Palavras ditas pelo Presidente da República durante a cerimónia de abertura do ano letivo com o já tradicional Cortejo Académico, na Ulisboa.
O dia 12 de setembro foi marcante para os estudantes porque nesse dia foi celebrada a cerimónia de abertura do ano letivo. A iniciativa aconteceu na Aula Magna da Ulisboa e contou com a presença de muitos alunos, corpos docentes, figuras proeminentes de várias áreas da sociedade e nem mesmo o Presidente da República faltou.
Todos os anos acontece este dia que decorre com pompa e circunstância e este, não foi exceção. Mas o evento é muito mais do que o formalismo associado; é sobretudo um sentimento de pertença e de responsabilidade muito grande por parte dos envolvidos, sobretudo dos presidentes das associações académicas, que, orgulhosos, transportavam a bandeira da respetiva associação a que pertencem.
O início foi encabeçado pela bandeira da Universidade de Lisboa transportada pela estudante de Medicina Leonor Rodrigues, capitã da equipa feminina de andebol. Atrás, seguia o cortejo académico que fez toda a escadaria que une o salão nobre à Aula Magna, ocupando de seguida os seus lugares.
Foram várias as intervenções de onde se destaca o discurso do magnifico Reitor da Ulisboa, Luís Ferreira, que falou do papel da instituição que dirige e que nas suas palavras tem como missão fundamental “ formar as novas gerações, conferindo competências e contribuindo para a maturidade cívica dos seus estudantes através da busca incessante do conhecimento e de valores de cidadania”. Embora os tempos sejam de competição e de desafios, a Ulisboa tem vindo a afirmar-se internacionalmente como bem destacou dando exemplos dessa expansão: “ As Universidades de Xangai e de Lisboa estão a dar o seu contributo para o desenvolvimento de uma parceria universitária internacional, relevante a nível mundial”, acrescentando, “são já mais de 350 estudantes da Escola da Ulisboa de Xangai que frequentam os nossos cursos na China.” Segue-se a universidade de Macau com a assinatura de um protocolo que visa aproximar estudantes e partilhar experiências de ensino.
Apesar dos constrangimentos financeiros, um tema a que deu grande destaque no discurso, falou ainda de outros projetos que a ULisboa abraçou. A causa da sustentabilidade está em cima da mesa, garantido Luís Ferreira que “os objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU” são aqui defendidos e aplicados, garantindo que “trabalhamos para um mundo mais sustentável e inclusivo, justo e equitativo.”
O Presidente da República estava descontraído, num ambiente que lhe é familiar: a academia! Começou por destacar três palavras que mais não foram do que três estados de espirito que refletem sobre o passado, presente e o futuro do ensino: orgulho, preocupação e esperança. Orgulho pelo contributo desta casa na formação de várias gerações, que hoje assumem responsabilidades no país e no estrangeiro, “é uma grande casa”, disse. A preocupação vem do antes e do depois marcado pela pandemia e que trouxe desafios que na opinião do Presidente da República não estão a ser aproveitados. A falta de diálogo entre todos os intervenientes no ensino é também outro motivo apontado. A esperança, estrategicamente colocada em último lugar, recai sobre os alunos e a responsabilidade de “não se resignarem”, de serem exigentes, mas estarem “disponíveis para o diálogo”, numa crítica aos acontecimentos recentes.
Terminou com palavras saudosistas; “foi aqui há 57 anos que aprendi a amar, a pensar e a lutar por causas e a viver cada dia como se fosse o último. Tenho uma gratidão para com a Ulisboa. Esta Universidade de Lisboa é um orgulho para Portugal”.
A atuação do Coro Infantojuvenil da Ulisboa de Lisboa dirigido pela maestrina Erica Mandillo terminou a cerimónia que este ano teve ainda espaço para recordar os nomes de todos os colaboradores da Universidade de Lisboa que se aposentaram recentemente.
Dora Estevens Guerreiro
Equipa Editorial
news@medicina.ulisboa.pt
