Nota Editorial
Perspectivas FMUL para 2010
O calendário gregoriano que utilizamos, construído a partir do calendário solar, dita-nos esta nossa sucessão de horas, dias, meses. Em Dezembro, faz-se o balanço dos meses passados e festeja-se o início de um novo ano. Em Janeiro, fazem-se planos e aponta-se ao futuro, traduzido na expressão popular de Ano Novo, Vida Nova!
Contudo, este desejo simbólico, de começar de novo é, tão só isso mesmo, um desejo. O panorama económico, internacional e nacional, continua difícil. As perspectivas para este ano afiguram-se complicadas e o contexto económico nacional, com uma taxa de crescimento económico muito baixa e uma percentagem crescente de desempregados, não é animador. Estamos, neste início de ano, com perto de 10% da população activa desempregada.
Numa altura em que o orçamento de estado foi entregue na Assembleia da República, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – MCTES, um dos poucos que viu reforçada a sua dotação em relação ao ano anterior, em cerca de 17%, acabou de celebrar um Contrato de Confiança com as instituições de ensino superior, que permitirá estabilizar a sua gestão até 2013, apesar de, em termos nominais, ter sido disponibilizado à Universidade de Lisboa um valor semelhante ao de há cerca de cinco anos atrás. Prepara-se agora, no seio da Universidade, o plano a apresentar ao MCTES, com os contributos de cada Faculdade e Instituto, indicando as metas a atingir até 2013.
Apesar de a Faculdade de Medicina continuar a apresentar uma situação equilibrada no quadro da Universidade de Lisboa, também não consegue passar incólume aos constrangimentos e dificuldades. O Plano de Acção do Director da Faculdade, Prof. Doutor Fernandes e Fernandes, para o período de 2010-2012, aprovado pela Assembleia da Faculdade, a 14 de Janeiro, define uma estratégia clara para esse período e aponta para a necessidade do orçamento continuar a exigir uma política de grande rigor e contenção. A partir deste documento preparou-se, também, a proposta da Faculdade de Medicina a apresentar e discutir no seio da Universidade, tendo em vista os compromissos a assumir no âmbito do contrato com o MCTES até 2013.
O futuro, já presente, da Faculdade de Medicina em 2010, perante esta envolvente de dificuldades que o país atravessa, exige uma atitude e uma posição activa e responsável face aos problemas que nos rodeiam. Nesse sentido, sem prejuízo da prossecução da política de rigor e contenção, a Faculdade de Medicina aponta ao futuro e aposta em três linhas condutoras da sua acção:
i) em termos estratégicos, é fundamental que, a par do papel que desempenha no seio da Universidade de Lisboa, prossiga o processo de dar corpo ao Centro Académico de Medicina de Lisboa, não só pelas sinergias que podem ser geradas pelas três instituições que o compõem – a Faculdade de Medicina e o Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa e o Hospital de Santa Maria (Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE) – como pelo que este projecto poderá traduzir em termos de organização do ensino médico e da investigação na área das ciências da saúde;
ii) em termos organizacionais, o desafio será prosseguir não só a melhoria das competências organizacionais, como também continuar a valorização do capital humano existente;
iii) em termos orçamentais, o desafio será, cada vez mais, prosseguir com o actual desempenho, mas com os mesmos recursos.
Espera-nos um ano difícil, mas é certo que é nestes momentos que surgem as oportunidades que levam as instituições a tornarem-se mais competentes, eficazes e eficientes.
A Faculdade de Medicina dispõe de uma situação financeira equilibrada e de um elevado capital humano, pelo que, contando com todos os que dão corpo à instituição – alunos, docentes e não docentes, tem todas as condições para se manter no rumo traçado e superar os escolhos que forem surgindo no caminho.
Dr. Luis Pereira
Secretário-Coordenador FMUL
secretario@fm.ul.pt
Contudo, este desejo simbólico, de começar de novo é, tão só isso mesmo, um desejo. O panorama económico, internacional e nacional, continua difícil. As perspectivas para este ano afiguram-se complicadas e o contexto económico nacional, com uma taxa de crescimento económico muito baixa e uma percentagem crescente de desempregados, não é animador. Estamos, neste início de ano, com perto de 10% da população activa desempregada.
Numa altura em que o orçamento de estado foi entregue na Assembleia da República, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – MCTES, um dos poucos que viu reforçada a sua dotação em relação ao ano anterior, em cerca de 17%, acabou de celebrar um Contrato de Confiança com as instituições de ensino superior, que permitirá estabilizar a sua gestão até 2013, apesar de, em termos nominais, ter sido disponibilizado à Universidade de Lisboa um valor semelhante ao de há cerca de cinco anos atrás. Prepara-se agora, no seio da Universidade, o plano a apresentar ao MCTES, com os contributos de cada Faculdade e Instituto, indicando as metas a atingir até 2013.
Apesar de a Faculdade de Medicina continuar a apresentar uma situação equilibrada no quadro da Universidade de Lisboa, também não consegue passar incólume aos constrangimentos e dificuldades. O Plano de Acção do Director da Faculdade, Prof. Doutor Fernandes e Fernandes, para o período de 2010-2012, aprovado pela Assembleia da Faculdade, a 14 de Janeiro, define uma estratégia clara para esse período e aponta para a necessidade do orçamento continuar a exigir uma política de grande rigor e contenção. A partir deste documento preparou-se, também, a proposta da Faculdade de Medicina a apresentar e discutir no seio da Universidade, tendo em vista os compromissos a assumir no âmbito do contrato com o MCTES até 2013.
O futuro, já presente, da Faculdade de Medicina em 2010, perante esta envolvente de dificuldades que o país atravessa, exige uma atitude e uma posição activa e responsável face aos problemas que nos rodeiam. Nesse sentido, sem prejuízo da prossecução da política de rigor e contenção, a Faculdade de Medicina aponta ao futuro e aposta em três linhas condutoras da sua acção:
i) em termos estratégicos, é fundamental que, a par do papel que desempenha no seio da Universidade de Lisboa, prossiga o processo de dar corpo ao Centro Académico de Medicina de Lisboa, não só pelas sinergias que podem ser geradas pelas três instituições que o compõem – a Faculdade de Medicina e o Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa e o Hospital de Santa Maria (Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE) – como pelo que este projecto poderá traduzir em termos de organização do ensino médico e da investigação na área das ciências da saúde;
ii) em termos organizacionais, o desafio será prosseguir não só a melhoria das competências organizacionais, como também continuar a valorização do capital humano existente;
iii) em termos orçamentais, o desafio será, cada vez mais, prosseguir com o actual desempenho, mas com os mesmos recursos.
Espera-nos um ano difícil, mas é certo que é nestes momentos que surgem as oportunidades que levam as instituições a tornarem-se mais competentes, eficazes e eficientes.
A Faculdade de Medicina dispõe de uma situação financeira equilibrada e de um elevado capital humano, pelo que, contando com todos os que dão corpo à instituição – alunos, docentes e não docentes, tem todas as condições para se manter no rumo traçado e superar os escolhos que forem surgindo no caminho.
Dr. Luis Pereira
Secretário-Coordenador FMUL
secretario@fm.ul.pt