Investigação e Formação Avançada
Alunos da FMUL Premiados no V YES Meeting
Alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) participaram no V YES Meeting, tendo sido premiados André dos Santos Rocha e Ruben Duque do Vale pelos trabalhos de investigação apresentados.
Entre os dias 23 e 26 de Setembro de 2010 realizou-se a 5.ª edição do YES Meeting, organizada por alunos da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e foram vários os alunos da FMUL que, uma vez mais, rumaram até à cidade do Porto.
Os alunos participaram em várias sessões e actividades contempladas no programa e alguns apresentaram mesmo os seus trabalhos de investigação, que têm desenvolvido em unidades de investigação da FMUL.
De entre os trabalhos apresentados distinguiram-se os trabalhos do aluno André dos Santos Rocha, “Low doses of ionizing radiation promote tumor growth and metastases by enhancing angiogenesis”, ao qual foi atribuído o Prémio para Melhor Sessão Oral na categoria “Oncologia e Biologia Molecular”, e do aluno Ruben Duque do Vale, “Detailing the age-related effects of memantine on long-term potentiation”, que recebeu o Primeiro Prémio na Sessão de Posters “Neurociências”.
Eis os testemunhos dos alunos premiados…
André dos Santos Rocha, aluno do 4.º ano de Medicina na FMUL
andrerocha@campus.ul.pt

«Participei no V YES Meeting e apresentei o trabalho de investigação que desenvolvo no Instituto de Medicina Molecular (IMM), na Unidade de Angiogénese, liderada pela Prof. Doutora Susana Constantino. O projecto apresentado intitula-se “Low doses of ionizing radiation promote tumor growth and metastases by enhancing angiogenesis”.
Foi uma apresentação bastante mediática e o impacto clínico das nossas descobertas proporcionou uma discussão entre moderadores/professores e alunos bastante frutífera... Talvez por essa razão me tenha sido atribuído o Prémio para Melhor Sessão Oral na categoria “Oncologia e Biologia Molecular”.
Mais uma vez este congresso foi um êxito, com uma organização louvável e a participação activa e passiva de estudantes internacionais da Europa e do Mundo.
Estes encontros são sempre muito úteis e recompensadores... Mesmo antes de me ter sido anunciado o prémio, num jantar sublime no Hotel Tiara no Porto, eu já estava satisfeito com esta experiência: as relações médicas e humanas que se estabelecem, o conhecimento da Ciência além fronteiras, o programa social, os testemunhos de grandes médicos e investigadores e, a mim, que me foi dada essa honra, um lugar para expor o meu modesto contributo para a Ciência.
Mais inesquecível do que o momento em que me atribuíram um prémio monetário, e mesmo sabendo a época económica que atravessamos, onde os cortes primeiros são na área da Ciência, foi a oportunidade de ver que é dado lugar ao estudante para expor o seu trabalho e que está ser cultivado em Portugal o conceito do Médico/Investigador... É uma realidade que devemos promover, e nisso deve ser dado um louvor à nossa faculdade, que devido às cooperações com o IMM e ao facto dos nossos professores serem muitos deles também investigadores, promove inúmeros estágios de investigação básica, clínica e translacional. É desta 3ª realidade que vou falar de seguida...
O meu projecto é um símbolo, na minha singular opinião, do conceito que se deve alargar à Medicina: a translação entre as ciências básicas e a clínica! Na Unidade de Angiogénese, nós trabalhamos em estreita colaboração diária com os Serviços de Radioterapia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Maria (HSM) e, dessa colaboração, saíram as conclusões que apresentei no Porto: a compreensão molecular, celular e sistémica dos efeitos das terapêuticas médicas no cancro, mais especificamente a radioterapia.
Algumas lições eu tirei deste congresso, muitas delas pela voz do Prof. Aaron Ciechanover, prémio Nobel da Química em 2004, que nos alertou para os desafios da Ciência: não é rápido nem se trata de um processo eficiente, é preciso ter uma mente curiosa e indagar os mistérios do funcionamento do corpo humano.
Foi uma óptima experiência, quer o trabalho de investigação quer o congresso, portanto, a minha mensagem passa por sugerir a todos os alunos que participem nestas actividades, pois o que se aprende e os laços que se criam são oportunidades únicas.»
Ruben Duque do Vale, aluno do 5.º ano de Medicina na FMUL
rduquedovale@gmail.com

«Decorreu no passado mês de Setembro, no Porto, o V Young European Scientist Meeting, organizado por estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). Num dos maiores eventos a nível Europeu, a organização juntou cerca de quatrocentos alunos de Medicina de mais de vinte e cinco países, tendo todos em comum o interesse pela investigação biomédica. Reuniram também cientistas de renome internacional, das mais diversas áreas, desde a Robótica à Oncologia, que vieram apresentar os trabalhos que estão a desenvolver e partilhar vivências enquanto experientes investigadores.
Decidi participar neste meeting, com o projecto que comecei a desenvolver há cerca de um ano na Unidade de Neurociências do Instituto de Medicina Molecular, sob a tutela da professora Maria José Diógenes. A minha candidatura foi aprovada e tive então a oportunidade de apresentar o projecto “Detailing the age-related effects of memantine on long-term potentiation”, sob a forma de poster.
Esta foi a primeira oportunidade que tive de partilhar o trabalho que tenho estado a desenvolver com outras pessoas interessadas em investigação biomédica. Além disso, assisti a apresentações de colegas de vários pontos do mundo, com os quais aprendi bastante, não só sobre os temas a que se dedicam, mas também sobre os seus métodos de investigação e concepções científicas. Mas, sem dúvida que o mais incrível destes três dias de Ciência foi ver a paixão de todos os intervenientes no congresso ao falar do seu trabalho e ao ouvirem as apresentações dos colegas. Juntar figuras ilustres como o professor Aaron Ciechanover (prémio Nobel da Química em 2004) ou o professor Sobrinho Simões da FMUP e ver a forma como fazem da Ciência vida e dão vida à Ciência é a maior das inspirações que qualquer jovem investigador pode ter.
Apesar de ter ganho o primeiro prémio pela apresentação do meu poster na sessão de Neurociências digo, com toda a sinceridade, que este reconhecimento não foi o mais importante para mim neste meeting. O mais importante foi ter a certeza que tomei uma óptima decisão quando há um ano atrás me candidatei ao Programa “Educação pela Ciência”, isto porque a realidade com que me deparei no YES meeting é no fundo a Medicina que idealizo, composta pela clínica e pela investigação translacional. E, porque um Médico não é somente um clínico, espero continuar a participar activamente, com o meu humilde contributo, nesta Ciência que é no fundo a própria Medicina.»
Equipa Editorial
news@fm.ul.pt

Os alunos participaram em várias sessões e actividades contempladas no programa e alguns apresentaram mesmo os seus trabalhos de investigação, que têm desenvolvido em unidades de investigação da FMUL.
De entre os trabalhos apresentados distinguiram-se os trabalhos do aluno André dos Santos Rocha, “Low doses of ionizing radiation promote tumor growth and metastases by enhancing angiogenesis”, ao qual foi atribuído o Prémio para Melhor Sessão Oral na categoria “Oncologia e Biologia Molecular”, e do aluno Ruben Duque do Vale, “Detailing the age-related effects of memantine on long-term potentiation”, que recebeu o Primeiro Prémio na Sessão de Posters “Neurociências”.
Eis os testemunhos dos alunos premiados…
André dos Santos Rocha, aluno do 4.º ano de Medicina na FMUL
andrerocha@campus.ul.pt

«Participei no V YES Meeting e apresentei o trabalho de investigação que desenvolvo no Instituto de Medicina Molecular (IMM), na Unidade de Angiogénese, liderada pela Prof. Doutora Susana Constantino. O projecto apresentado intitula-se “Low doses of ionizing radiation promote tumor growth and metastases by enhancing angiogenesis”.
Foi uma apresentação bastante mediática e o impacto clínico das nossas descobertas proporcionou uma discussão entre moderadores/professores e alunos bastante frutífera... Talvez por essa razão me tenha sido atribuído o Prémio para Melhor Sessão Oral na categoria “Oncologia e Biologia Molecular”.
Mais uma vez este congresso foi um êxito, com uma organização louvável e a participação activa e passiva de estudantes internacionais da Europa e do Mundo.
Estes encontros são sempre muito úteis e recompensadores... Mesmo antes de me ter sido anunciado o prémio, num jantar sublime no Hotel Tiara no Porto, eu já estava satisfeito com esta experiência: as relações médicas e humanas que se estabelecem, o conhecimento da Ciência além fronteiras, o programa social, os testemunhos de grandes médicos e investigadores e, a mim, que me foi dada essa honra, um lugar para expor o meu modesto contributo para a Ciência.
Mais inesquecível do que o momento em que me atribuíram um prémio monetário, e mesmo sabendo a época económica que atravessamos, onde os cortes primeiros são na área da Ciência, foi a oportunidade de ver que é dado lugar ao estudante para expor o seu trabalho e que está ser cultivado em Portugal o conceito do Médico/Investigador... É uma realidade que devemos promover, e nisso deve ser dado um louvor à nossa faculdade, que devido às cooperações com o IMM e ao facto dos nossos professores serem muitos deles também investigadores, promove inúmeros estágios de investigação básica, clínica e translacional. É desta 3ª realidade que vou falar de seguida...
O meu projecto é um símbolo, na minha singular opinião, do conceito que se deve alargar à Medicina: a translação entre as ciências básicas e a clínica! Na Unidade de Angiogénese, nós trabalhamos em estreita colaboração diária com os Serviços de Radioterapia e Cirurgia Vascular do Hospital de Santa Maria (HSM) e, dessa colaboração, saíram as conclusões que apresentei no Porto: a compreensão molecular, celular e sistémica dos efeitos das terapêuticas médicas no cancro, mais especificamente a radioterapia.
Algumas lições eu tirei deste congresso, muitas delas pela voz do Prof. Aaron Ciechanover, prémio Nobel da Química em 2004, que nos alertou para os desafios da Ciência: não é rápido nem se trata de um processo eficiente, é preciso ter uma mente curiosa e indagar os mistérios do funcionamento do corpo humano.
Foi uma óptima experiência, quer o trabalho de investigação quer o congresso, portanto, a minha mensagem passa por sugerir a todos os alunos que participem nestas actividades, pois o que se aprende e os laços que se criam são oportunidades únicas.»
Ruben Duque do Vale, aluno do 5.º ano de Medicina na FMUL
rduquedovale@gmail.com

«Decorreu no passado mês de Setembro, no Porto, o V Young European Scientist Meeting, organizado por estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). Num dos maiores eventos a nível Europeu, a organização juntou cerca de quatrocentos alunos de Medicina de mais de vinte e cinco países, tendo todos em comum o interesse pela investigação biomédica. Reuniram também cientistas de renome internacional, das mais diversas áreas, desde a Robótica à Oncologia, que vieram apresentar os trabalhos que estão a desenvolver e partilhar vivências enquanto experientes investigadores.
Decidi participar neste meeting, com o projecto que comecei a desenvolver há cerca de um ano na Unidade de Neurociências do Instituto de Medicina Molecular, sob a tutela da professora Maria José Diógenes. A minha candidatura foi aprovada e tive então a oportunidade de apresentar o projecto “Detailing the age-related effects of memantine on long-term potentiation”, sob a forma de poster.
Esta foi a primeira oportunidade que tive de partilhar o trabalho que tenho estado a desenvolver com outras pessoas interessadas em investigação biomédica. Além disso, assisti a apresentações de colegas de vários pontos do mundo, com os quais aprendi bastante, não só sobre os temas a que se dedicam, mas também sobre os seus métodos de investigação e concepções científicas. Mas, sem dúvida que o mais incrível destes três dias de Ciência foi ver a paixão de todos os intervenientes no congresso ao falar do seu trabalho e ao ouvirem as apresentações dos colegas. Juntar figuras ilustres como o professor Aaron Ciechanover (prémio Nobel da Química em 2004) ou o professor Sobrinho Simões da FMUP e ver a forma como fazem da Ciência vida e dão vida à Ciência é a maior das inspirações que qualquer jovem investigador pode ter.
Apesar de ter ganho o primeiro prémio pela apresentação do meu poster na sessão de Neurociências digo, com toda a sinceridade, que este reconhecimento não foi o mais importante para mim neste meeting. O mais importante foi ter a certeza que tomei uma óptima decisão quando há um ano atrás me candidatei ao Programa “Educação pela Ciência”, isto porque a realidade com que me deparei no YES meeting é no fundo a Medicina que idealizo, composta pela clínica e pela investigação translacional. E, porque um Médico não é somente um clínico, espero continuar a participar activamente, com o meu humilde contributo, nesta Ciência que é no fundo a própria Medicina.»
Equipa Editorial
news@fm.ul.pt
