Investigação e Formação Avançada
Alunos da FMUL em Projectos de Investigação na Área da Cardiologia
A Cardiologia tem sido uma área de interesse para alguns alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), os quais têm desenvolvido projectos de investigação científica nesta área, no âmbito do Programa “Educação pela Ciência”, organizado pelo Gabinete de Apoio à Investigação Científica, Tecnológica e Inovação (GAPIC).

O Programa “Educação pela Ciência” contou, nas suas 12ª e 13ª edições (2008/2009 e 2009/2010) com 28 alunos, envolvidos em 14 projectos, orientados por 14 tutores da Clínica Universitária de Cardiologia e do Centro de Cardiologia. (Ver Tabela)
Deste conjunto de projectos, três trabalhos foram apresentados sob a forma de Poster no XXXI Congresso Português de Cardiologia, realizado entre 9 a 12 de Abril de 2010, no Centro de Congressos de Lisboa:
- “Anomalias do septo interauricular no adulto jovem com Acidente Vascular Cerebral Criptogénico – Contributo para o estudo dos mecanismos fisiopatológicos e factores de risco”, da autoria de João P. Nobre, Gonçalo Envia, João E. Reis, Nuno Cortez Dias, Teresa P. Melo, Ana G. Almeida, Mário G. Lopes;
- “Extensão do edema e necrose miocárdicos na miorcardite avaliados por ressonância magnética – Impacto nos biomarcadores e na função ventricular, da autoria de Raquel Magalhães, João Silva Marques, Vanessa Carvalho, Miguem Menezes, M. Gato Varela, Doroteia Silva, Conceição Amaro, Dulce Brito, Ana G. Almeida, Mário G. Lopes;
- “Significado das alterações electrocardiográficas na miocardite aguda” da autoria de Miguel Menezes, João Marques, Raquel Magalhães, Vanessa Carvalho M. Gato Varela, Cláudia Jorge, Paula Costa, Dulce Brito, Ana G. Almeida, Mário G. Lopes.
Neste Congresso destaca-se ainda a apresentação, em comunicação oral, de um trabalho desenvolvido no Instituto de Fisiologia, no âmbito do 12.º Programa (2008/2009):
- “ Overlapping Drug Eluting-Stents – Limus versus Paclitaxel”, da autoria de Miguel Bigotte, Rute Baeta Baptista, E. Infante de Oliveira, Henrique Mesquita Gabriel, Pedro Almeida, Isabel Rocha, P. Canas da Silva, Mário G. Lopes.
Este trabalho foi também aceite sob a forma de poster no Congresso Europeu de Cardiologia, que se realizará de 28 de Agosto a 1 de Setembro de 2010, em Estocolmo.
Dada a relevância da participação destes alunos no Congresso Português de Cardiologia, a equipa editorial considerou relevante a realização de uma pequena entrevista sobre esta experiência para estes jovens investigadores.
Quanto às razões que levaram os alunos a submeter o trabalho ao Congresso Português de Cardiologia, é visível o seu entusiasmo e orgulho em apresentarem publicamente os resultados dos projectos de investigação em que estiveram envolvidos:
“O projecto foi submetido ao Congresso Português de Cardiologia, visto ter-se considerado que possuía interesse científico para ser exposto num certame deste tipo. Foi aceite, tendo sido seleccionado para ser apresentado sob a forma de Comunicação Oral.” (Miguel Vieira)
“A área das miocardites é foco de bastante investigação, por haver ainda bastante por compreender a todos os níveis (diagnóstico, terapêutica e prognóstico). Tínhamos um projecto com um grupo considerável de doentes, que foram submetidos a uma extensa investigação, tendo sido possível obter muitos dados que permitiram chegar a resultados francamente interessantes. Portanto, entendemos que seria uma mais-valia para a Cardiologia, para a Faculdade, para o Hospital, e para nós, levá-lo ao Congresso. Não o fazer seria desperdiçar uma boa oportunidade para todos. Para nossa alegria, foi aceite, o que de algum modo “validou” a nossa forte convicção de que o projecto tinha qualidade e utilidade.” (Miguel Meneses)
“A cardiologia é, sem dúvida, uma especialidade médica com grande impacto na saúde pública e os resultados que obtivemos e que apresentámos no 12º Workshop “Educação pela Ciência” foram muito positivos, surgindo, então, e encorajados pela Prof.ª Ana Almeida, a possibilidade de submetermos alguns resumos (adaptações do projecto inicial desenvolvido no GAPIC) ao Congresso Português de Cardiologia, os quais foram aceites para apresentação.” (Raquel Magalhães)
“Caso fosse aceite, representaria, para mim, enquanto estudante um desafio poder apresentar um projecto perante uma audiência de especialistas na área.” (Vanessa Carvalho)
Entre os alunos é consensual que esta experiência foi uma mais-valia, nomeadamente na aquisição de conhecimentos e experiência ao nível da investigação científica:
“Em termos pessoais, considero que a participação neste projecto me permitiu tomar conhecimento das várias etapas de um projecto de investigação clínica. Permitiu sensibilizar-me para o que considero serem as dificuldades, a necessidade de persistência e a realização pessoal associadas à investigação científica. Neste sentido, considero estar, após a realização deste projecto, mais bem preparado para integrar outro projecto de investigação.” (Miguel Vieira)
“Para nós, alunos, permitiu ter contacto com a investigação clínica numa fase pré-graduada, adquirindo experiência (o que inclui não apenas conhecimento científico, mas também capacidade prática para ultrapassar as mais variadas dificuldades que vão surgindo) e gosto que, para além de valorizarem a nossa formação, facilitarão o desenvolvimento de mais e melhores projectos. (…) Além disso, vem comprovar que os alunos podem ter um papel activo na investigação, através do vigor e qualidade de trabalho que produzimos, sendo um valor acrescentado para quem investiga. Adicionalmente, à medida que a Faculdade vai desenvolvendo este tipo de iniciativas, vai aumentado a sua produção científica e a capacidade dos médicos que forma, e, por conseguinte, o valor da Medicina em Portugal.” (Miguel Meneses)
“Julgo que todos os trabalhos são um estímulo ao conhecimento e mesmo os resultados preliminares revestem-se de importância, pois são muitas vezes indicadores do caminho futuro a seguir e, por isso, devem ser encorajados tendo o GAPIC desempenhado um papel importante neste campo.”(Raquel Magalhães)
“No futuro, o projecto será útil, não só para uma melhor compreensão da fisiopatologia e apresentação clínica das Miocardites, como para definir quais os critérios e melhores métodos a utilizar no seu diagnóstico.” (Vanessa Carvalho)
Os alunos destacaram o papel desempenhado pelo GAPIC neste início da sua actividade científica, enquanto jovens investigadores:
“Considero o GAPIC, bem como os Programas ”Educação pela Ciência”, excelentes meios de contacto entre a comunidade estudantil e o meio científico da Faculdade de Medicina de Lisboa. Penso ser importante que os alunos tenham possibilidade de se integrarem em projectos de investigação ao longo do seu percurso académico. Esta prática permite, desde cedo, sensibilizar-nos para as várias componentes da Investigação Científica.” (Miguel Vieira)
“Por um lado, providencia apoio financeiro, sem o qual investigar é impossível, incentivando os grupos de investigação a incluir-nos nos seus projectos. Por outro lado, sem este tipo de iniciativas, seria porventura difícil aos alunos ter contacto com a investigação numa fase relativamente precoce, pois, dada a natural “imaturidade” cientifica e clínica inerente à própria fase em que nos encontramos, muitos nos poderiam ver mais como uma sobrecarga do que como uma mais-valia nos seus projectos. A institucionalização deste tipo de iniciativas é fundamental, pois garante apoio, organização, e coloca o foco não apenas no desenvolvimento de um projecto de investigação pelo seu próprio valor cientifico, mas também nos alunos e no valor pedagógico que investigar pode ter para nós.” (Miguel Meneses)
“O GAPIC foi um elo fundamental na promoção, desenvolvimento e encorajamento da actividade científica pelos alunos, aliada à disponibilidade, interesse, dedicação e acompanhamento constante dos orientadores de projecto.” (Raquel Magalhães)
“O GAPIC foi como uma plataforma de lançamento... Com o GAPIC iniciei este projecto, aprofundei os meus conhecimentos na área e agora sinto-me motivadíssima para continuar a descortinar mais segredos referentes a esta patologia [miocardite].” (Vanessa Carvalho)

Outros Artigos
André Silva
Equipa Editorial – andresilva@fm.ul.pt
Antónia Ferreira
Equipa Editorial – pereiraferreira@fm.ul.pt
Sónia Barroso
Equipa Editorial – sbarroso@fm.ul.pt
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Deste conjunto de projectos, três trabalhos foram apresentados sob a forma de Poster no XXXI Congresso Português de Cardiologia, realizado entre 9 a 12 de Abril de 2010, no Centro de Congressos de Lisboa:
- “Anomalias do septo interauricular no adulto jovem com Acidente Vascular Cerebral Criptogénico – Contributo para o estudo dos mecanismos fisiopatológicos e factores de risco”, da autoria de João P. Nobre, Gonçalo Envia, João E. Reis, Nuno Cortez Dias, Teresa P. Melo, Ana G. Almeida, Mário G. Lopes;
- “Extensão do edema e necrose miocárdicos na miorcardite avaliados por ressonância magnética – Impacto nos biomarcadores e na função ventricular, da autoria de Raquel Magalhães, João Silva Marques, Vanessa Carvalho, Miguem Menezes, M. Gato Varela, Doroteia Silva, Conceição Amaro, Dulce Brito, Ana G. Almeida, Mário G. Lopes;
- “Significado das alterações electrocardiográficas na miocardite aguda” da autoria de Miguel Menezes, João Marques, Raquel Magalhães, Vanessa Carvalho M. Gato Varela, Cláudia Jorge, Paula Costa, Dulce Brito, Ana G. Almeida, Mário G. Lopes.
Neste Congresso destaca-se ainda a apresentação, em comunicação oral, de um trabalho desenvolvido no Instituto de Fisiologia, no âmbito do 12.º Programa (2008/2009):
- “ Overlapping Drug Eluting-Stents – Limus versus Paclitaxel”, da autoria de Miguel Bigotte, Rute Baeta Baptista, E. Infante de Oliveira, Henrique Mesquita Gabriel, Pedro Almeida, Isabel Rocha, P. Canas da Silva, Mário G. Lopes.
Este trabalho foi também aceite sob a forma de poster no Congresso Europeu de Cardiologia, que se realizará de 28 de Agosto a 1 de Setembro de 2010, em Estocolmo.
Dada a relevância da participação destes alunos no Congresso Português de Cardiologia, a equipa editorial considerou relevante a realização de uma pequena entrevista sobre esta experiência para estes jovens investigadores.
Quanto às razões que levaram os alunos a submeter o trabalho ao Congresso Português de Cardiologia, é visível o seu entusiasmo e orgulho em apresentarem publicamente os resultados dos projectos de investigação em que estiveram envolvidos:
“O projecto foi submetido ao Congresso Português de Cardiologia, visto ter-se considerado que possuía interesse científico para ser exposto num certame deste tipo. Foi aceite, tendo sido seleccionado para ser apresentado sob a forma de Comunicação Oral.” (Miguel Vieira)
“A área das miocardites é foco de bastante investigação, por haver ainda bastante por compreender a todos os níveis (diagnóstico, terapêutica e prognóstico). Tínhamos um projecto com um grupo considerável de doentes, que foram submetidos a uma extensa investigação, tendo sido possível obter muitos dados que permitiram chegar a resultados francamente interessantes. Portanto, entendemos que seria uma mais-valia para a Cardiologia, para a Faculdade, para o Hospital, e para nós, levá-lo ao Congresso. Não o fazer seria desperdiçar uma boa oportunidade para todos. Para nossa alegria, foi aceite, o que de algum modo “validou” a nossa forte convicção de que o projecto tinha qualidade e utilidade.” (Miguel Meneses)
“A cardiologia é, sem dúvida, uma especialidade médica com grande impacto na saúde pública e os resultados que obtivemos e que apresentámos no 12º Workshop “Educação pela Ciência” foram muito positivos, surgindo, então, e encorajados pela Prof.ª Ana Almeida, a possibilidade de submetermos alguns resumos (adaptações do projecto inicial desenvolvido no GAPIC) ao Congresso Português de Cardiologia, os quais foram aceites para apresentação.” (Raquel Magalhães)
“Caso fosse aceite, representaria, para mim, enquanto estudante um desafio poder apresentar um projecto perante uma audiência de especialistas na área.” (Vanessa Carvalho)
Entre os alunos é consensual que esta experiência foi uma mais-valia, nomeadamente na aquisição de conhecimentos e experiência ao nível da investigação científica:
“Em termos pessoais, considero que a participação neste projecto me permitiu tomar conhecimento das várias etapas de um projecto de investigação clínica. Permitiu sensibilizar-me para o que considero serem as dificuldades, a necessidade de persistência e a realização pessoal associadas à investigação científica. Neste sentido, considero estar, após a realização deste projecto, mais bem preparado para integrar outro projecto de investigação.” (Miguel Vieira)
“Para nós, alunos, permitiu ter contacto com a investigação clínica numa fase pré-graduada, adquirindo experiência (o que inclui não apenas conhecimento científico, mas também capacidade prática para ultrapassar as mais variadas dificuldades que vão surgindo) e gosto que, para além de valorizarem a nossa formação, facilitarão o desenvolvimento de mais e melhores projectos. (…) Além disso, vem comprovar que os alunos podem ter um papel activo na investigação, através do vigor e qualidade de trabalho que produzimos, sendo um valor acrescentado para quem investiga. Adicionalmente, à medida que a Faculdade vai desenvolvendo este tipo de iniciativas, vai aumentado a sua produção científica e a capacidade dos médicos que forma, e, por conseguinte, o valor da Medicina em Portugal.” (Miguel Meneses)
“Julgo que todos os trabalhos são um estímulo ao conhecimento e mesmo os resultados preliminares revestem-se de importância, pois são muitas vezes indicadores do caminho futuro a seguir e, por isso, devem ser encorajados tendo o GAPIC desempenhado um papel importante neste campo.”(Raquel Magalhães)
“No futuro, o projecto será útil, não só para uma melhor compreensão da fisiopatologia e apresentação clínica das Miocardites, como para definir quais os critérios e melhores métodos a utilizar no seu diagnóstico.” (Vanessa Carvalho)
Os alunos destacaram o papel desempenhado pelo GAPIC neste início da sua actividade científica, enquanto jovens investigadores:
“Considero o GAPIC, bem como os Programas ”Educação pela Ciência”, excelentes meios de contacto entre a comunidade estudantil e o meio científico da Faculdade de Medicina de Lisboa. Penso ser importante que os alunos tenham possibilidade de se integrarem em projectos de investigação ao longo do seu percurso académico. Esta prática permite, desde cedo, sensibilizar-nos para as várias componentes da Investigação Científica.” (Miguel Vieira)
“Por um lado, providencia apoio financeiro, sem o qual investigar é impossível, incentivando os grupos de investigação a incluir-nos nos seus projectos. Por outro lado, sem este tipo de iniciativas, seria porventura difícil aos alunos ter contacto com a investigação numa fase relativamente precoce, pois, dada a natural “imaturidade” cientifica e clínica inerente à própria fase em que nos encontramos, muitos nos poderiam ver mais como uma sobrecarga do que como uma mais-valia nos seus projectos. A institucionalização deste tipo de iniciativas é fundamental, pois garante apoio, organização, e coloca o foco não apenas no desenvolvimento de um projecto de investigação pelo seu próprio valor cientifico, mas também nos alunos e no valor pedagógico que investigar pode ter para nós.” (Miguel Meneses)
“O GAPIC foi um elo fundamental na promoção, desenvolvimento e encorajamento da actividade científica pelos alunos, aliada à disponibilidade, interesse, dedicação e acompanhamento constante dos orientadores de projecto.” (Raquel Magalhães)
“O GAPIC foi como uma plataforma de lançamento... Com o GAPIC iniciei este projecto, aprofundei os meus conhecimentos na área e agora sinto-me motivadíssima para continuar a descortinar mais segredos referentes a esta patologia [miocardite].” (Vanessa Carvalho)
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