Eventos
Debates de Reflexão Associação dos Antigos Alunos da FMUL
Realizou-se no passado dia 20 de Abril o segundo debate da Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Medicina de Lisboa (AAAFML), na sequência do conjunto de encontros que se irão realizar com o tema “Que médicos queremos ... para o nosso país”.
A temática desta sessão versou sobre o tema “Acesso, Curriculum e Formação Contínua nas Faculdades de Medicina Portuguesas”. Teve a presença do Dr. Rui Simões Bento (Presidente da AAFML), como moderador, do Dr. Manuel Cunha e Sá (Director do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Garcia d’Orta), do Professor Roberto Palma Reis (Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova), do Professor Mário Lopes (Director da Clínica Universitária de Cardiologia da FMUL) e do aluno Nuno Gaibino (Vice-Presidente da Associação de Estudantes da FMUL, e aluno do 4º ano).
A comunicação do Dr. Manuel Cunha e Sá identificou alguns pontos essenciais:
- Apesar da audiência ser maioritariamente constituída por antigos alunos da Faculdade, foi identificada a importância que a temática da sessão teria para os alunos que constituem a instituição presentemente. Tendo em conta a realidade actual, é essencial compreender em que circunstâncias um aluno tem acesso ao curso de medicina, quais os critérios de selecção e quais as limitações.
- A medicina, como ensino particular, diferente de muitos outros, exige uma aprendizagem que não se esgota nos seis anos do curso, daí a exigência de uma formação contínua.
- Referiu também a índole prática e psicológica do médico, que deverá ter uma capacidade de persistir na adversidade e superar os desafios com os quais se depara, mostrando uma capacidade de inovação e criatividade.
- A questão do acesso ao curso através de provas do conhecimento académico é limitada, admitindo a importância de uma entrevista nesse processo. Esta exige um grande esforço em termos de recursos, pressupondo uma organização e uma re-estruturação forte por parte da própria Academia. É um processo de selecção utilizado já em alguns países, tendo as suas limitações, apresenta pontos negativos e positivos.
- Terminou a sua apresentação referindo que na realidade portuguesa, os cursos de medicina devem ser actualizados e adaptados ao que já se faz noutros locais. O que se faz em Portugal é de grande qualidade e deverá continuar a ser desenvolvido, aproveitando as experiências também feitas no exterior.
A comunicação do Professor Roberto Palma Reis identificou outros pontos:
- A apresentação teve como temática “Que tipo de formação deve haver ao longo do curso de medicina?”
- Foram analisadas várias questões, tendo como base uma fundamental: “que médicos se pretendem com o curso de medicina”.
- Também referiu os instrumentos que são usados para a transmissão dos vários saberes, desde os simuladores até aos próprios doentes.
- No que se refere ao Curriculum Médico, foram referidos os princípios fundamentais.
- Terminou a sua alocução referindo que a profissão médica, juntamente com a dos juízes, é a profissão mais reconhecida pela comunidade.
A comunicação do Professor Mário Lopes focou a temática da Formação Contínua:
- Referiu que, na própria Missão da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), está identificada a importância da formação contínua, com a expressão “lifelong learning”.
- Os conteúdos dessa formação devem ser identificados logo de imediato, considerando temas como a ética, a economia na saúde, e a influência das tecnologias de informação e comunicação.
- A metodologia da formação contínua é representada por cursos, congressos e pela “continuing medical education”.
- Terminou fazendo a apresentação do sistema Palm Epocrates, com grande utilidade para os médicos de hoje.
A última intervenção foi a do aluno Nuno Gaibino, que referenciou algumas temáticas essenciais para os alunos da FMUL:
- As condições em que os alunos frequentam o curso.
- A forma como a educação médica é gerida.
- Referiu também problemas como a limitação espacial da faculdade, a falta de locais de estudo e a razão tutor/aluno.
- Salientou ainda que as condições logísticas e humanas, tendo em vista um ensino médico de qualidade, podem nem sempre ser a ideais.
Esta sessão terminou com a intervenção de alguns presentes e aguarda-se pela continuidade destes debates com abordagens tão diversas sobre um tema comum “Que médicos queremos ... para o nosso país”.
Equipa Editorial news@fmul
news@fm.ul.pt
A temática desta sessão versou sobre o tema “Acesso, Curriculum e Formação Contínua nas Faculdades de Medicina Portuguesas”. Teve a presença do Dr. Rui Simões Bento (Presidente da AAFML), como moderador, do Dr. Manuel Cunha e Sá (Director do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Garcia d’Orta), do Professor Roberto Palma Reis (Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova), do Professor Mário Lopes (Director da Clínica Universitária de Cardiologia da FMUL) e do aluno Nuno Gaibino (Vice-Presidente da Associação de Estudantes da FMUL, e aluno do 4º ano).
A comunicação do Dr. Manuel Cunha e Sá identificou alguns pontos essenciais:
- Apesar da audiência ser maioritariamente constituída por antigos alunos da Faculdade, foi identificada a importância que a temática da sessão teria para os alunos que constituem a instituição presentemente. Tendo em conta a realidade actual, é essencial compreender em que circunstâncias um aluno tem acesso ao curso de medicina, quais os critérios de selecção e quais as limitações.
- A medicina, como ensino particular, diferente de muitos outros, exige uma aprendizagem que não se esgota nos seis anos do curso, daí a exigência de uma formação contínua.
- Referiu também a índole prática e psicológica do médico, que deverá ter uma capacidade de persistir na adversidade e superar os desafios com os quais se depara, mostrando uma capacidade de inovação e criatividade.
- A questão do acesso ao curso através de provas do conhecimento académico é limitada, admitindo a importância de uma entrevista nesse processo. Esta exige um grande esforço em termos de recursos, pressupondo uma organização e uma re-estruturação forte por parte da própria Academia. É um processo de selecção utilizado já em alguns países, tendo as suas limitações, apresenta pontos negativos e positivos.
- Terminou a sua apresentação referindo que na realidade portuguesa, os cursos de medicina devem ser actualizados e adaptados ao que já se faz noutros locais. O que se faz em Portugal é de grande qualidade e deverá continuar a ser desenvolvido, aproveitando as experiências também feitas no exterior.
A comunicação do Professor Roberto Palma Reis identificou outros pontos:
- A apresentação teve como temática “Que tipo de formação deve haver ao longo do curso de medicina?”
- Foram analisadas várias questões, tendo como base uma fundamental: “que médicos se pretendem com o curso de medicina”.
- Também referiu os instrumentos que são usados para a transmissão dos vários saberes, desde os simuladores até aos próprios doentes.
- No que se refere ao Curriculum Médico, foram referidos os princípios fundamentais.
- Terminou a sua alocução referindo que a profissão médica, juntamente com a dos juízes, é a profissão mais reconhecida pela comunidade.
A comunicação do Professor Mário Lopes focou a temática da Formação Contínua:
- Referiu que, na própria Missão da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), está identificada a importância da formação contínua, com a expressão “lifelong learning”.
- Os conteúdos dessa formação devem ser identificados logo de imediato, considerando temas como a ética, a economia na saúde, e a influência das tecnologias de informação e comunicação.
- A metodologia da formação contínua é representada por cursos, congressos e pela “continuing medical education”.
- Terminou fazendo a apresentação do sistema Palm Epocrates, com grande utilidade para os médicos de hoje.
A última intervenção foi a do aluno Nuno Gaibino, que referenciou algumas temáticas essenciais para os alunos da FMUL:
- As condições em que os alunos frequentam o curso.
- A forma como a educação médica é gerida.
- Referiu também problemas como a limitação espacial da faculdade, a falta de locais de estudo e a razão tutor/aluno.
- Salientou ainda que as condições logísticas e humanas, tendo em vista um ensino médico de qualidade, podem nem sempre ser a ideais.
Esta sessão terminou com a intervenção de alguns presentes e aguarda-se pela continuidade destes debates com abordagens tão diversas sobre um tema comum “Que médicos queremos ... para o nosso país”.
Equipa Editorial news@fmul
news@fm.ul.pt
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