Eventos
Semana Internacional do Cérebro 2010: o contributo da Faculdade de Medicina de Lisboa
Decorreu na semana de 15 a 21 de Março a 15ª edição da Semana Internacional do Cérebro. A Faculdade de Medicina, à semelhança do que se verificou nos últimos 5 anos, foi uma das 700 entidades que a nível mundial, dinamizaram actividades com o objectivo de motivar a sociedade para o conhecimento do cérebro, de divulgar a investigação em neurociências e de aproximar os neurocientistas da população, em particular dos jovens.
Sob a coordenação das neurocientistas Luísa V. Lopes e Paula A. Pousinha, do Instituto de Farmacologia e Neurociências, 33 investigadores de diferentes unidades do Instituto de Medicina Molecular (Unidade de Neurociências, Unidade de Biologia do Desenvolvimento, Unidade de Neurociências Celular e Molecular, Unidade de Bioimagem e Unidade de Comunicação e Formação) tornaram possível a realização das diferentes actividades, nomeadamente: exposição de fotografia científica no hall principal do Edifício, dia aberto das neurociências – “O que é que te passa pela cabeça?” – bem como múltiplas palestras dirigidas a jovens do ensino básico e secundário.
A exposição de fotografia científica foi gentilmente cedida pela Sociedade Portuguesa de Neurociências e esteve patente no Edifício Egas Moniz (EEM) durante toda a semana, despertando a curiosidade de todos os que circulam diariamente no edifício.
O dia aberto realizou-se no dia 19 de Março, no EEM. Teve por mote “O que é que te passa pela cabeça” e contou com a participação de 235 alunos e 15 professores do ensino secundário, provenientes de 8 escolas da região de Lisboa. Devido ao elevado número de participantes, foram organizados 4 ciclos de visitas, distribuídas nos períodos da manhã e da tarde. Após serem recebidos por um grupo de investigadores, os visitantes foram encaminhados para um anfiteatro onde ficaram a conhecer o trabalho que se desenvolve na Faculdade e no Instituto de Medicina Molecular (IMM), em particular.
A projecção do filme “O Potencial de Acção” introduziu os visitantes no espírito da actividade, estimulando a curiosidade pelas neurociências e pelos desafios interactivos propostos. Os visitantes, inquietados pelos investigadores, corresponderam ao entusiasmo e colocaram “as mãos na massa”. As experiências foram apresentadas de forma jovem e criativa, proporcionando aos estudantes a oportunidade de observar “leveduras parkinsónicas” ao Microscópio de Fluorescência, de compreender em que medida as células de ratinho, do embrião da galinha ou estaminais são importantes para o conhecimento do funcionamento do cérebro, de aprender como se formam os neurónios, de verificar a importância que os factores ambientais têm na sua capacidade de memorização, de testar a sua destreza cognitiva, de observar cérebros de borrego, conhecendo a sua organização e relacionando as diferentes áreas com as diferentes funções. No final da visita os alunos foram desafiados a dar o seu contributo para a construção de um mural. Foram duas horas de absoluta diversão e conhecimento.
À semelhança do que se verificou nos últimos anos, foram muitas as escolas inscritas na actividade “Os neurocientistas vão às escolas”. Os investigadores disponibilizaram-se para realizar palestras adequadas ao nível de escolaridade dos alunos, bem como aos interesses solicitados na inscrição. Este ano, inscreveram-se 13 escolas do ensino básico e secundário, com origem geográfica diversa, nomeadamente: Vila Franca de Xira, Almeirim, Viana do Alentejo, entre outras. No total estiveram envolvidos 15 neurocientistas e mais de 1000 alunos participantes. Foram abordados temas diversos, como: aspectos gerais do funcionamento do cérebro, a acção das drogas de abuso e mecanismos de adicção, a rotina de um neurocientista no laboratório, entre outros.
As actividades referidas constam num projecto que foi submetido a concurso internacional. A experiência demonstrada em anos anteriores e a qualidade das actividades propostas justificou a sua selecção e consequente financiamento, atribuído pela ‘Dana Foundation’. A actividade “O que é que te passa pela cabeça” teve, ainda, o patrocínio da Zeiss e da Sociedade Portuguesa de Neurociências.
Ao longo dos anos, a participação da Faculdade de Medicina na Semana Internacional do Cérebro tem-se caracterizado por uma ambição crescente, na expectativa de inquietar a sociedade, fomentando a discussão sobre o cérebro, dignificando as neurociências e criando vivências nos jovens (e adultos) que por certo desencadearão interesse, entusiasmo e respeito pelas neurociências no futuro.
Luísa V. Lopes e Paula Pousinha Luís
Instituto de Farmacologia e Neurociências, FMUL, IMM
ppousinha@fm.ul.pt
Sob a coordenação das neurocientistas Luísa V. Lopes e Paula A. Pousinha, do Instituto de Farmacologia e Neurociências, 33 investigadores de diferentes unidades do Instituto de Medicina Molecular (Unidade de Neurociências, Unidade de Biologia do Desenvolvimento, Unidade de Neurociências Celular e Molecular, Unidade de Bioimagem e Unidade de Comunicação e Formação) tornaram possível a realização das diferentes actividades, nomeadamente: exposição de fotografia científica no hall principal do Edifício, dia aberto das neurociências – “O que é que te passa pela cabeça?” – bem como múltiplas palestras dirigidas a jovens do ensino básico e secundário.
A exposição de fotografia científica foi gentilmente cedida pela Sociedade Portuguesa de Neurociências e esteve patente no Edifício Egas Moniz (EEM) durante toda a semana, despertando a curiosidade de todos os que circulam diariamente no edifício.
O dia aberto realizou-se no dia 19 de Março, no EEM. Teve por mote “O que é que te passa pela cabeça” e contou com a participação de 235 alunos e 15 professores do ensino secundário, provenientes de 8 escolas da região de Lisboa. Devido ao elevado número de participantes, foram organizados 4 ciclos de visitas, distribuídas nos períodos da manhã e da tarde. Após serem recebidos por um grupo de investigadores, os visitantes foram encaminhados para um anfiteatro onde ficaram a conhecer o trabalho que se desenvolve na Faculdade e no Instituto de Medicina Molecular (IMM), em particular.
A projecção do filme “O Potencial de Acção” introduziu os visitantes no espírito da actividade, estimulando a curiosidade pelas neurociências e pelos desafios interactivos propostos. Os visitantes, inquietados pelos investigadores, corresponderam ao entusiasmo e colocaram “as mãos na massa”. As experiências foram apresentadas de forma jovem e criativa, proporcionando aos estudantes a oportunidade de observar “leveduras parkinsónicas” ao Microscópio de Fluorescência, de compreender em que medida as células de ratinho, do embrião da galinha ou estaminais são importantes para o conhecimento do funcionamento do cérebro, de aprender como se formam os neurónios, de verificar a importância que os factores ambientais têm na sua capacidade de memorização, de testar a sua destreza cognitiva, de observar cérebros de borrego, conhecendo a sua organização e relacionando as diferentes áreas com as diferentes funções. No final da visita os alunos foram desafiados a dar o seu contributo para a construção de um mural. Foram duas horas de absoluta diversão e conhecimento.
À semelhança do que se verificou nos últimos anos, foram muitas as escolas inscritas na actividade “Os neurocientistas vão às escolas”. Os investigadores disponibilizaram-se para realizar palestras adequadas ao nível de escolaridade dos alunos, bem como aos interesses solicitados na inscrição. Este ano, inscreveram-se 13 escolas do ensino básico e secundário, com origem geográfica diversa, nomeadamente: Vila Franca de Xira, Almeirim, Viana do Alentejo, entre outras. No total estiveram envolvidos 15 neurocientistas e mais de 1000 alunos participantes. Foram abordados temas diversos, como: aspectos gerais do funcionamento do cérebro, a acção das drogas de abuso e mecanismos de adicção, a rotina de um neurocientista no laboratório, entre outros.
As actividades referidas constam num projecto que foi submetido a concurso internacional. A experiência demonstrada em anos anteriores e a qualidade das actividades propostas justificou a sua selecção e consequente financiamento, atribuído pela ‘Dana Foundation’. A actividade “O que é que te passa pela cabeça” teve, ainda, o patrocínio da Zeiss e da Sociedade Portuguesa de Neurociências.
Ao longo dos anos, a participação da Faculdade de Medicina na Semana Internacional do Cérebro tem-se caracterizado por uma ambição crescente, na expectativa de inquietar a sociedade, fomentando a discussão sobre o cérebro, dignificando as neurociências e criando vivências nos jovens (e adultos) que por certo desencadearão interesse, entusiasmo e respeito pelas neurociências no futuro.
Luísa V. Lopes e Paula Pousinha Luís
Instituto de Farmacologia e Neurociências, FMUL, IMM
ppousinha@fm.ul.pt