenvolvimento de técnicas e estratégias que permitem os estudos funcionais respiratórios ao longo de todas as idades pediátricas veio a demonstrar enorme utilidade na doença pulmonar obstrutiva crónica, representada pela Asma e outras doenças sibilantes, Fibrose Quística e Bronquiolite Obliterante e em doenças emergentes como a displasia broncopulmonar ou na repercussão pulmonar de doenças como a drepanocitose ou as doenças neuromusculares e musculo-esqueléticas.
Inicialmente adaptaram-se, para utilização em crianças, os equipamentos, estratégias e recomendações aplicadas aos adultos. O desafio colocou-se nos grupos do lactente e em idade pré-escolar. O primeiro exigiu o desenvolvimento de recursos próprios e a execução sob sedação. No grupo pré-escolar, não menos exigente, as crianças são demasiado crescidas para sedar e demasiado pequenas para colaborar nas técnicas de avaliação da função respiratória, que são particularmente exigentes. Neste grupo houve, pois, a necessidade de desenvolver recursos e adaptar recomendações por forma a permitir a exequibilidade técnica e a correcta interpretação. Ambos estes grupos etários têm especificidades que determinam a necessidade de especialização técnica para uma resposta mais eficaz às questões clínicas.
Um Laboratório Pediátrico de Função Respiratória tem que assegurar um controlo de qualidade de acordo com padrões definidos, que envolvem procedimentos de controlo do ambiente, de higiene e de segurança. A especialização e contínua formação dos Técnicos Cardiopneumologistas destes laboratórios é crucial para a manutenção de elevados padrões de qualidade.
A crescente exigência técnica e clínica em pediatria implica formação adicional dos Técnicos Cardiopneumologistas em áreas diferentes da sua esfera de acção, para que, ao lidar diariamente com crianças tão diversas, consiga com eficiência obter respostas através das cada vez mais diversas técnicas que surgem para poder apoiar a respostas clínicas a entidades fisiopatologias tão complexas, que muitas vezes não estão completamente esclarecidas na área pediátrica.
O desafio que se coloca ao Técnico Cardiopneumologista no Laboratório Pediátrico de Função Respiratória prende-se com a sua capacidade de conseguir com que crianças desde os 3 anos de idade até à adolescência, cooperem em manobras respiratórias por vezes complexas de coordenar entre a compreensão e a execução motoras.

Os equipamentos possuem na actualidade softwares muito completos e com recursos que incentivam a colaboração das crianças em diversos grupos, sobretudo na realização de espirometria, como jogos que facilitam a melhor compreensão das manobras e incentivo ao prolongamento das mesmas, tornando o ambiente no laboratório mais descontraído para as crianças e para os pais. A visita prévia ao laboratório antes do dia do exame, a brincadeira e demonstração das manobras respiratórias em contextos diferentes do exame ajudam que no dia do exame tudo decorra com muito mais calma e sucesso.

O Laboratório de Função Respiratório Pediátrico tem uma equipa fixa de Técnicos Cardiopneumologistas e um médico responsável que trabalham em conjunto para a excelência dos resultados obtidos e para resposta a equipas multidisciplinares de diversas especialidades médicas e técnicas, tentando adequar os equipamentos e a sua utilização aos desafios supracitados.
A procura de novas áreas na função respiratória pediátrica e contínua formação é essencial para a manutenção de padrões elevados de qualidade que levam, concerteza, a uma consequente melhoria de cuidados de saúde prestados ao doente.
Laboratório Pediátrico de Estudos da Função Respiratória
Responsável Médica: Dra. Teresa Bandeira.
Serviço de Pediatria - Directora: Dra. Celeste Barreto.
Departamento da Criança e da Família - Director: Prof. Doutor Paulo M. Ramalho.
Ana Margarida Silva, Técnica Cardiopneumologista: anammsilva@gmail.com
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Bibliografia
An Official American Thoracic Society/European Respiratory Society Statement: Pulmonary Function Testing in Preschool Children. Am J Respir Crit Care Med 2007; 175:1304–1345
SERIES ‘‘ATS/ERS TASK FORCE: STANDARDISATION OF LUNG FUNCTION TESTING’’ Edited by V. Brusasco, R. Crapo and G. Viegi; Number 2 in this Series : Standardisation of spirometry; Eur Respir J 2005; 26: 319–338
SERIES ‘‘ATS/ERS TASK FORCE: STANDARDISATION OF LUNG FUNCTION TESTING’’ Edited by V. Brusasco, R. Crapo and G. Viegi, Number 5 in this Series : Interpretative strategies for lung function tests; Eur Respir J 2005; 26: 948-968
Em Pediatria, o desenvolvimento de técnicas e estratégias que permitem os estudos funcionais respiratórios ao longo de todas as idades pediátricas veio a demonstrar enorme utilidade na doença pulmonar obstrutiva crónica, representada pela Asma e outras doenças sibilantes, Fibrose Quística e Bronquiolite Obliterante e em doenças emergentes como a displasia broncopulmonar ou na repercussão pulmonar de doenças como a drepanocitose ou as doenças neuromusculares e musculo-esqueléticas.
Inicialmente adaptaram-se, para utilização em crianças, os equipamentos, estratégias e recomendações aplicadas aos adultos. O desafio colocou-se nos grupos do lactente e em idade pré-escolar. O primeiro exigiu o desenvolvimento de recursos próprios e a execução sob sedação. No grupo pré-escolar, não menos exigente, as crianças são demasiado crescidas para sedar e demasiado pequenas para colaborar nas técnicas de avaliação da função respiratória, que são particularmente exigentes. Neste grupo houve, pois, a necessidade de desenvolver recursos e adaptar recomendações por forma a permitir a exequibilidade técnica e a correcta interpretação. Ambos estes grupos etários têm especificidades que determinam a necessidade de especialização técnica para uma resposta mais eficaz às questões clínicas.
Um Laboratório Pediátrico de Função Respiratória tem que assegurar um controlo de qualidade de acordo com padrões definidos, que envolvem procedimentos de controlo do ambiente, de higiene e de segurança. A especialização e contínua formação dos Técnicos Cardiopneumologistas destes laboratórios é crucial para a manutenção de elevados padrões de qualidade.
A crescente exigência técnica e clínica em pediatria implica formação adicional dos Técnicos Cardiopneumologistas em áreas diferentes da sua esfera de acção, para que, ao lidar diariamente com crianças tão diversas, consiga com eficiência obter respostas através das cada vez mais diversas técnicas que surgem para poder apoiar a respostas clínicas a entidades fisiopatologias tão complexas, que muitas vezes não estão completamente esclarecidas na área pediátrica.
O desafio que se coloca ao Técnico Cardiopneumologista no Laboratório Pediátrico de Função Respiratória prende-se com a sua capacidade de conseguir com que crianças desde os 3 anos de idade até à adolescência, cooperem em manobras respiratórias por vezes complexas de coordenar entre a compreensão e a execução motoras.

Os equipamentos possuem na actualidade softwares muito completos e com recursos que incentivam a colaboração das crianças em diversos grupos, sobretudo na realização de espirometria, como jogos que facilitam a melhor compreensão das manobras e incentivo ao prolongamento das mesmas, tornando o ambiente no laboratório mais descontraído para as crianças e para os pais. A visita prévia ao laboratório antes do dia do exame, a brincadeira e demonstração das manobras respiratórias em contextos diferentes do exame ajudam que no dia do exame tudo decorra com muito mais calma e sucesso.

O Laboratório de Função Respiratório Pediátrico tem uma equipa fixa de Técnicos Cardiopneumologistas e um médico responsável que trabalham em conjunto para a excelência dos resultados obtidos e para resposta a equipas multidisciplinares de diversas especialidades médicas e técnicas, tentando adequar os equipamentos e a sua utilização aos desafios supracitados.
A procura de novas áreas na função respiratória pediátrica e contínua formação é essencial para a manutenção de padrões elevados de qualidade que levam, concerteza, a uma consequente melhoria de cuidados de saúde prestados ao doente.
Laboratório Pediátrico de Estudos da Função Respiratória
Responsável Médica: Dra. Teresa Bandeira.
Serviço de Pediatria - Directora: Dra. Celeste Barreto.
Departamento da Criança e da Família - Director: Prof. Doutor Paulo M. Ramalho.
Ana Margarida Silva, Técnica Cardiopneumologista: anammsilva@gmail.com
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Bibliografia
An Official American Thoracic Society/European Respiratory Society Statement: Pulmonary Function Testing in Preschool Children. Am J Respir Crit Care Med 2007; 175:1304–1345
SERIES ‘‘ATS/ERS TASK FORCE: STANDARDISATION OF LUNG FUNCTION TESTING’’ Edited by V. Brusasco, R. Crapo and G. Viegi; Number 2 in this Series : Standardisation of spirometry; Eur Respir J 2005; 26: 319–338
SERIES ‘‘ATS/ERS TASK FORCE: STANDARDISATION OF LUNG FUNCTION TESTING’’ Edited by V. Brusasco, R. Crapo and G. Viegi, Number 5 in this Series : Interpretative strategies for lung function tests; Eur Respir J 2005; 26: 948-968
