A Luísa Pires e o Pedro Mendes fazem parte de uma equipa de várias pessoas que trabalharam nos bastidores dos OSCE. Sem eles a concretização deste dia seria impossível. A Luísa trabalha na FMUL há 30 anos e o Pedro há 17 anos. Não os conhecia pessoalmente e foi a primeira vez que contactei com os dois, mas desde a primeira troca de emails que foi percetível o quão fácil é o contacto com eles e a vontade em cooperar com os novos desafios que lhes são propostos.
Ao longo de 3 semanas, a Luísa participou em diversas reuniões com o Professor Diogo Ayres de Campos e coordenou a equipa que tratou de toda a logística dos OSCE. Foi escolhida por já ter tido contacto com a preparação dos OSCE no antigo 4º ano de Neurologia. Contava o Pedro, no momento em que os acompanhávamos na preparação deste dia, que a Luísa tinha sido a pessoa certa para este cargo, “para além de ser uma pessoa muito tranquila, transmite uma calma como mais ninguém transmite. A Luísa tem um ar completamente zen e que não se exalta com nada.”
No dia dos OSCE, a Luísa organiza a equipa para definir, por exemplo, quem faz a chamada aos alunos, quem os orienta para deixar os seus objetos pessoais nos cacifos, ver se é preciso apoio para distribuir os docentes e ajudar a ligar os tablets, até perceberem que está tudo a postos para começar. É um dia longo, que inicia às 8h e termina às 20h.
“Já estou cá há muito tempo e o trabalho acaba por ser muito repetitivo e isto é um novo desafio. É compensador saber que tivemos o nosso papel, ainda que pequenino, para colocar tudo isto a funcionar. No fim, sentimos que fizemos a nossa parte e que demos o nosso melhor. É gratificante estar neste processo de mudança no ensino do 4.º ano”, mencionou a Luísa. Acrescentou ainda, “nós já fazíamos OSCE na Neurologia apenas com 3 estações. Na minha opinião, acho que é um bom método porque vai fazer com que o ensino se renove. Tive uma sessão de esclarecimentos com um Professor norte-americano, e eles lá aplicam este tipo de avaliação há 20 anos.”
As tarefas desta equipa consistiam em colar setas no chão, organizar a distribuir os tablets, marcar testes-piloto, tratar da listagem dos alunos e, de acordo com a Luísa, o sucesso desta organização só foi possível graças à ajuda de todos os envolvidos: Aldina Tavares, Alexandra Teixeira, Ana Tavares, Anabela Pirão, Diogo Almeida, Dora Gonçalves, Gonçalo Sanches, Nuno Rodrigues, Patrícia Marçal, Paula Belmonte, Paula Gomes, Pedro Marçal, Raquel Mendes, Rui Fonseca, Vasco Leal e Vivelinda Guerreiro.
O Pedro foi o braço direito da Luísa, cooperando no terreno em todas as tarefas que surgissem. A meio da entrevista com a Luísa, toca o seu telefone e o Pedro disse imediatamente: “eu atendo, deixa-te estar aí sentada Luísa”. Tinha ainda como responsabilidade principal a organização do catering, porque alguns docentes estiveram o dia todo no Centro de Tecnologia Médica Avançada (CTMA).
“Eu não tenho responsabilidade nenhuma com disciplinas de 4º ano e é a primeira vez que um exame OSCE desta dimensão acontece na faculdade. Não me senti obrigado a participar nesta organização, senti-me na missão de os acompanhar no que fosse necessário, tanto à Luísa como ao Professor Diogo Ayres de Campos, com quem trabalho na Clínica Universitária de Obstetrícia e Ginecologia”, referiu o Pedro.
O ambiente, durante toda esta preparação dos circuitos é bastante descontraído e organizado. Cada um sabe o seu papel e vão cooperando uns com os outros. O Professor Diogo Ayres de Campos circulava pelo espaço e ia pedindo algumas tarefas, sempre com um tom de voz muito sereno.
Nos bastidores deste grande evento, fazem parte ainda o Cristiano Tavares, Engenheiro Biomédico e responsável pelos simuladores do CTMA, e a equipa de audiovisuais, Bruno Santos e Paulo Caeiro, coordenada pelo João Godinho.
Na régie, a equipa de audiovisuais assegura a voz off, gravada pelo Professor Diogo Ayres de Campos, que dá a indicação aos alunos para entrarem e saírem das 10 estações. Conseguem, em simultâneo, acompanhar aquilo que vai acontecendo nos circuitos, “apesar do Centro estar preparado para bem mais do que isso em termos de multimédia”, mencionou João Godinho.
De acordo com o João, “o espaço está preparado para transmitir em qualquer plataforma de streaming, sendo possível estar a decorrer uma formação no CTMA e ao mesmo tempo ser acompanhada noutro ponto do mundo”.
Cristina Bastos | Leonel Gomes
Equipa Editorial