Espaço Aberto
Plano de Contingência da Gripe Pandémica A(H1N1)
A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) desenvolveu um Plano de Contingência, à semelhança de outras entidades, no sentido de se preparar para responder da melhor forma ao problema da pandemia da Gripe A (H1N1v).
Este documento foi elaborado com o objectivo, não só de detecção e encaminhamento de possíveis casos de contaminação com o vírus, como também à protecção dos alunos, funcionários e docentes da Faculdade. Desta forma, foi nomeada (por despacho do Senhor Director Prof. Doutor Fernandes e Fernandes - nº 58/2009), uma Comissão de Acompanhamento da Gripe A, dirigida pelo Senhor Prof. Doutor Francisco Antunes, que trabalhou no plano e nas medidas preventivas a implementar na nossa Instituição. O documento seguiu as orientações e directrizes do Plano de Contingência Nacional, da Universidade de Lisboa e das autoridades nacionais de saúde.
O Plano de Contingência em vigor tem em linha de conta o contexto em que a FMUL está inserida e as instituições parceiras, ou seja, o Hospital de Santa Maria (HSM), o Instituto de Medicina Molecular (IMM) e a Associação para a Investigação e Desenvolvimento da Faculdade de Medicina (AIDFM).
Das diversas medidas e procedimentos definidos no Plano destacamos:
a) A criação de duas salas de isolamento, adaptadas para o efeito, localizadas no piso 0 do Edifício Egas Moniz – Instituto de Medicina Preventiva.
b) A constituição de dois tipos de kit: o “Kit Unidade”, para distribuir nas unidades e ser utilizado sempre que ocorra a identificação de um colaborador ou aluno doente e o “Kit Individual”, a entregar ao doente, antes de entrar para a sala de isolamento.
c) A criação de uma linha telefónica, “contact-center” 24h/24h, para esclarecimento de dúvidas, notificação de casos gripe A, orientação e notificação aos serviços de Instalações e Equipamentos para limpeza e desinfecção dos locais passíveis de terem sido contaminados numa suspeita de gripe A.
d) A elaboração de fluxograma de procedimentos para os colaboradores e alunos, assim como a elaboração do fluxograma e manual de procedimentos para as equipas de vigilantes.
e) Implementação de procedimentos para o pessoal de limpeza, com vista à adopção de práticas correctas, nomeadamente, no que respeita aos equipamentos e/ou materiais que possam estar mais implicados na propagação do vírus A (H1N1v), rotinas e horários de limpeza e actuação nos diferentes cenários (limpeza habitual, limpeza de local contaminado, limpeza de sala de isolamento). Foram promovidas, por parte dos Serviços responsáveis pelas Instalações e Equipamentos, acções de formação às equipas.
A implementação de medidas preventivas (mais especificamente os procedimentos de limpeza, aquisição de material desinfectante, equipamento e material dos kits) foi iniciada em Agosto de 2009. O Plano de Contingência foi sendo preparado de acordo com as directivas nacionais e divulgado aos colaboradores e alunos em Outubro de 2009. A comunicação interna do Plano passou pela criação de um espaço no portal da FMUL, onde se pode consultar, não só o documento aprovado pelo Director, como também as FAQ’s e o fluxograma de procedimentos.
Para além da adopção das medidas preventivas estipuladas no Plano, a Faculdade associou-se à campanha de vacinação organizada pela Universidade de Lisboa que incidiu, não só nos grupos identificados pela Direcção Geral da Saúde, mas também nos seus alunos, principalmente, os das áreas da saúde, por frequentarem locais de alto risco de contágio e os estudantes das residências, por serem alunos deslocados sem apoio familiar próximo.
Os quatro grupos considerados prioritários na toma da vacina foram:
- Órgãos de gestão das Unidades Orgânicas;
- Grávidas nos 2º e 3º trimestres;
- Estudantes dos anos clínicos;
- Profissionais com tarefas essenciais ao funcionamento da instituição;
- Doentes com asma e outras patologias crónicas e pessoas obesas;
- Diabéticos e doentes cardiovasculares.
A divulgação desta campanha foi feita de forma parcial e dirigida a cada um dos grupos. A adesão à campanha foi voluntária e cada pessoa teve de manifestar a sua vontade. A vacinação era feita, posteriormente, mediante a apresentação de uma credencial passada ao próprio e assinada pelo Senhor Director Geral da Saúde.
A primeira fase de inscrições dirigiu-se aos grupos com patologias associadas, grávidas, órgãos de gestão e profissionais cujas tarefas fossem consideradas essenciais. De um total de 40 inscritos, apenas metade (21) levantaram a respectiva credencial. A segunda fase, ainda a decorrer, abrange todos os alunos dos anos com actividade clínica ou frequência de enfermaria (3º, 4º, 5º e 6º anos). Os alunos inscritos totalizaram 421. Apesar das credenciais estarem disponíveis desde o início do ano, até ao momento apenas 3 alunos levantaram o documento.
Recentemente, as autoridades nacionais anunciaram o decréscimo da actividade gripal no nosso país. Os casos notificados à Faculdade seguem essa tendência: entre Outubro e Novembro foram identificados 17 casos (11 alunos e 6 colaboradores). Durante o mês de Dezembro não houve nenhuma notificação. Em Janeiro de 2010, tivemos um colaborador ausente com a possibilidade de ter contraído o vírus.
Estes dados são comunicados à Reitoria da UL, para posterior acompanhamento e monitorização do número de casos a nível da Universidade.
O Plano de Contingência permanecerá em vigor até indicações das autoridades nacionais e será adaptado e modificado sempre que necessário, tendo em conta a evolução da situação, no país e na nossa Faculdade.
Carla Lucas
carlalucas@fm.ul.pt
Manuela Castro
manuelacastro@fm.ul.pt
Este documento foi elaborado com o objectivo, não só de detecção e encaminhamento de possíveis casos de contaminação com o vírus, como também à protecção dos alunos, funcionários e docentes da Faculdade. Desta forma, foi nomeada (por despacho do Senhor Director Prof. Doutor Fernandes e Fernandes - nº 58/2009), uma Comissão de Acompanhamento da Gripe A, dirigida pelo Senhor Prof. Doutor Francisco Antunes, que trabalhou no plano e nas medidas preventivas a implementar na nossa Instituição. O documento seguiu as orientações e directrizes do Plano de Contingência Nacional, da Universidade de Lisboa e das autoridades nacionais de saúde.
O Plano de Contingência em vigor tem em linha de conta o contexto em que a FMUL está inserida e as instituições parceiras, ou seja, o Hospital de Santa Maria (HSM), o Instituto de Medicina Molecular (IMM) e a Associação para a Investigação e Desenvolvimento da Faculdade de Medicina (AIDFM).
Das diversas medidas e procedimentos definidos no Plano destacamos:
a) A criação de duas salas de isolamento, adaptadas para o efeito, localizadas no piso 0 do Edifício Egas Moniz – Instituto de Medicina Preventiva.
b) A constituição de dois tipos de kit: o “Kit Unidade”, para distribuir nas unidades e ser utilizado sempre que ocorra a identificação de um colaborador ou aluno doente e o “Kit Individual”, a entregar ao doente, antes de entrar para a sala de isolamento.
c) A criação de uma linha telefónica, “contact-center” 24h/24h, para esclarecimento de dúvidas, notificação de casos gripe A, orientação e notificação aos serviços de Instalações e Equipamentos para limpeza e desinfecção dos locais passíveis de terem sido contaminados numa suspeita de gripe A.
d) A elaboração de fluxograma de procedimentos para os colaboradores e alunos, assim como a elaboração do fluxograma e manual de procedimentos para as equipas de vigilantes.
e) Implementação de procedimentos para o pessoal de limpeza, com vista à adopção de práticas correctas, nomeadamente, no que respeita aos equipamentos e/ou materiais que possam estar mais implicados na propagação do vírus A (H1N1v), rotinas e horários de limpeza e actuação nos diferentes cenários (limpeza habitual, limpeza de local contaminado, limpeza de sala de isolamento). Foram promovidas, por parte dos Serviços responsáveis pelas Instalações e Equipamentos, acções de formação às equipas.
A implementação de medidas preventivas (mais especificamente os procedimentos de limpeza, aquisição de material desinfectante, equipamento e material dos kits) foi iniciada em Agosto de 2009. O Plano de Contingência foi sendo preparado de acordo com as directivas nacionais e divulgado aos colaboradores e alunos em Outubro de 2009. A comunicação interna do Plano passou pela criação de um espaço no portal da FMUL, onde se pode consultar, não só o documento aprovado pelo Director, como também as FAQ’s e o fluxograma de procedimentos.
Para além da adopção das medidas preventivas estipuladas no Plano, a Faculdade associou-se à campanha de vacinação organizada pela Universidade de Lisboa que incidiu, não só nos grupos identificados pela Direcção Geral da Saúde, mas também nos seus alunos, principalmente, os das áreas da saúde, por frequentarem locais de alto risco de contágio e os estudantes das residências, por serem alunos deslocados sem apoio familiar próximo.
Os quatro grupos considerados prioritários na toma da vacina foram:
- Órgãos de gestão das Unidades Orgânicas;
- Grávidas nos 2º e 3º trimestres;
- Estudantes dos anos clínicos;
- Profissionais com tarefas essenciais ao funcionamento da instituição;
- Doentes com asma e outras patologias crónicas e pessoas obesas;
- Diabéticos e doentes cardiovasculares.
A divulgação desta campanha foi feita de forma parcial e dirigida a cada um dos grupos. A adesão à campanha foi voluntária e cada pessoa teve de manifestar a sua vontade. A vacinação era feita, posteriormente, mediante a apresentação de uma credencial passada ao próprio e assinada pelo Senhor Director Geral da Saúde.
A primeira fase de inscrições dirigiu-se aos grupos com patologias associadas, grávidas, órgãos de gestão e profissionais cujas tarefas fossem consideradas essenciais. De um total de 40 inscritos, apenas metade (21) levantaram a respectiva credencial. A segunda fase, ainda a decorrer, abrange todos os alunos dos anos com actividade clínica ou frequência de enfermaria (3º, 4º, 5º e 6º anos). Os alunos inscritos totalizaram 421. Apesar das credenciais estarem disponíveis desde o início do ano, até ao momento apenas 3 alunos levantaram o documento.
Recentemente, as autoridades nacionais anunciaram o decréscimo da actividade gripal no nosso país. Os casos notificados à Faculdade seguem essa tendência: entre Outubro e Novembro foram identificados 17 casos (11 alunos e 6 colaboradores). Durante o mês de Dezembro não houve nenhuma notificação. Em Janeiro de 2010, tivemos um colaborador ausente com a possibilidade de ter contraído o vírus.
Estes dados são comunicados à Reitoria da UL, para posterior acompanhamento e monitorização do número de casos a nível da Universidade.
O Plano de Contingência permanecerá em vigor até indicações das autoridades nacionais e será adaptado e modificado sempre que necessário, tendo em conta a evolução da situação, no país e na nossa Faculdade.
Carla Lucas
carlalucas@fm.ul.pt
Manuela Castro
manuelacastro@fm.ul.pt